Objetivando o fortalecimento do cooperativismo a Coomafitt em parceria com a Emater (Unidade de cooperativismo UCP e Emater/RS-Ascar municipal de Itati), ofereceu no dia 22 de abril, um curso de capacitação em Cooperativismo. Voltado principalmente à formação de novos associados e associadas da Coomafitt, foi abordada a importância dos agricultores e agricultoras se organizarem em cooperativas para o fortalecimento da comercialização e também da produção.
O presidente da Coomafitt Bruno Engel Justin, destacou que o cooperativismo é um fator decisivo para a agricultura familiar no Brasil: “Temos um modo de produção agrícola diferenciado, que respeita o meio ambiente e coloca a qualidade de vida das pessoas em primeiro lugar. Por isso atuamos coletivamente sob os princípios e valores do cooperativismo para produzir alimentos de qualidade à população e melhorar a qualidade de vida das nossas associadas e associados.”
Cooperação na Agricultura Familiar
Além da formação básica para iniciantes, a atividade abrangeu o conceito de intercooperação. Para Bruno, “A lógica de atuação da agricultura familiar no mercado também deve refletir esses princípios e valores. As cooperativas devem ser parceiras, trabalhar em intercooperação, para juntas fazer frente ao outro modelo que propaga a competição. Só assim podemos alcançar novos mercados e nos posicionar como a opção de qualidade alimentar para a população das cidades. ”
Texto: 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
A direção da Coomafitt tomou posse no dia 01/04/2023, conta com Sidnei Justin como presidente, Micheli Bresolin como vice-presidente e Michel Lara de Oliveira como tesoureiro.
👨🏼🌾 | Sidnei Justin é agricultor cooperado, produtor de frutas e hortaliças orgânicas, além disso, é técnico em contabilidade e já atuou na administração da cooperativa em outros setores, como a tesouraria. Sidnei sempre aliou o trabalho na roça com a participação ativa como colaborador da Coomafitt, mostrando sua preocupação com o bem estar dos agricultores da região.
👩🏻🌾 | Micheli Bresolin foi a primeira mulher presidenta da Coomafitt. Mostrou ser uma profissional exemplar, lidando com os desafios da pandemia, aumentando o quadro social e o acesso a mercados, e inspirando outras mulheres agricultoras. Agora atua na vice-presidencia da cooperativa. Ela está há muitos anos na Coomafitt e esteve de licença maternidade parte do período.
👨🏻🌾 | Michel Lara de Oliveira é o novo tesoureiro da Coomafitt. Michel é agricultor cooperado produtor de frutas e hortaliças orgânicas, psicólogo, menstrando do PGDR da UFRGS e especialista em Agroecologia pela UERGS, concilia o trabalho na roça com o trabalho direcionado ao social. Atuando como vice- presidente interino ou diretor liberado desde a licença maternidade da Micheli
Com mais de uma ano de mandato, tiveram o melhor resultado financeiro da Coomafitt, resultado do trabalho robusto de anos anteriores. Reforçaram o trabalho que vinha sendo feito e ampliaram a Sede da Sanga Funda, instalaram placas solares na sede em Itati e estão instalando no pavilhão da Sanga Funda. A questão da agroindústria foi reanalisada e um novo projeto foi escrito e está em construção com recursos próprios e o apoio da Emater. Além disso, o quadro social segue aumentando, contando hoje com 310 associados.
Nos dias 30 e 31 de agosto de 2022 a presidenta da Coomafitt Micheli Bresolin participou como palestrante no Encontro Nacional das Mulheres Cooperativistas. O encontro aconteceu no Roial Palm Hall, em Campinas, São Paulo. Uma realização do Grupo Conecta (empresa que apresenta soluções em várias frentes envolvendo o agronegócio), com o apoio de diversas entidades como Sistema OCB e Mosaic Fertilizantes.
Micheli palestrou na manhã do dia 31, e durante sua apresentação relatou o trabalho da Coomafitt, desde a produção até a venda dos alimentos. Destacou a gestão participativa e inclusiva da cooperativa. A presidenta da Coomafitt relatou também sua trajetória de vida, onde o estudo, dedicação e oportunidades permitiram que se tornasse a primeira mulher presidenta da Coomafitt.
De acordo com a página oficial da ENMCOOP na internet, superação, resiliência, sucessão familiar, gestão financeira da propriedade, crédito rural e as perspectivas para o agronegócio no cenário político e econômico foram alguns dos temas debatidos.
A presidenta da Coomafitt participou do Painel Representatividade das Mulheres Cooperativistas no Agro. Juntamente com Celina Manfroi, associada da Coperacel e presidenta da Câmara de Vereadores de Campos Novos. Lilian Munhoz que atuou como mediadora, e Carolina Barretto diretora de comunicação da Associação de Olho no Material Escolar.
A Coomafitt parabeniza a iniciativa e agradece a oportunidade de troca de conhecimentos. Além disso, acreditamos que Micheli tenha inspirado e sido inspirada por outras mulheres batalhadoras. Nosso reconhecimento a todas as mulheres (em especial as racializadas e transfem) que lutam para ocupar cargos de liderança ou simplesmente exercer sua profissão em um mundo ainda muito machista, racista e transfóbico. Que a união e a organização fortaleça e crie oportunidades para que a frase "lugar de mulher é onde ela quiser" seja uma realidade. Já dizia o lema do Encontro Nacional de Mulheres Cooperativistas: As mulheres são como as águas, crescem quando se encontram.
Os intercâmbios possibilitam que a partir da percepção de outras realidades nossos horizontes sejam aumentados. A troca de ideias, saberes, objetos, culturas, etc, que geralmente estão presentes em intercâmbios fazem com que todos os envolvidos encontrem novas soluções para suas realidades, percebam suas semelhanças e diferenças e unidos, compreendam seu potencial como classe, movimento ou organização. É essa busca por saber e por compartilhar que caracteriza um intercâmbio. Para além disso, o cooperativismo solidário busca fortalecer todas as cooperativas presentes em suas redes, podendo o intercâmbio atuar nesse sentido a partir de ações presenciais e virtuais.
De Março a Abril de 2022 a juventude cooperativista da agricultura familiar pode vivenciar o cooperativismo de maneiras diferentes, a jovem agricultora e cooperada Catriane Silva representou a Coomafitt no intercâmbio entre os agricultores do Litoral Norte Gaúcho e o Programa de Desenvolvimento Local do Agreste da Paraíba, já a jovem agricultora e cooperada Daniela Flores pôde participar do encontro de juventudes e mulheres representantes das centrais filiadas à Unicopas (União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias) representando a juventude Unicafes (União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária) em Brasília. Além disso, a Coomafitt recebeu um grupo de jovens de cooperativas associadas a Coopercentral do Vale do Ribeira - SP, que conheceram a cooperativa e fizeram o roteiro Caminho dos Alimentos.
Não é de hoje que a Coomafitt vem dando voz e vez para a juventude, a cooperativa conta com uma equipe de jovens coordenando os processos administrativos e logísticos há alguns anos. O curso de Agricultura Familiar e Políticas Públicas ofertado pela COOMAFITT em parceria com a UFRGS Litoral Norte no ano de 2019, resultou em uma maior aproximação de jovens da comunidade, um exemplo visível é a prestação de serviços do jovem Daniel Zanotti, filho de agricultores cooperados que se aproximou da cooperativa por meio do curso e hoje trabalha no centro logístico da Coomafitt em Terra de Areia.
A jovem Catriane Silva também se aproximou da cooperativa durante esse mesmo curso, logo após sua formatura a jovem buscou trabalhar na Coomafitt e atualmente gere os processos internos atuando em diversos setores. No mês de abril de 2022, Catriane foi escolhida pela Coomafitt para representar a cooperativa em um intercâmbio entre a Regional Sindical Litoral e o Programa de Desenvolvimento Local do Agreste da Paraíba que concentra sua ação em 13 municípios compreendidos pela área de abrangência do Polo Sindical e das Organizações da Agricultura Familiar da Borborema.
O Programa assessora redes de inovação agroecológica que articulam mais de cinco mil famílias agricultoras do Território da Borborema. A jovem teve a oportunidade de conhecer as estratégias que visam promover o desenvolvimento rural na região por meio da agroecologia. O projeto está empenhado em apoiar intercâmbios, é visível os frutos que já vem dando, seja em seu território ou nos locais que conheceram a iniciativa.
A jovem Daniela Flores conheceu a Coomafitt no ano de 2019 por meio do curso citado anteriormente e a partir daí, orientou seus pais a se associarem. No ano de 2021 e 2022 a jovem atuou e atua como assessora de comunicação da cooperativa e coordenadora estadual da juventude Unicafes (União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária). Por conta disso foi convidada pela Unicafes Nacional para ser uma representante no encontro de juventudes e mulheres das centrais filiadas à Unicopas (União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias) – Unicafes Nacional, Unisol Brasil, Concrab e Unicatadores.
O encontro aconteceu em março de 2022 em Brasília e contou com a presença de representantes das 4 organizações, unidos, eles construíram coletivamente documentos que trazem propostas de articulação e mobilização dos grupos em toda a Rede Unicopas. O encontro pode também ser considerado um intercâmbio pois teve como objetivos estreitar laços e fortalecer ações de intercooperação em todo o Brasil, por meio da troca de ideias e da construção em conjunto. A própria juventude em sua carta de princípios e propostas demanda a realização de intercâmbios de troca de conhecimento, experiências e vivências, mostrando como o tema é relevante para a juventude cooperativista.
Nesse sentido, a Coomafitt organizou juntamente com a Coopercentral do Vale do Ribeira – SP, um intercâmbio cooperativista, onde jovens de cooperativas que estão localizadas nos municípios de Eldorado, Iporanga, Juquiá, Miracatu, Registro e Sete Barras puderam fazer o roteiro Caminho dos Alimentos da Coomafitt. Treze jovens de 15 a 32 anos se deslocaram de São Paulo até o Rio Grande do Sul para conhecer a metodologia de trabalho da Coomafitt e suas extensões. O grupo teve a oportunidade de se integrar nas dinâmicas do turismo rural e cooperativista, onde conheceram a sede e o centro logístico da Coomafitt, foram informados sobre a história da cooperativa, sua trajetória e seu trabalho atual.
Também conheceram pontos turísticos da região e propriedades dos associados, onde almoçaram, fizeram trilhas e, principalmente, dialogaram com os produtores de alimentos. Além disso, o grupo pôde conhecer alguns parceiros da Coomafitt, tanto a UFRGS Litoral Norte, quanto a central de cooperativismo da Emater, além de prefeitos e a nutricionista Samanta Sparremberger, responsável pela lei municipal de uso de 100% do recurso do FNDE destinado à merenda para compras diretas da agricultura familiar.
