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29.06.2018 | Publicador por: Administrador | Eventos Cooperativas afirmam, alimentação escolar é com agricultura familiar

Garantir que os alimentos cultivados pelos agricultores e agricultoras familiares gaúchos cheguem à mesa dos estudantes das redes municipais e estadual, este foi o objetivo do primeiro Encontro Compras Públicas + Agricultura Famíliar na Alimentação Escolar, que ocorreu nesta quinta-feira (28) em Porto Alegre (RS). O encontro reuniu gestores de compras e nutricionista de 25 municípios do estado para discutir a legislação e conhecer os produtos de mais de 4 mil famílias de agricultores organizados na Coomafitt e outras três cooperativas: Nossa Terra de Erechim, Cooperav de Viamão e CAAF de Caxias do Sul.

Durante todo o dia foram discutidos aspectos legais do processo de aquisição de alimentos da agricultura familiar para a alimentação escolar e apresentados os benefícios nutricionais que a oferta de alimentos de qualidade garante para os estudantes. Para o coordenador do evento e gestor da Cooperav, Huli Zang, as cooperativas estão preparadas para atender a necessidade das escolas e outras compras públicas. “Temos nas nossas cooperativas, articularas em redes, uma grande capacidade de produzir alimentos de qualidade, com capacidade logística e condição de entregar nossa produção nas escolas, universidades e outros pontos que sejam necessários. A agricultura familiar tem a capacidade de produção e o conhecimento logístico para atender essa demanda”, afirmou.

O secretário de Educação de Porto Alegre, Adriano Naves de Brito, ressaltou que a prefeitura está empenhada em cumprir a lei e avançar na compra de alimentos da agricultura familiar para as escolas do município. “Existe uma legislação que determina um investimento mínimo na compra de alimentos da agricultura familiar para a alimentação escolar, mas entendemos que além de atender a lei, nossa cidade deve comprar dos agricultores familiares para garantir renda e fixar as famílias no campo.”

Ao adquirir alimentos diretamente da agricultura famílias os municípios incentivam o desenvolvimento rural, o associativismo e a articulação dos agricultores. Outro aspecto positivo desta aquisição é a organização de um mercado garantido e com previsibilidade, permitindo que as famílias do campo possam planejar sua produção durante o ano para atender as chamadas públicas para a compra da alimentação escolar. A legislação atual garante que pelo menos 30% dos recursos federais destinados para a alimentação escolar sejam destinados para a agricultura familiar.

Em muitos municípios, porém, a fatia dos recursos destinados para os agricultores familiares é muito maior. Em Sapiranga por exemplo, 82% dos alimentos vem diretamente de cooperativas da agricultura familiar; em Itati, o índice também é alto: 76% dos alimentos servidos nas escolas. O vice-presidente da Coomafitt, Bruno Engel, ressalta que este tipo de ação incentiva o desenvolvimento regional. “Ao comprar dos agricultores familiares, as prefeituras garantem que esses recursos que vêm de Brasília cheguem até o interior dos pequenos municípios, distribuindo renda e incentivando o desenvolvimento regional”.

O presidente da cooperativa Nossa Terra, Adelmir Gaiardo, ressalta que um evento como o organizado pelas quatro cooperativas nesta quinta-feira, além de integrá-las com quem faz a compra nos municípios, também ajuda a tirar muitas dúvidas. “Mesmo que esta seja uma legislação já bastante estudada, sempre existem dúvidas sobre a aplicação dela, em especial nos detalhes para a compra de alimentos diretamente das cooperativas. Em um encontro como este podemos apresentar a diversidade, a qualidade e a quantidade de alimentos que as agricultoras e os agricultores organizados em suas cooperativas produzem”.

O representante da CAAF Marcos Regelin vai na mesma linha e reforça que atualmente as cooperativas são parceiras dos municípios para articular as compras públicas. “Hoje temos tecnologias e conhecimento para garantir uma oferta de alimentos diversificada, que tem a capacidade de atender com muita qualidade um cardápio que garanta para nossas crianças uma boa alimentação nas escolas. Esta é uma iniciativa que distribui renda no campo e traz mais segurança alimentar na cidade”.

TEXTO: Mateus Zimmermann/4 Cabeças
FOTO: Eduardo Quadros