Ao conhecerem a Coomafitt, os jovens da Coopercentral do Vale do Ribeira puderam aumentar suas perspectivas de trabalho e lazer, pois por mais que todas sejam cooperativas da agricultura familiar, a realidade local e os métodos de trabalho possuem diferenças. Foi e é perceptível que por possuírem muitas semelhanças podem contribuir umas com as outras, fornecendo ideias, inovações, propondo ações em conjunto, etc. Os intercâmbios cooperativistas auxiliam a encontrar soluções para problemas locais e prover soluções para quem busca de fora, além de fortalecer os processos que já estão em andamento, pois aproximando pessoas e cooperativas se realiza a intercooperação, um modo de atuação presente e prezado pelo cooperativismo que visa unir forças para chegar a um objetivo comum.
A juventude mais do que qualquer outro público é interessada pelo conhecimento e pela mudança, visto isso, é essencial que cooperativas, centrais, organizações e movimentos promovam encontros de trocas de ideias, experiências e vivências. A Coomafitt se tornou uma referência na participação da juventude e continua alimentando sua atuação com oportunidades, priorização, valorização dos jovens cooperados e também filhos e filhas de cooperados. O futuro do cooperativismo e da agricultura familiar depende das nossas ações no presente, para isso a participação e mobilização da juventude em torno das nossas bandeiras de luta é essencial. Façamos do futuro o agora.
Fonte Imagem 1:Unicopas
Fonte Imagem 2: Regional Sindical Litoral
Fonte Imagem 3: (10) CooperCentral VR - Vale do Ribeira | Facebook
Texto por Daniela Flores, Comunicação Coomafitt.
O reality estréia dia 08 de Maio, às 12h na Rede TV.
O Ministério da Educação (MEC) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) lançaram no dia 8 de março o reality show Merendeiras do Brasil, em Brasília. O programa reuniu 15 merendeiras de todo o país, selecionadas a partir de critérios técnicos de execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Segundo o site oficial do Governo, "No final dos episódios, o programa apontará a melhor merendeira do Brasil”. Estiveram presentes no lançamento o presidente do FNDE Marcelo Ponte, o ministro da Educação Milton Ribeiro, a coordenadora-geral do PNAE Karine Santos, e Roque do Nascimento Albuquerque, o reitor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), instituição responsável pela execução do reality show.
Foi a partir da trajetória de parcerias com agricultores da região, trabalho coletivo, esforço e dedicação que a nutricionista Samanta Sparremberger foi convidada juntamente com a merendeira Rosani Justin a participar do Merendeiras do Brasil representando o município de Itati. O reconhecimento nacional que agora está em pauta é fruto do trabalho daqueles que se preocupam com a alimentação de crianças e jovens, entre eles os agricultores da região representados pela Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (COOMAFITT), as merendeiras e os profissionais da saúde como a nutricionista.
A partir da entrada de Samanta no mestrado em Desenvolvimento Rural na UFRGS e no GEPAD (grupo de pesquisa em alimentação e agricultura que conta com cerca de 100 profissionais do Brasil todo) e pela experiência da nutricionista na idealização de leis do PNAE (idealizou a Lei para o município de Itati de 100% do FNDE para compras da agricultura familiar), ela foi convidada no segundo semestre de 2021 a participar de um seminário do Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação.
O Seminário se tratava de um diálogo da região sul sobre o ano das frutas, legumes e verduras, onde a nutricionista foi convidada a fazer um vídeo para apresentação durante o evento. No vídeo estava presente Samanta juntamente com o prefeito de Itati Flori Werb, o agricultor agroecológico Sidnei Justin representando a Coomafitt e demais agricultores e com o pastor Leonídio Gaede. O vídeo foi apresentado durante o seminário, o qual Samanta acompanhou de forma online e participativa.
Em janeiro de 2022, a parceira da cooperativa Samanta recebeu outro convite para participar de um seminário, este sobre prevenção da obesidade e promoção da alimentação saudável no ambiente escolar, onde o vídeo, criado e citado anteriormente, foi novamente apresentado, além disso a nutricionista teve a oportunidade de falar durante cinco minutos para o público do evento.
Suas falas foram defendendo a agricultura familiar, as redes e articulações e o trabalho das merendeiras, prezando maior valorização dessas trabalhadoras e estimulando que executem e conheçam os propósitos de seu trabalho, fornecendo alimentação escolar saudável e de qualidade para que crianças e jovens possam crescer e se desenvolver da melhor maneira possível, tendo as bases para uma boa aprendizagem e a formação de adultos conscientes e saudáveis.
No dia seguinte ao seminário, a assessora da coordenadora geral do PNAE entrou em contato com Samanta, parabenizando seu trabalho pela criação da Lei. Nesta mesma conversa, Samanta, juntamente com uma merendeira do seu município escolhida por ela, foram convidadas pela assessora a participar do reality Merendeiras do Brasil. Convite feito somente após o município e o cardápio da merenda escolar passarem pelos critérios de seleção que envolviam desde estar com a prestação de contas em dia até os cardápios estarem de acordo com a resolução.
Após aceitar, Samanta viu no programa uma oportunidade de divulgar a experiência do trabalho coletivo, promover a valorização da agricultura familiar e incentivar a militância.Segundo ela, ser nutricionista é também tomar decisões, que quando assertivas, melhoram a qualidade não só da alimentação das pessoas, mas geram também bem estar social como um todo, envolvendo apoio a diversas ações de emancipação.
A nutricionista Samanta relatou que: “No final de 2018, meu trabalho como nutricionista da merenda escolar não estava sendo fácil, tanto que pensei em me demitir, mas logo mudei de ideia. Eu venho lutando tanto por isso, se eu me demitir e entrar outra nutricionista ela vai ignorar tudo que foi construído até agora. Então pensei, bom, precisamos de uma Lei que garanta a continuidade do trabalho que já venho desenvolvendo. Sempre digo que nos momentos mais difíceis da nossa vida, às vezes temos ideias boas para mudar a realidade.” A lei beneficia hoje além de estudantes, centenas de agricultores familiares que se organizam por meio da Coomafitt, que comercializa alimentos saudáveis sem a necessidade de intermediários para o mercado privado e institucional com grande porcentagem de alimentos destinados ao PNAE.
Durante a articulação da Semana da Alimentação Saudável no mês de junho de 2019, Samanta apresentou para o grupo de trabalho a ideia de expor durante o evento a Lei para o município de Itati de 100% do FNDE para compras da agricultura familiar, todos os anos atividades coletivas são desenvolvidas durante a Semana de Alimentação Saudável, para que não passe apenas de atrações, mas seja também um movimento contínuo de mudanças e ações concretas. O grupo recebeu muito bem a ideia e a apoiou a relatar para o prefeito de Itati, na época Flori Werb, o prefeito gostou da ideia e assim articularam com o município a criação, defesa e aprovação da Lei, que foi defendida pela nutricionista e pelo presidente da Coomafitt, na época Bruno Justin, ela foi aprovada por unanimidade pela câmara de vereadores. Uma conquista coletiva que ressalta o trabalho em rede, a importância da cooperativa e da agricultura familiar, conquista essa que levou o trabalho de Samanta, das merendeiras e da agricultura familiar a ser reconhecido nacionalmente, para que assim, cada vez mais nossos agricultores e agricultoras sejam valorizados.
Existem atualmente no Brasil, mais de 300 mil merendeiras e 8 mil nutricionistas que fazem parte do PNAE. No reality Merendeiras do Brasil, a merendeira Rosani foi escolhida para representar Itati e o Rio Grande do Sul como um todo, já a nutricionista Samanta está representando Itati, o Rio Grande do Sul e todo o sul do Brasil. Apenas cinco nutricionistas participarão do reality, cada uma representando uma região.
Merendeiras do Brasil é a renovação do reality Super Merendeiras que aconteceu em 2018, realização de Karine Silva dos Santos, coordenadora geral do PNAE, visando o reconhecimento do importante trabalho feito pelas merendeiras, que por muitos anos foram invisibilizadas e que até hoje possuem uma remuneração baixa. Para Samanta: “É muito emocionante, porque o trabalho das merendeiras é um trabalho super importante que estamos sempre tentando valorizar no município. A alimentação escolar tem o poder de promover hábitos alimentares saudáveis para a vida inteira e ter esse reconhecimento a nível nacional é muito incrível, é de arrepiar.”
O programa será veiculado aos domingos, na Rede TV, das 12h às 13h. No total, são oito episódios nos quais as participantes serão testadas em provas definidas pela equipe técnica do FNDE. O primeiro episódio acontecerá no dia 8 de Maio de 2022. Não deixe de acompanhar! Dar visibilidade e reconhecimento para as merendeiras e para a agricultura familiar é um dever de todos, pois graças a eles e a elas que podemos prover uma alimentação de qualidade para nossas crianças e jovens.
No dia 03 de Fevereiro representantes da Coomafitt se reuniram com representantes da RedeCoop e da unidade de cooperativismo da Emater RS para planejar ações do Centro de Distribuição da Coomafitt em Porto Alegre.
Estiveram presentes no planejamento a presidenta da Coomafitt Micheli Bresolin, o vice-presidente Bruno Justin, os membros da diretoria Michel Lara de Oliveira e Juscelia do Santos, e o coordenador de logística e expedição Adiecson Gross Bobsin. Assim como Marcelo Cotrim e Cláudio Degrazia representantes da Unidade de Cooperativismo (UCP) da Emater, e Charles Lima e Giovani Vargas coordenadores da Associação da Rede de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (RedeCoop).
Segundo o coordenador de logística e expedição do Centro de Distribuição da Coomafitt, o planejamento feito no ano de 2021 foi realizado com sucesso e apesar da pandemia e a consequente estagnação de alguns mercados institucionais, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), chegou a superar as metas estabelecidas. Foram construídas diversas parcerias entre as cooperativas, fomentando a agricultura familiar e a intercooperação.
De acordo com Adiecson a Coomafitt vinha a alguns anos com o faturamento estagnado e a estratégia do Centro de Distribuição em Porto Alegre foi importante para dar condições e capacidade de ampliar o trabalho, principalmente na logística e distribuição de alimentos. Adiecson afirma que “neste planejamento que fizemos as perspectivas são muito boas para 2022, vários projetos já estão em andamento”.
Segundo o representante da Unidade de Cooperativismo (UCP) Marcelo Cotrim esse planejamento é um processo muito importante. De acordo com o mesmo, a UCP da Emater acompanha esta estratégia desde a formação do Centro de Distribuição da Coomafitt no ano passado, tendo a RedeCoop e as demais cooperativas envolvidas como suas grandes parceiras.
Nas palavras de Marcelo: “A Emater busca sempre aprimorar seus serviços junto as cooperativas, sendo a Coomafitt e a RedeCoop de certa forma unidades de referência no cooperativismo gaúcho e reconhecidas a nível estadual e nacional”. A Coomafitt é acompanhada pela Emater e mesmo sendo uma cooperativa expoente busca sempre a participação em políticas públicas, como os serviços de extensão rural que as Aters prestam de forma pública e gratuita aos agricultores e agricultoras familiares do Rio Grande do Sul.
A Coomafitt conseguiu ampliar seu faturamento no ano de 2021, ampliou mercados e com a melhora dos processos logísticos, prestação de serviços e busca de mercados através do centro de distribuição possui uma projeção de crescimento para o ano de 2022.
Para Charles Lima, o ano de 2021 foi importante para a consolidação de estratégias para o espaço logístico e também para a RedeCoop no estado do Rio Grande do Sul. Diversas cooperativas estão operando atualmente no Centro de Distribuição, ultrapassando o planejamento e a projeção feita no ano passado. De acordo com Charles a perspectiva para este ano de 2022 é expandir e qualificar o trabalho com as cooperativas para fortalecer a agricultura familiar através da intercooperação.
O vice-presidente Bruno Justin ressalta a importância da RedeCoop no processo de articulação para que seja feito o compartilhamento logístico entre as cooperativas que participam de uma comercialização no mesmo município, de acordo com o mesmo “a RedeCoop é como um espaço onde as cooperativas se reúnem e fazem esta discussão do processo operacional de execução dos projetos como compartilhamento logístico, parcerias comerciais etc. E isso é fundamental para dar viabilidade para que o processo operacional se torne viável”.
A presidenta da Coomafitt Micheli Bresolin conclui que a parceria com a RedeCoop possibilita o escoamento da produção de várias cooperativas do estado, e que o planejamento do Centro de Distribuição é importante para a organização das ações da Coomafitt pensando no desenvolvimento não só da filial mas da cooperativa como um todo. Nas palavras de Micheli: “Precisamos estar sempre inovando, ampliando nossos espaços e fazendo parcerias”.
O Centro de Distribuição da Coomafitt se mostra um importante ponto logístico para todas as cooperativas da agricultura familiar do estado, atuando em parceria, promovendo a distribuição de alimentos com um menor custo operacional, e fortalecendo espaços de debate e comercialização como a RedeCoop, assim mostrando como a intercooperação pode transformar a realidade e fazer com que todos cresçam juntos.
Coomafitt promove encontro de integração para seus associados
No dia 12 de Dezembro de 2021, a Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (COOMAFITT) promoveu o Dia da Integração. Um encontro de associados e associadas rodeado por conversas, fotos, exposições, brinquedos, brindes e um almoço feito com alimentos produzidos pelos nossos agricultores e parceiros, além de muita integração.
O ingresso para o Dia da Integração foi um Kg de alimento não perecível por pessoa, no total foram arrecadadas 13 cestas de alimentos, estas foram doadas para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Logo na entrada, as famílias cooperadas puderam tirar fotos que estão agora no álbum Dia da Integração 2021, no Facebook.
Em seguida todos os presentes foram orientados até as mesas de votação, onde os associados Michel Lara de Oliveira e Sidnei Justin, além da Nutricionista Samanta Sparremberger e do Técnico da Emater Cicero Costa, estavam auxiliando na votação da consulta popular. Para as crianças a Coomafitt alugou brinquedos como pula-pula e escorregador inflável, além da bem aproveitada piscina de bolinhas.
O almoço foi servido seguindo todos os protocolos de segurança contra a Covid-19, sendo obrigatório o uso de máscara e luvas no buffet. Foram servidos alimentos produzidos pelos próprios associados, como brócolis, alface, beterraba, cenoura, aipim, além de alimentos produzidos por parceiros como o Arroz Terra Livre, produzido por agricultores do MST, além de alguns alimentos fornecidos pela cooperativa Girassol.
Durante todo o evento as famílias puderam adquirir picolés produzidos pela Cadeia Solidária das Frutas Nativas, que foram mais consumidos após o almoço. Também estavam a disposição do público as exposições de produtos e insumos agrícolas da Biosul Fertilizantes, Solaco Agro, Adubare e da nossa grande parceira Elysios.
Por fim a cooperativa sorteou brindes aos participantes do evento, patrocinados por diversos parceiros, apoiadores e pela própria Coomafiit. Acreditamos que o principal ponto do evento foram as conversas e a integração entre as famílias. Segundo o Vice Presidente Bruno Justin, o Dia da Integração representa que todos os dias temos não apenas relações comerciais e de trabalho, mas também relações de amizade e confiança, onde as coisas se constroem e acontecem.
A Coomafitt agradece a presença e apoio de todes. Somos felizes por poder contar com cooperados, cooperadas, funcionários, consumidores, apoiadores e parceiros que visam o bem estar das pessoas. Realizado pela primeira vez após a pandemia, seguindo todos os protocolos de segurança, deixamos aqui nossos sentimentos aos afetados pela Covid-19. Após momentos de dificuldade, o Dia da Integração foi um evento que encheu nossos corações de alegria e de esperança. Que possamos sempre partilhar bons momentos!
O jovem agricultor Brendon Witt associado e apoiado pela Coomafitt, está vencendo maratonas de ciclismo em todo Rio Grande do Sul.
Com apenas 27 anos, Brendon Witt faz exercícios, trabalha no bananal e vence competições de ciclismo. Brendon possui uma rotina de treinos agitada, pois além de treinar durante a noite em três dias da semana, também o faz nos finais de semana adaptando às maratonas que vai concorrer, de acordo com a sua evolução e com a dificuldade das etapas que vai competir. Além disso, o jovem e filho de agricultores familiares fez a sucessão familiar, hoje é agricultor associado a Coomafitt e bananicultor em processo de transição para o modo de produção orgânico. Treinando durante a noite e trabalhando durante o dia, com o apoio da Coomafitt e outras instituições, aliadas ao esforço e dedicação do atleta, Brendon segue vencendo competições de ciclismo em todo Rio Grande do Sul.
O jovem agricultor já participou de diversas competições, entre elas a Copa Soul, a Three Race Bike Ultramarathon e o Campeonato do Litoral Norte Gaúcho. Brendon Witt correu a Copa Soul de mountain bike do Rio Grande do Sul na categoria Sport Sub 30, a disputa reúne atletas de todas as regiões do estado e aconteceu em três etapas, sendo a primeira em Canela, onde o agricultor ficou na 5ª colocação. A segunda etapa foi realizada na cidade de Carlos Barbosa e a terceira na cidade de Farroupilha, onde Brendon ficou na 4ª e na 2ª colocação respectivamente. Pela soma do ranking, o atleta Brendon Witt foi campeão da temporada, pois pontuou em todas as etapas. Encerrou o ano de 2021 representando a agricultura familiar com o título da sua categoria. A Coomafitt parabeniza todos os atletas envolvidos, reconhecendo a importância do esporte.
Na Three Race Bike Ultramarathon, maratona sul americana - que devido a pandemia recebeu apenas atletas brasileiros - que aconteceu em São Francisco de Paula, uma das regiões mais altas do estado, durante três dias o atleta concorreu na categoria Sub 30 pró. O terceiro dia de prova foi cancelado por conta da falta de visibilidade e da chuva torrencial, mas mesmo assim foram feitos 125km em dois dias e durante o percurso os atletas acumularam 3.200m de altitude. Na Three Race Bike Ultramarathon o atleta e agricultor Brendon Witt ficou na 5ª colocação, sendo essa a competição mais difícil que competiu segundo o ciclista. Além disso, Brendon está participando do Campeonato Litoral Norte, que teve sua primeira etapa em Santo Antônio da Patrulha, onde o agricultor foi campeão na categoria estreante. A segunda etapa será em dezembro na cidade de Terra de Areia, quando Brendon irá concorrer ao título da temporada.
Durante o ano de 2021 o atleta contou com o apoio da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (COOMAFITT), que segundo Brendon, o apoia desde o campeonato gaúcho de Down Hill há sete anos. Além da cooperativa, outros apoiadores como a Casa de Carnes do Alemão em Xangri-lá, a RV Sport de Terra de Areia, a Benetti Bikes de Capão da Canoa, o Super da Praia de Terra de Areia, assim como a equipe Team Benetti Bikers a qual o atleta faz parte, também a Done Adventure e pessoas físicas, como amigos pessoais e familiares do atleta o apoiaram. O atleta é especialmente grato a sua esposa Carla, nas palavras de Brendon Witt: “sempre esteve comigo me apoiando, desde que me conheceu há quatro anos, sempre me dando força e acreditando mais em mim do que eu mesmo”. O jovem ciclista está sempre a procura de novos apoiadores do esporte local, pois os custos são altos e as competições acontecem em lugares distantes. Em 2022 o atleta planeja participar do Campeonato Gaúcho e da Copa Soul RS de mountain bike.
A Coomafitt parabeniza o atleta por todas as conquistas alcançadas, assim como por levar o nome da Agricultura Familiar Cooperativada consigo. Além disso, a Coomafitt ressalta a importância do esporte como ferramenta de inclusão social, pois mesmo que tenha como princípio o desenvolvimento físico e da saúde, serve também para a aquisição de valores necessários para a cooperação e união na sociedade e no mundo, possuindo um impactante papel educativo. A agricultura familiar cooperativada se alegra por ter em seu meio um ciclista tão dedicado, parabéns Brendon!
Elaborada pela editora Vera Ondei para a Revista Forbes Brasil, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Rural, instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1995 com o intuito de elevar a consciência mundial sobre a importância de figuras femininas como protagonistas nas mudanças econômicas, ambientais, sociais e políticas. A lista reuniu informações sobre 100 diferentes mulheres que influenciam positivamente o agronegócio e a agricultura familiar brasileira. Dentre suas influências e atuações estão a produção de alimentos, pesquisas, empresas, consultorias, foodtechs, políticas, instituições financeiras, entidades, grupos e influenciadoras digitais.
A presidente da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas, Micheli Bresolin Jacoby está nesta lista das 100 Mulheres Poderosas do Agro, realizada em 2021 pela revista Forbes, uma das mais conceituadas revistas de negócios e economia do mundo, com sede na cidade de Nova Iorque, com mais de 100 anos de história, teve sua primeira edição brasileira publicada em 2012. De acordo com a matéria, a Forbes procurou selecionar representantes do movimento de mudança no campo, o objetivo da lista é homenagear as mulheres que atuam no agronegócio.
A matéria descreve a trajetória de Micheli Bresolin, filha de agricultores, que nasceu em Três Forquilhas e atualmente mora em Itati, passando de coordenadora de produção, à vice-presidência e então presidente eleita em março de 2021, aos 31 anos. A máteria ressalta a Coomafitt como uma grande produtora de alimentos vendidos sem atravessadores, reunindo 223 famílias que produzem 6,4 mil toneladas de 88 variedades de alimentos.
Além de uma admirável presidente, Micheli Bresolin vem fazendo um trabalho excepcional na representação feminina dentro das cooperativas, ocupando cargos de poder e espaços que até hoje são predominantementes masculinos. Além de ser presidente da Coomafitt, ela é diretora da Cresol em Itati, agricultora, jovem e mulher, representa a agricultura familiar cooperativista em seus diversos aspectos. As cooperativas já citadas possuem um papel importantíssimo no beneficio de mulheres, jovens e agricultores, promovendo a sucessão e a inclusão. A importância dessas cooperativas para o desenvolvimento socioeconômico solidário da sociedade é inegável, sendo reconhecidas até mesmo em revistas internacionais, juntamente com seus membros.
Na semana anterior, a Coomafitt teve a honra de contribuir novamente para a Terceira Semana de Alimentação Saudável de Itati. Um evento que acontece anualmente na semana do dia 16 de Outubro, Dia Mundial da Alimentação Saudável, visando contribuir para o debate acerca da segurança alimentar e nutricional. A data comemorativa acontece nesse dia em homenagem ao dia da criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em 1945.
Organizada pela comunidade com o apoio de organizações como o Grupo Cataventus e entidades como a Prefeitura e Emater de Itati, o evento proporcionou reflexões e ações para a conscientização da importância da alimentação saudável, da proteção ao meio ambiente e da vida em comunidade, por meio de oficinas, feira de alimentos, apresentações teatrais e outras atrações.
Na noite de segunda-feira (11/10), iniciou-se a Terceira Semana com um culto aberto ao público. onde o grupo de jovens apresentou um teatro religioso sobre a passagem bíblica da semana, além disso o prefeito de Itati, Flori Werb, fez as honras e no final do culto deu por aberto o evento. Na quarta-feira (13/10) aconteceu a oficina de produção de roscas feita pela OASE (Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas), na tarde desse mesmo dia a Ong Cataventus apresentou histórias para crianças da comunidade, tendo como um dos focos a conscientização sobre o papel das abelhas na biodiversidade.
Já na quinta-feira (14/10), foi realizada a Feira de Sabores e Saberes, que contou com a participação de agricultores familiares da região, foram realizadas trocas de sementes, doações de mudas, adoção responsável de animais, comercialização de alimentos e artesanatos, entre outras atividades. Na sexta-feira (15/10) aconteceu na sede da Coomafitt a Oficina do Mel, que contou com a participação do biólogo e técnico da Emater, Wolnei Fenner, do apicultor Moacir Rech e da química de alimentos Drª Priscila Missio. Foram realizadas palestras na Coomafitt e ações práticas na Casa do Mel.
Como encerramento, no sábado (16/10) tivemos a solenidade de formatura da primeira turma de Líderes de Turismo de Aventura de Itati e entrega dos certificados. A 3ª Semana da Alimentação Saudável de Itati foi realizada durante seis dias, mas, para cada um que participou do evento e que adquire alimentos da agricultura familiar, todas as semanas do ano foram e serão semanas de alimentação saudável, pois nossa luta para a soberania alimentar é constante e sabemos que um povo que se alimenta bem tem mais saúde, vigor e resiliência. Venha viver conosco nossas semanas da alimentação saudável!
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𝗘𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗼 𝗱𝗲𝗯𝗮𝘁𝗲 𝗮𝘀𝘀𝘂𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗲𝘀𝘀𝗲 𝗱𝗮 𝗮𝗴𝗿𝗶𝗰𝘂𝗹𝘁𝘂𝗿𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝗶𝗮𝗿 𝗰𝗼𝗼𝗽𝗲𝗿𝗮𝘁𝗶𝘃𝗮𝗱𝗮.
Estiveram presentes na sede da Coomafitt na manhã de sexta feira (08/10) o Deputado federal Elvino Bohn Gass, que participa da Frente Parlamentar Mista da Agricultura Familiar - FPAF, Miguel Soldatelli Rosseto, Ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, Aluisio Teixeira, atual prefeito do município de Terra de Areia, Flori Werb, atual prefeito do município de Itati, juntamente com representações da Coomafitt como a presidente Micheli Bresolin, o vice-presidente Bruno Engel Justin e o presidente da Rede de Cooperativas da Agricultura Familiar e da Economia Solidária (RedeCoop), Charles Lima. Assessores e outros membros da administração da cooperativa também estiveram presentes.
Na pauta, um dos temas do encontro foi a importância da agricultura familiar e do cooperativismo, segundo o Deputado Bohn Gass, a agricultura familiar auxilia na preservação do meio ambiente e na diminuição da desigualdade social, pois produz uma diversidade maior de alimentos, muitas vezes de maneira orgânica, além disso não concentra terras e gera mais empregos. Durante o encontro, diversos participantes ressaltaram a relevância do fortalecimento e da criação de politicas públicas voltadas à agricultura familiar. Miguel Rosseto relembrou o grupo da infeliz extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e dos impactos da privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN), com o intuito de estimular o debate.
A Coomafitt foi parabenizada pelo seu trabalho com as mulheres, com os jovens e com a agroecologia pelas representações políticas presentes. O prefeito de Terra de Areia, Aluisio Teixeira, ressaltou o valor da vida em comunidade, do dialogo e da união das pessoas em prol do desenvolvimento social. Ademais, o agravante da desigualdade social no país preocupou os participantes, assim como a atual diminuição do fomento a criação de cooperativas, que teve um grande aumento a partir de 2002.
Por fim, foi verificada a falta da difusão do cooperativismo nas grandes cidades, sendo necessária a atuação de toda a comunidade cooperativista para que um novo modo de produção seja possível, tanto no campo quanto na cidade. O presidente da RedeCoop, Charles Lima, salientou que o dever de todo cidadão é cobrar e fiscalizar os órgãos e representantes públicos, para que junto da comunidade exerçam de forma correta o serviço ao povo. A presidente da Coomafitt, Micheli Bresolin, reforçou a importância do cooperativismo solidário, acrescentando que todo trabalho cooperativado é uma semente, que essa semente cresce e gera muitos frutos em diversos lugares e situações, melhorando a vida das pessoas.
Por Daniela Flores, Assessora de Comunicação da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas.
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Relato pela jovem Liana Rosa, cozinheira PANC e membra da #JuventudeRuralDaCoomafitt
"Primeiro tivemos um encontro em Porto Alegre com a representante das mulheres da ONU. Falamos sobre o projeto Mulheres Rurais Em Rede: Agroecologia, Autonomia Econômica E Autogestão Solidária, com finalidade de buscar investimentos para a qualificação dessas mulheres contempladas no projeto, podendo gerar protagonismo delas e assim gerar sua própria renda.
Seguimos para o Seminário Nacional da Rede de Economia Solidária e Feminista - RESF e da 26ª FEICOOP - Feira Internacional do Cooperativismo(2019), ocorria todos os anos em Santa Maria até antes da pandemia da Covid-19.
Fui representando a Cooperativa Coomafitt, Em um determinado ponto da feira fui chamada pelo estado do Rio Grande do Sul como representante da cooperativa para falarem sobre nossa cooperativa, como funcionava, que ações faziam em relação à economia solidária, etc. No encontro foi relatado a importância do fortalecimento da Rede de Economia Solidária e Feminista.
Na Feira haviam muitas bancas de cooperativas da agricultura familiar, de quilombolas, indígenas com seus alimentos, sementes crioulas e artesanatos. O que me chamou a atenção foi a visibilidade dada ao agricultor (a)/produtor(a) e a valorização dos produtos que estavam sendo comercializados, que eram em sua grande maioria artesanais. E muitas bancas somente de mulheres, com produtos feitos por elas."
Imagem cedida por Liana Rosa
POR COMUNICAÇÃO COOMAFITT
Nesta segunda-feira, dia 05 de julho, a Coomafitt participou em uma aula púbica promovida pelo Instituto Federal do Pará - Campus Rural de Marabá na disciplina de Certificação Agroecológica. O agricultor agroecológico, psicólogo e associado à Coomafitt, Michel Lara de Oliveira e o coordenador de comunicação e associado Allan Fernandes estiveram presentes virtualmente.
Os dois contaram sobre a experiência da Coomafitt no campo da comercialização, aproximação com agricultores de cultivo orgânico e sobre a trajetória da OPAC Litoral Norte, certificadora de sistema participativo que está localizada no Vale de Três Forquilhas e hoje garante selo de orgânicos à diversas famílias da Cooperativa.
A aula foi aberta ao público e esteve presente estudantes do curso Superior de Agroecologia do Instituto e também Everson Fleck da APA Roto do Sol/SEMA - RS e Samanta Sparramberger, nutricionista no município de Itati/RS.
Nutricionistas e Secretaria de Educação Capão da Canoa visitam Agricultura Familiar no interior do Litoral Norte Gaúcho
Nesta quarta-feira, 23 de junho a Coomafitt recebeu uma visita institucional das nutricionistas Sâmira Bublitz e Jaqueline Menti Boff, do Departamento de Nutrição e a Secretária Municipal de Educação, Raquel Goldani e sua acessora Vanessa Silva e Maria Regina Oliveira que está como Coordenadora da Padaria Comunitária de Capão da Canoa.
A visita ocorreu na sede da Cooperativa em Itati e em lavouras de hortaliças, pomares de citros e estufas de tomates e pepinos de agricultores familiares em Itati e Três Forquilhas. A Educação de Capão da Canoa executa a Lei Federal Nº 11.947/2009 com diversos alimentos vindos da Agricultura Familiar e veio conhecer a origem dos alimentos, o trabalho interno da Cooperativa e ter mais conhecimento da importância das políticas públicas para desenvolvimento rural tanto no social quanto no econômico.
A comitiva veio ainda acompanhada de Luiz Moraes, membro da Comunicação e Imprensa da Prefeitura Municipal de Capão da Canoa. Luiz registrou em fotos e vídeos diversos momentos da atividade e também documentou relatos da equipe de trabalho da Educação e da Cooperativa. Também levantou material de mídia e áudio para apresentação sobre a execução dos projetos do PNAE em relação a Agricultura Familiar.
O final da visita ocorreu em uma propriedade rural associada a Cooperativa, Sítio Souza em Três Forquilhas, onde ocorre turismo rural e o almoço caseiro encerrou a visita institucional. Assim, a Coomafitt agradece a parceria e oportunidade de mostrar a realidade de suas famílias e os desafios enfrentados para produzir alimentos de qualidade.
Texto: Comunicação Coomafitt
Grande volume de chuva provocou transbordamendo de rios e córregos próximos às plantações.
Imagem da lavoura enviada pelo jovem e associado na Coomafitt Josué Justin Vitt.
O chuva que atinge o Litoral Norte há dois dias causam prejuízos a agricultores da região. Nos municípios de Três Forquilhas e Itati, pelo menos dez lavouras ficaram inundadas após o transbordamento de rios e córregos. O maior volume foi registrado nessa quarta-feira (09), como duas horas de chuva forte no início da tarde. Também houve registro de falta de energia elétrica. Como nesta quinta-feira (10), segue chovendo na região a preocupação das famílias que produzem alimentos na região é ainda maior.
Na comunidade de Boa União, em Três Forquilhas aproximadamente 2 hectares de lavouras de cenoura e brócolis ficaram embaixo da água perto do Rio da Pedra Branca. A plantação é da família do agricultor e estudante em agronomia, Josué Justin Vitt, associado da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt).
O agricultor contou ao Litoral na Rede que nesta quinta-feira a água baixou um pouco já que a chuva está mais fraca. Ele relata, no entanto, que a maioria da área segue inundada e que ainda não é possível apurar os prejuízos.
"A inundacão deita as plantas e o excesso de água apoderece muitas delas. A gente ainda não tem noção exata do prejuízo. Tem que vai ainda quando for colher. Algum prejuízo vai ter, com certeza", lamentou o agricultor.
Texto por litoralnarede.com.br.
Começa nesta próxima quarta-feira, dia 09 de junho, o I Encontro Virtual das Mulheres Rurais Coomafitt. Uma ação promovida pela Coomafitt e Unidade de Cooperativismo - UCP da Emater/RS de Porto Alegre.
O evento acontecerá 1 vez por mês até outubro e será de oficinas com aulas em diferentes temáticas. Os assuntos levantados para serem pauta dos encontros foram sugeridos pelas próprias associadas da Cooperativa em grupo de WhatsApp.
Todos eventos contarão com profissionais que atuam nas áreas específicas, fazendo com que seja encontros ricos em aprendizados. A primeira etapa contará com a presença da Cozinheira PANC Liana Rosa, compositora do livro Receitas da Terra de Monika Picassu e membra da Juventude Rural da Coomafitt. As participantes confirmadas fizeram suas inscrições no mês de maio e iniciam amanhã na primeira oficina, chamada de "Oficina de PANC" - Plantas Alimentícia Não Convencionais.
Este evento contará ainda com a presença das extensionista Elis e Luciane da UCP de PoA e com a Coordenação de Comunicação da Coomafitt.
Hoje, dia 08 de junho, foi entregue o material de apoio para as mulheres que se inscreveram e também uma lembrança, Donuts PANC elaborado pela cozinheira PANC Liana Rosa.
A Presidenta Micheli quem distribuiu os kits em visita às casas das cooperadas. Todas elas confirmaram participação e também elogiaram a iniciativa em promover um encontro entre elas e aprenderem sobre assuntos diversos.
Assim, nós próximos meses saberemos mais sobre esta ação cooperativista e como será visto pelas Mulheres Rurais da Coomafitt.
A Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt) é uma das 26 cooperativas habilitadas na Chamada Pública do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da SEAPDR 001/2020 na modalidade de compra com doação simultânea de alimentos. Estes alimentos estão sendo entregues para as casas prisionais, dentro de um cronograma estabelecido pela Superintendência de Serviços Penitenciários (SUSEPE).
A Coomafitt conta com 275 associados e associadas e tem como carro-chefe a produção de banana, mas também produz hortigranjeiros e citros. O volume que a cooperativa vai entregar é grande, alguns podem ser medidos em toneladas: 21.811 kg de banana, 3.048 kg de moranga, 2.046 kg de tomate, 1.406 kg de repolho, além de 675 unidades de alface e 605 molhos de tempero verde.
“Esta chamada para entrega na Susepe é extremamente importante para os agricultores e agricultoras aqui da nossa região. Porque antes da pandemia, a gente tinha uma programação trimestral para entrega dos produtos pelos agricultores, principalmente voltada para o programa nacional da alimentação escolar. Só que com o fechamento das escolas este programa não continuou e os agricultores não estão tendo como escoar a sua produção de forma regular”, destaca Micheli Jacoby, Presidente da Cooperativa.
De acordo com Jacoby, este edital do PAA vai contribuir para o escoamento da produção dos agricultores familiares, para movimentar a economia local e para o aumento da renda nas propriedades, muitas delas tocadas por jovens e mulheres. A produção da cooperativa vai ser entregue dentro da periodicidade estabelecida pelo edital para as penitenciárias de Porto Alegre, Montenegro, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Santa Rosa, Cruz Alta, Ijuí e Santo Ângelo.
Para o secretário da Administração Penitenciária (Seapen), Mauro Hauschild, “Este Programa de Aquisição de Alimentos da agricultura familiar é muito importante. Primeiro por ser uma política pública de inclusão social e segundo, porque esta ação além de gerar renda, agrega qualidade no dia a dia das refeições que são servidas nas nossas casas prisionais”. E destaca: “Ganhamos todos. Ganham as comunidades de agricultores familiares, gerando renda para suas famílias, e ganha o sistema prisional por oferecer alimentação de qualidade nas unidades”.
"Estamos sempre buscando novas alternativas de permitir que nosso agro cresça cada vez mais, valorizando o trabalho do produtor rural”, afirma a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti.
A Chamada Pública para doação simultânea do PAA funciona através de contratos com cooperativas e faz parte de um convênio entre a SEAPDR e o Ministério da Cidadania. As entregas dos produtos vão ocorrer neste mês de junho e em julho. E as cooperativas para serem habilitadas devem seguir algumas regras. Entre elas, ter cópia da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP Jurídica), estar em situação regular com as secretarias federal, estadual e municipal da fazenda e ter 40% de mulheres entre os agricultores familiares participantes.
Entre os itens da agricultura familiar previstos no edital estão arroz, feijão carne bovina e suína, alface, banana, cebola, couve, maçã, moranga, repolho, tempero verde, tomate e leite integral. A periodicidade é de 3 vezes por semana para itens perecíveis e quinzenal para itens não perecíveis.
Nova Chamada Pública 2021
Uma nova Chamada Pública do PAA está aberta para as cooperativas. O prazo termina em 20/07/2021. A Chamada será na modalidade de compra com doação simultânea, com dispensa de licitação, destinada ao abastecimento da Superintendência de Serviços Penitenciários (SUSEPE). Para mais informações veja aqui.
Informações sobre o PAA: Departamento de Cooperativismo da Secretaria da Agricultura, através do e-mail: janaina-nery@seapdr.rs.gov.br ou pelos telefones (51) 3218.3375 e 3218.3378.
Diretor de Cooperativismo do RS elogia gestão da Juventude Rural da Coomafitt em visita a Cooperativa
Nesta terça-feira, o Diretor do Departamento de Cooperativismo (Decoop) da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) do Rio Grande do Sul, Sr. Obiratan Rodrigues e Naiara Martelli, acessora de direção do departamento estiveram em visita a Coomafitt na sede, em Itati. O modelo de gestão operado pela Juventude Rural da Coomafitt foi destaque e elogiado pelo Diretor Silva.
A visita foi acompanhada por membros da Emater/RS, Redecoop e diretoria administrativa e executiva da Coomafitt. Marcelo Cotrim, Coordenador na Unidade de Cooperativismo de Porto Alegre e Charles Lima, Presidente da Recoop mediaram a conversa entre os visitantes e anfitriões. O extensionista Alexandre Schimidt, no escritório de Viamão e Cícero Costa, técnico em agropecuária no munícipio sede da Cooperativa também estiveram na visita.
Ao chegarem no escritório da Cooperativa, a equipe de colaboradores se apresentou e deram boas vindas aos visitantes. A Presidenta Micheli Bresolin Jacoby fez a acolhida e o Vice-Presidente Bruno Engel Justin apresentou o vídeo institucional da Cooperativa para contextualizar amplamente como a Coomafitt vem construindo seu sistema de cooperativismo solidário.
A conversa desenrolou em torno da relação atual vivida entre a Agricultura Familiar na pandemia e os mercados institucionais como a da Alimentação Escolar (PNAE) e compras como os da Susupe. Rodrigues reconheceu momento complexo na execução de projetos de vendas e a dificuldade em que se encontra os pequenos agricultores.
Além da visita a sede, também a comitiva do Departamento, Emater e diretoria da Coomafitt foram ao centro de distribuição em Terra de Areia. Em Terra de Areia apresentado questões voltadas aos processos logísticos, onde a Coomafitt é referência no Litoral Norte e em todo estado do RS. Adiecson Gross Bobsin, coordenador de logística contou sobre o desenvolvimento construído nos últimos anos e autonomia da Cooperativa nos processos de intercooperação.
Assim, foi estabelecido laços maiores de confiança e compromisso entre o Departamento de Cooperativismo do RS e a Cooperativa Coomafitt, a fim de garantir melhorias e articulações de mercados a cooperativas da Agricultura Familiar no RS.
Nesta quarta-feira, 26 de maio, o agricultor e ex-presidente da Coomafitt, Gilberto Ritter esteve presente em uma das aulas da disciplina de Comunicação, Extensão e Intervenção Social do curso de graduação Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Pará(UFPA). Gilberto, popularmente conhecido como “Beto”, a convite da Professora e agrônoma Monique Medeiros, contou sua trajetória como associado na Cooperativa, seu estado de presidente em gestões anteriores e como vem sendo a transição geracional dentro da Coomafitt e dentro da própria unidade familiar com seus filhos na sua perspectiva.
Estiveram presente estudantes da disciplina do curso mencionado anteriormente, o técnico em agropecuária da Emater/RS de Itati (período 2012/2017), Ricardo Valim e o Coordenador de Comunicação da Cooperativa, Allan Fernandes também cooperativado.
A Coomafitt está próxima de comemorar seus 15 anos e desde seu início vem desenvolvendo diversas políticas que fortalecem o cooperativismo solidário. Ser caso de estudo em instituições de ensino públicas e de qualidade mostra o sucesso no sistema de organização e valoriza enquanto grupo. Ritter, assim como muitos outros agricultores familiares, se questionava sobre a viabilidade do cooperativismo para a pequena agricultura no Vale de Três Forquilhas e hoje, ao longo da sua trajetória no campo e durante 3 gestões a frente da Coomafitt, agregou uma nova perspectiva quanto a estar organizado no campo. Gilberto viu que é possível.
A Professora e bacharel em agronomia, Monique já atuou na região do Vale de Três Forquilhas e Terra de Areia pela assistência técnica rural pública, Emater/RS e acompanhou parte do desenvolvimento da Coomafitt. Em conversa posterior a aula com ela, nos contou sobre o convite que trouxe a Cooperativa. Segundo Monique, “o convite lançado à Coomafitt para participar de uma aula no âmbito da disciplina de comunicação, extensão e intervenção social encontra congruência com o propósito da aula em questão: apresentar a correlação entre a emergência das inovações sociais no campo e o papel da assistência técnica e extensão rural.
A cooperativa desponta no contexto do Litoral Norte Gaúcho como uma novidade organizacional relevante. As iniciativas atreladas a sua concepção e desenvolvimento mostram-se catalisadoras de transformações territoriais e de melhoria de qualidade de vida, sobretudo, de distintos agricultores familiares. Para os estudantes, conhecer essa experiência relativa ao sul do país, contexto bem distinto do amazônico, possibilitou ampliar a perspectiva de desenvolvimento rural e de inovação social, bem como perceber como a ação social como instrumento crucial de uma construção de futuro mais sustentável, inclusivo e solidário."
Por fim, os cooperativados Allan e Beto encerraram suas participações ao trazerem suas perspectivas em relação ao futuro da Coomafitt. Ambos mencionaram a busca por crescimento de mercado tanto institucional quanto privado, fortalecimento ainda maior da participação social, promoção da produção orgânica de alimentos entre associados e que novas alternativas de renda atingem mais famílias, afim de possibilitar uma sucessão rural no campo com mais opções nichos trabalhistas e profissionais.
Nota: o curso de graduação Desenvolvimento Rural na UFPA pode ser acessado pelo site institucional da Universidade e também lembramos a existência desta formação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS.
A nova diretoria da Coomafitt - Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas - assume hoje, 01 de abril de 2021. A Coomafitt recebe posse da nova diretoria eleita para gestão 2021/2022 na última Assembleia Geral Ordinária virtual que ocorreu em 24 de março de 2021. É a primeira vez que uma mulher jovem fica a frente da presidência. Micheli Bresolin Jacoby assume o cargo como presidenta ao lado de 2 outros jovens, Bruno Engel Justin como vice-presidente e Sidnei Justin Witt como tesoureiro.
A diretoria formada por jovens, mostra que a Cooperativa acredita e fomenta a juventude rural para continuar no campo e tocar dinâmicas tanto de produção quanto de gestão. Micheli é um exemplo disso. Desde 2015, com 24 anos na época veio contribuindo com os trabalhos da Cooperativa, Micheli coordenou a produção de alimentos da Coomafitt, esteve a frente na diretoria executiva como vice-presidente e agora assume como presidenta com seus 31 anos.
A Micheli em conversa com a Coordenação de Comunicação da Coomafitt, relata que desde que iniciou sua trajetória na Agricultura Familiar da Coomafitt, percebeu pouco engajamento de mulheres na Cooperativa. Nos processos administrativos, de participação social delas e junto com outras mulheres, ela buscou aproximar sócias, mais mulheres para comercializar alimentos, maior participação por meio de eventos tocados em parcerias com a Emater/RS, entre outras atividades.
O reconhecimento deste trabalho com as mulheres, a determinação e coragem em tocar pautas tão importante para o andamento da Coomafitt como a Coordenação de Produção, fez com que Micheli desse um passo a mais e pudesse responder também como representante legal da instituição.
Na última semana, em conversa também com a Unicafes Nacional, Micheli lembrou que o Cooperativismo possui espaço para jovens e mulheres serem protagonistas neste espaço organizado da Agricultura Familiar. “A presença deste público se tornou significativa, e é preciso realizar formações para inseri-los ainda mais. Eu quero ajudar neste movimento, com exemplo e coragem. Juntos, conseguiremos enfrentar as dificuldades, principalmente, neste momento de pandemia que vivemos. A união e participação de todos é o que movimenta nosso setor”, afirmou.
O próximo período na região do interior do Litoral Norte Gaúcho são de desafios sociais e econônimos e por isso deseja-se resiliência, solidariedade e prosperidade para todos. Que por meio da Cooperação seja possível superar tantas percas tidas no campo social e na economia regional.
Nesta semana, dia 24 de março, a Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas realizou sua Assembleia Geral Ordinária 2021. Um ano diferente para mobilizar a participação de agricultores e agricultoras e também ao modo de realizar o evento. Desta vez, totalmente virtual, reuniu-se mais de 100 associados e associadas para pautar relatório de gestão, assuntos gerais e votação para aprovação das prestação de contas, integralização do resultado dos exercícios na Cooperativa, eleição do conselho administrativo e diretoria e conselho fiscal.
A prestação de contas e integralização foram aprovadas pelos associados em maioria, não havendo nenhum voto contrário e havendo algumas abstenções. Foram eleitos os conselhos e diretoria, que na situação eram chapa única escrita para este ano.
O conselho administrativo eleito e diretoria para a gestão de 2021/2022 conta com seguintes associados e associadas: presidenta: Micheli Bresolin Jacoby; vice-presidente: Bruno Engel Justin; tesoureiro: Sidnei Justin Witt. 1º Titular: Juscelia dos Santos Silva; 2º Titular: Michel Lara de Oliveira; 3º Titular: Adiecson Gross Bobsin; 1º Suplente: Luiz Carlos da Silva Pizzolotto; 2º Suplente: Ronaldo Araújo da Silva; 3º Suplente: Julio Cesar Mota Vitt. O conselho fiscal que atuará na Cooperativa no ano de 2021 será formado pelas seguintes pessoas: 1º Titular: Eduardo Borges Carlos; 2º Titular: Roselaine Lopes Machado; 3º Titular: Neusa da Rosa Sparremberger; 1º Suplente: Matheus Quadros Vieira; 2º Suplente: Iveliza do Carmo Ribeiro Toledo; 3º Suplente: Aroni Rapach.
A Cooperativa sempre buscou a participação de todo seu quadro social para diversificar e comprometer aqueles que tocam a Coomafitt de dentro de suas propriedades também nas tomadas de decisão da Cooperativa. O presidente Bruno Engel Justin encerra o ciclo da gestão 2019/2020 dia 31 de março de 2021 e expressa seu sentimento de gratidão e satisfação pelo trabalho realizado e prestado como associado, administrador e presidente da Coomafitt: “Sentimento de gratidão a todos os associados e associadas, diretoria, colaboradores, parceiros, por ter confiado a juventude pra estar a frente da cooperativa nesse último período. Foi um orgulho ter sido presidente da Coomafitt e ter aprendido tanto nesses anos. A Coomafitt em todos os momentos, principalmente nos mais difíceis, se propôs a fazer mais, a dar um passo a frente ao invés de recuar. Esse era o compromisso que tínhamos, de continuarmos nesse mesmo sentido, e assim fizemos no momento da pandemia, buscando alternativas de forma conjunta. A mensagem que fica, no meu ponto de vista, é que a juventude tem muito a contribuir não apenas no cooperativismo mas em todos os processos na sociedade, precisamos incentivar cada vez mais isso. Também fico extremamente feliz com a eleição da Micheli, primeira mulher presidenta da Coomafitt. Continuaremos juntos nesse próximo período e vamos seguir contando com todos os associados, nossa equipe e nossos parceiros para tornar a Coomafitt cada vez mais forte e gerando mais renda e qualidade de vida na nossa comunidade”.
A Coomafitt teve a honra de receber suas parceiras e seus parceiros de relação institucionais, onde estiveram presentes: Unicafes/RS; Unicentral; Sicredi; UCP Emater; Contabilidade Ferri; Elysios; Cooperativa de Crédito CRESOL; Cooperativa Nossa Terra; Emater de Itati/RS; Emater/RS de Terra de Areia; e Cooperativa de Consumo GiraSol. Os eleitos assumem seus exercícios dia 01 de abril de 2021.
Por Carolina Pastl*
A pandemia do novo coronavírus provocou a ampliação das ações de intercooperação, sexto dos princípios do cooperativismo, que tem como pilares a colaboração entre pessoas e estruturas de todos os níveis. Num ano de atividades econômicas reduzidas e isolamento social, no entanto, quem mais recorreu às associações foram as pequenas cooperativas de produção, transporte e consumo, motivadas pela necessidade de obter escala e chegar a mais consumidores para manter a renda de seus associados. Ao mesmo tempo, grandes organizações, com milhares de cooperados e faturamento bilionário, também anunciaram novas operações conjuntas, que já estão em andamento ou têm início previsto para breve.
A intercooperação consiste na colaboração mútua entre associados ou cooperativas locais, regionais, nacionais ou internacionais, do mesmo ramo ou não, com a finalidade de reduzir suas carências. “As cooperativas têm de cooperar entre si, não importa tamanho e ramo, pode ser de pequena para pequena, de grande para pequena, de grande para grande”, sustenta o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius. Para o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires, esse “é o DNA do cooperativismo”.
É o intercooperativismo que faz, por exemplo, com que dezenas de cooperativas, muitas delas com foco nos grãos e sem indústria processadora, entreguem o leite de seus associados para uma central processar. Ou que outras dezenas se unam em rede para fazer compras em conjunto e reduzir custos. Ou que pequenas cooperativas de produção de frutas e hortigranjeiros firmem convênios com terceiras, de transportes e de consumo, para expandir mercados para além de suas regiões. Ou, ainda, que quatro unidades de banco cooperativo se juntem para financiar uma usina de uma cooperativa de eletrificação.
Entre as vantagens mais mencionadas por essas cooperativas está o ganho em escala. “Há benefícios difíceis de (uma organização) alcançar sozinha, como o acesso a novos mercados e a processos de inovação e tecnologias”, explica o diretor executivo da Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho), Hélio Marchioro. Mas, para tudo isso dar certo, o coordenador do Ramo Agropecuário na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), João Prieto, lembra que "não tem que haver concorrência entre cooperativas”.
Com a pandemia, Pires acredita que ficou ainda mais claro que ter práticas intercooperativas como essas “é uma exigência do mercado atual para se manter”. A Rede de Cooperativas da Agricultura Familiar e da Economia Solidária (Redecoop), que possui 44 cooperativas associadas em sistema intercooperativo, sentiu isso em março do ano passado, quando, com a crise sanitária, sua receita começou a despencar, já que as escolas, que eram o seu principal mercado, estavam fechadas. “Graças à rede, conseguimos nos organizar e começar a vender cestas básicas para mercados privados, o que acabou reduzindo o prejuízo final”, destaca, hoje, o presidente Charles Lima.
A Redecoop vendeu cestas populares com produtos da agricultura familiar ao Sindicato Intermunicipal dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior do Rio Grande do Sul (Adufrgs Sindical), ao Sport Club Internacional e ao Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), entre outras instituições, que doaram para pessoas carentes. No total, foram vendidas 7 mil cestas, equivalentes a 120 toneladas de alimentos, por R$ 546 mil.
A Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt), que possui 273 associados, também passou por um sufoco semelhante. Para escoar a produção dos seus associados, resolveu criar um site (loja.coomafitt.com.br), com a ajuda da cooperativa GiraSol, que já tinha feito o seu. A plataforma possibilitou que se alcançasse consumidores da região de Porto Alegre. O faturamento caiu 6,7% de 2019 para 2020 (de R$ 4,5 milhões para R$ 4,2 milhões), mas o novo mercado evitou que se instalasse uma situação de crise. Antes da pandemia, as compras institucionais (de prefeituras, programas sociais e quartéis) absorviam 90% da oferta da cooperativa. Durante o ano passado, as compras individuais, feitas diretamente pelos consumidores, ampliaram sua fatia para 35%.
Em função da pandemia, a Coomafitt redobrou os cuidados de higiene. Atualmente, é obrigatório o uso de álcool gel e máscara entre seus funcionários. | Foto: Allan Fernandes / Arquivos Coomafitt
Para Prieto, esse e outros exemplos indicam também a tendência de cooperativas de buscarem iniciativas de intercooperação no âmbito digital para resolver problemas competitivos. Em abril, a FecoAgro deve entrar nessa lista, já que planeja lançar, por meio de suas 29 cooperativas associadas, o Smartcoop, uma plataforma inédita no ramo. Com o site, será possível fazer um gerenciamento on-line da propriedade, comercializar produtos entre produtores e cooperativas e comprar insumos coletivamente. “A principal vantagem, no entanto, será a de que o produtor é o dono da plataforma, diferentemente da Uber, por exemplo”, compara o diretor superintendente de uma das associadas, a CCGL, Guillermo Dawson.
Agricultores familiares alcançam mercados distantes de seus municípios graças a acordos da cooperativa local com outras, de transporte, produção e consumo
Depósito da Unicentral, que organiza a logística e comercializa hortifrutigranjeiros das suas nove cooperativas singulares. | Foto: Divulgação Unicentral
Se não tivéssemos nos unidos, não teríamos sobrevivido.” A frase, do coordenador de Logística da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt), Adiecson Gross Bobsin, resume o cenário e as soluções encontradas pela agricultura familiar cooperativada nos últimos tempos. A união referida é a da Coomafitt com a Rede de Cooperativas da Agricultura Familiar e da Economia Solidária (Redecoop), a Central de Cooperativas da Agricultura Familiar (Unicentral, de Santa Maria) e a Cooperativa GiraSol, de Porto Alegre, que atuam em diferentes modelos de intercooperação há pelo menos quatro anos.
A iniciativa partiu da Coomafitt, que foi fundada em 2006 e em 2010 passou a vender hortifrutigranjeiros para mercados institucionais por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que determina que a compra dos alimentos dos estados e municípios seja de no mínimo 30% da agricultura familiar. A partir daquele momento, seus 273 associados viram suas vendas decolarem.
O produtor de bananas Valtair Ribeiro, de Terra de Areia, se associou em 2011 à Coomafitt em função disso. “O preço pago era mais justo e fixo. Virar sócio era um jeito de não ficar na mão do mercado, que tem oscilações muito grandes do preço pago no decorrer do ano”, justifica.
Valtair e sua esposa, rosane, na lida. | Foto: Divulgação Coomafitt
Foi durante o transporte desses alimentos que a intercooperação surgiu. “Começamos a perceber que os nossos caminhões cruzavam com o de várias outras cooperativas, que acabavam entregando quase sempre nos mesmos locais”, lembra Bobsin. Após uma decisão conjunta entre os 273 associados e 16 funcionários, a Coomafitt partiu para um trabalho em conjunto com outras cooperativas para solucionar a ociosidade dos veículos, que, na maioria das vezes, percorriam parte de seus trajetos com a carreta quase vazia. Assim, surgiram três tipos de intercooperação de logística e comercialização com a participação da Coomafitt.
A Coomafitt possui três caminhões próprios, mas também contrata veículos terceirizados. | Foto: Ubirajara Machado / Arquvio Coomafitt
O primeiro deles é a Redecoop, que surgiu em 2017 para suprir a necessidade das cooperativas que atendem mercados institucionais de ter uma logística mais organizada. Atualmente, os trabalhos da rede, que conta com 44 cooperativas associadas (singulares e centrais), localizadas em 30 municípios, são organizar a logística para atender às chamadas públicas das prefeituras e promover eventos chamados “Mesas de Negociações” para que seus associados fechem parcerias.
Para facilitar ainda mais as vendas, em janeiro deste ano, a rede lançou o Coopfrete, um aplicativo que localiza os caminhões e suas respectivas cargas de forma gratuita para as cooperativas associadas. A iniciativa foi viabilizada pelo Instituto Federal de Osório, por meio de um projeto de extensão, sem custos. “Agora estamos com controle da rastreabilidade dos alimentos, já que alguns são perecíveis, das entregas, da logística reversa e dos valores dos produtos e do frete”, sintetiza o presidente da Redecoop, Charles Lima.
A Redecoop também possui cinco centros logísticos para carga e descarga, que podem ser utilizados por todos os seus associados, localizados em Pelotas, Santa Maria, Erechim, Santa Rosa e Porto Alegre, este sob a coordenação da Coomafitt. Os caminhões e motoristas utilizados são das cooperativas ou de empresas terceirizadas. O preço cobrado para cada cooperativa pelo transporte é o do frete, que varia de 25 a 60 centavos o quilo, que vão para a coordenação do centro logístico, responsável pela distribuição dos recursos. O valor dos alimentos vendidos é depositado pelo comprador mediante comprovante de entrega. Já embutida no preço também está a porcentagem que cada cooperativa cobra para se manter. No caso da Coomafitt, é de 20% a 30% do valor original que será pago ao seu associado. A Redecoop também cobra uma mensalidade de R$ 50 de seus associados e, se a comercialização for mediada por ela, de 1% a 2% em cima do valor dos produtos.
Coomafitt coordena Centro Logístico da Redecoop em Porto Alegre. | Foto: Ubirajara Machado / Arquvios Coomafitt
Outro modelo de intercooperação que conta com a participação da Coomafitt é a Unicentral. Fundada em 2014 em razão da mesma demanda da política pública, por iniciativa da Cooperativa de Produção e Desenvolvimento Rural dos Agricultores Familiares de Santa Maria (Coopercedro), a central organiza a logística e comercializa hortifrutigranjeiros das suas nove cooperativas singulares associadas. Para que esse trabalho ocorra, a central aluga da Coopercedro, que é uma das suas associadas, um escritório para seus três funcionários, além de pagar pelo transporte, que também é feito por essa cooperativa. A armazenagem é no centro logístico da Redecoop de Santa Maria, que também é da Coopercedro.
A distribuição fica a cargo das cooperativas. Na foto, a Unicentral levou alimentos comprados a uma escola. | Foto: Divulgação Unicentral
No entanto, a Unicentral não se restringe aos seus sócios e também faz parcerias sazonais com outras cooperativas, centrais ou singulares, como a Coomafitt. “O caminhão da Coomafitt leva banana para o nosso depósito, nós organizamos a distribuição e ele transporta, de volta para o Litoral Norte, nossas maçãs para serem vendidas lá”, exemplifica o presidente da Unicentral, Alcione Piasentin Claro. O resultado desse trabalho gerou um faturamento de R$ 1,9 milhão em 2020, com a venda de 452 toneladas de alimentos.
A intercooperação entre cooperativas singulares aproxima a Coomafitt da Cooperativa GiraSol, de Porto Alegre, que também é associada à Redecoop. GiraSol compra produtos da Coomafitt para revendê-los em seu armazém na Capital ou em sua loja virtual por um preço 50% a 60% superior ao original. “Nossos 45 associados fabricam majoritariamente produtos agroindustriais, enquanto os da Coomafitt vendem aqueles in natura; por isso, não há concorrência nas gôndolas”, esclarece a coordenadora geral da GiraSol, Tanara Lucas. No ano passado, 125 toneladas de alimentos orgânicos foram vendidas.
Neste ano, as duas cooperativas também criaram o Projeto Verão Saudável, que tem como objetivo vender seus alimentos por meio do site da Coomafitt (loja.coomafitt.com.br) em 11 municípios do Litoral Norte. A logística fica por conta da Coomafitt, que cobra da GiraSol uma parcela do transporte à GiraSol.
Durante a pandemia, movimentação do armazém da GiraSol ficou mais fraca. | Foto: Divulgação Cooperativa GiraSol
Cooperativado desde 1953, Arside Piton (com a esposa, Cenira) viu na produção de suco uma garantia para o escoamento da uva. | Foto: Eduardo Soares
Algumas cooperativas vitivinícolas gaúchas também participam de projetos de intercooperação para suprir gargalos da cadeia produtiva. O incentivo vem, principalmente, da Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho), que atua desde 1952 como uma cooperativa de segundo grau.
Um caso de intercooperação na área é o da Central das Cooperativas (Cenecoop), que foi criada pelas cooperativas Garibaldi, Nova Aliança, São João e Pradense em 2007. A necessidade da união surgiu de um problema enfrentado por todas elas: o excedente da produção de uvas híbridas americanas, que era vendido a granel, o que não era vantajoso. Foi assim que resolveram juntar recursos para construir uma planta única em Farroupilha para sediar a Cenecoop, que passaria a fabricar suco de uva concentrado com essas sobras a partir de 2019.
Hoje, a central recebe a uva dos associados das cooperativas singulares, que são suas sócias, processa e comercializa o suco para indústria de alimentos e bebidas. Uma parcela dos valores fica com a central e a outra é repassada aos cooperados. “Com a previsão de uma grande safra neste ano, o nosso objetivo vai ser alcançado, que é o de reduzir o impacto desse excedente”, projeta o vice-presidente da Cenecoop, Oscar Ló. Em 2019, foram processados 7 milhões de litros de mosto, o que gerou um faturamento de cerca de R$ 20 milhões. Neste ano, a expectativa é aumentar para 10 milhões de litros.
A sede da Cenecoop se localiza em Farroupilha. | Foto: Divulgação Cenecoop
Com essa mesma lógica, a cooperativa Nova Aliança, que tem sede em Flores da Cunha e é associada à Cenecoop, também industrializa espumantes, vinhos e sucos em suas quatro unidades próprias e viu seu faturamento saltar de R$ 60 milhões em 2010 para R$ 200 milhões em 2020, enquanto a produção, de cerca de 39 milhões de quilos por ano, não variou significativamente. “Conseguimos agregar valor ao produto final com o processamento”, justifica o presidente da Nova Aliança, Alceu Dalle Molle. Neste ano, a previsão é bater a marca de 50 milhões de quilos.
A sede da Nova Aliança se localiza em Flores da Cunha. No entanto, a cooperativa também conta com mais três unidades, também localizadas na Serra Gaúcha. | Foto: Divulgação Nova Aliança
Ao lado da esposa, Cenira, o produtor de uva cooperado mais antigo da Nova Aliança, Arside Piton, de 84 anos, observa bem essa mudança. “O escoamento da nossa produção agora está mais garantido”, relata o morador de Nossa Senhora de Caravaggio da 6ª Légua, em Caxias do Sul, que, desde 1953, é sócio da cooperativa, que antes se chamava Aliança e se unificou, em 2010, com a São Victor, São Pedro, Santo Antônio e Linha Jacinto, todas do mesmo ramo.
Mas não foi só esse o benefício que essa fusão de cooperativas trouxe. Hoje, seus 700 associados conseguem comprar insumos com preços 8% a 10% menores, graças aos técnicos das cooperativas Nova Aliança, São João, Garibaldi, Pradense e Cairu, que fazem um levantamento anual com cada cooperado, verificando suas necessidades, e compram, em conjunto, diretamente dos fornecedores. “Assim, reduzimos os custos”, resume o agrônomo da Nova Aliança, Leonardo Reffatti. Entre os produtos adquiridos há fertilizantes, fungicidas, herbicidas e inseticidas, que são distribuídos pelas próprias cooperativas, que colocam o custo do serviço no insumo a ser pago pelo cooperado. A iniciativa ganhou o Prêmio Ocergs de Cooperativismo de 2018 na categoria Intercooperação.
Associadas enviam 1,5 milhão de litros por dia para unidade de processamento, em Cruz Alta. | Fotos: CCGL Divulgação
Um dos exemplos clássicos de intercooperação ocorre no setor leiteiro do Rio Grande do Sul. A Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), com sede em Cruz Alta, surgiu em 1976 a partir da necessidade de 18 cooperativas de industrializar seu leite para aumentar a receita. “Não havia como cada cooperativa investir no processamento sozinha; era mais racional fazer um investimento coletivo”, argumenta Gelson Melo de Lima, superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, de Não-Me-Toque, que é uma das associadas.
Dos 1.280 funcionários da CCGL, 600 trabalham na unidade de laticínios. Eles são responsáveis por recepcionar os caminhões da organização e de empresas terceirizadas que coletam 1,5 milhão de litros por dia nas propriedades e pelo processamento do leite na unidade. Do volume que chega à unidade industrial, em Cruz Alta, 90% é transformado em leite em pó, 9% em creme de leite e 1% em achocolatados e leite UHT, que são vendidos com a marca CCGL.
Cerca de 87% desse leite em pó é comercializado para grandes redes de supermercado no Norte e Nordeste, via cabotagem ou caminhão de terceirizados. “Transportar via navegação é viável em mercados assim, já que a maior densidade populacional está no litoral”, esclarece o diretor superintendente da CCGL, Guillermo Dawson.
A CCGL compra o leite de 21 cooperativas, localizadas majoritariamente na metade Norte do Estado, pelo valor de mercado, e vende os produtos, retendo uma parcela do lucro e distribuindo o restante às associadas e seus produtores. A receita total da CCGL em 2020 foi de R$ 1,4 bilhões, com 81% dela vinda da área de laticínios.
Associado à Cotrijal há nove anos, Ezequiel Alan Weber entende que a participação em empreendimento cooperativo trouxe inúmeros benefícios à sua propriedade, localizada em Coqueiros do Sul, onde produz soja, milho, trigo e leite. “Além do retorno financeiro, nós recebemos uma série de descontos em produtos utilizados para a produção, adquiridos junto à Cotrijal”, justifica. Para ele, “diferentemente de outras empresas do setor, uma cooperativa se preocupa com o real desenvolvimento e crescimento dos seus cooperados". Ao todo, a Cotrijal possui 7 mil cooperados das regiões do Alto Jacuí, Planalto Médio Gaúcho e parte da região Norte do Estado, que produzem leite e grãos, e 1.900 funcionários.
Para Ezequiel, “diferentemente de outras empresas do setor, uma cooperativa se preocupa com o real desenvolvimento e crescimento dos seus cooperados". | Foto: Arquivo Pessoal
Cooperativa de eletrificação obtém crédito de quatro unidades de banco cooperativo para construir nova Pequena Central Hidrelétrica
Salto Forqueta, uma das quatro PCHs da Certel. | Foto: Divulgação Certel
Um modelo de intercooperação agraciado com o primeiro lugar na categoria do Prêmio SomosCoop – Melhores do Ano 2020, viabilizou a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Vale do Leite, no Rio Forqueta, entre os municípios de Pouso Novo e Coqueiro Baixo, no Vale do Taquari. O empreendimento é da Cooperativa Regional de Desenvolvimento Teutônia (Certel) e a construção começa em maio. A usina terá potência de 6,4 megawatts (MW) e poderá gerar, em média, 2,3 mil megawatts-hora (MWh) por mês, o suficiente para atender 19 mil associados (de 73 mil) em 48 municípios gaúchos. A previsão é que a obra termine em setembro de 2022.
Tudo começou com a decisão da Certel de ampliar a sua capacidade de geração de energia elétrica própria. Hoje, as duas usinas solares e quatro hidrelétricas (Salto Forqueta, Boa Vista, Rastro de Auto e Cazuza Ferreira) produzem 29% da demanda da área de distribuição. O restante (71%) é comprado em leilões. Após estudar a viabilidade do projeto, os dirigentes da cooperativa esbarraram no empecilho dos juros de cerca de 7% cobrados pelos bancos comerciais para financiar os R$ 48 milhões necessários ao investimento, o que poderia implicar em ter de recorrer ao aumento da tarifa de energia elétrica cobrada dos associados, que é de R$ 0,48 pelo kWh, enquanto a média nacional é de R$ 0,49.
Buscando outra alternativa, a Certel procurou o Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) Ouro Branco, de Teutônia, ao qual é associada há 40 anos, que topou oferecer recursos. Mas, como o valor era alto, a cooperativa de crédito teve de buscar mais três unidades para dividi-lo, a Integração RS/MG (Lajeado), a Região dos Vales (Encantado) e a Botucaraí (Soledade). “O que fizemos com a Certel foi simplificar o acesso ao crédito, que será disponibilizado conforme o andamento da construção do empreendimento”, explicou o presidente da Sicredi de Teutônia, Neori Ernani Abel. A taxa de juros não foi divulgada, mas os participantes do negócio asseguram que é menor que a dos bancos comerciais.
“Cada MWh gerado pela Certel é um a menos que o Estado importa”, destaca o presidente da Certel, Erineo José Hennemann, ao lembrar que, hoje, cerca de 60% da demanda de energia gaúcha é suprida por usinas de outros estados. Para Abel, outra vantagem é o modelo de negócio, que é feito entre as cooperativas. “Nós geramos riquezas para a própria comunidade, diferentemente de empresas, que bonificam o lucro para poucos.”
Local do Rio Forqueta que receberá a barragem da Hidrelétrica Vale do Leite. | Foto: Divulgação Certel
Atualmente, a Certel aguarda que a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler (Fepam) emita o Licenciamento Ambiental para a construção da PCH. Por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o empreendimento já foi autorizado.
Além de trabalhar no ramo da energia elétrica, a cooperativa também vende eletrodomésticos, móveis, tecnologias e artefatos de cimento. Para isso, emprega 700 pessoas, além de terceirizar outros serviços, como a leitura do relógio de luz. “Com certeza, estamos seguindo o sonho dos 174 fundadores da Vila de Teutônia que criaram a Certel, em 1956, visando uma vida melhor”, conclui Hennemann. O faturamento do grupo foi de R$ 360 milhões em 2019.
*Sob supervisão de Elder Ogliari
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA - EDITAL DE CONVOCAÇÃO 002/2021
O Presidente da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas
(COOMAFITT), no uso das atribuições que lhe confere o Estatuto Social, CONVOCA os associados, que nesta
data são em número de 274 (duzentos e setenta e quatro), todos em pleno gozo de seus direitos e deveres,
frente a sua cooperativa, para participarem da Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada em formato digital,
pelo Google Meet através do endereço: https://meet.google.com/tnc-wgeo-exv às 6h (seis horas), com a
presença de no mínimo 2/3 (dois terços) dos associados com direito a voto, em primeira convocação; às 7h
(sete horas), com a presença de metade mais um dos associados, em segunda convocação; ou às 8h (oito
horas), com a presença de no mínimo 10 (dez) associados, em terceira convocação, no dia 24 (vinte e quatro)
de Março de 2021, para deliberar sobre os seguintes assuntos:
ORDEM:
1 – Prestação das contas do exercício de 2020 e Relatório de Gestão 2020;
2 – Eleição do Conselho Fiscal;
3 – Eleição do Conselho Administrativo e Direção;
4 – Assuntos Gerais.
Em cumprimento ao ESTATUTO SOCIAL e à INSTRUÇÃO NORMATIVA DREI Nº 79, DE 14 DE ABRIL DE 2020, que
dispõe sobre a participação e votação a distância em reuniões e assembleias de sociedades anônimas
fechadas, limitadas e cooperativas, as seguintes regras deverão ser cumpridas:
I. O endereço para acesso a Assembleia Geral Ordinária estará disponível no Edital de convocação e na
sede da COOMAFITT em Itati. Também será disponibilizado o endereço de acesso através de redes
sociais da Cooperativa.
II. O boletim de voto será por enquete, disponibilizada durante a assembleia, conforme a ordem do dia
publicada neste edital.
III. Para a identificação dos associados serão solicitados o preenchimento do Nome Completo e CPF.
IV. Para interagir com a mesa diretora dos trabalhos da Assembleia, o associado poderá usar a ferramenta
Chat na plataforma Google Meet, bem como fazer uso da palavra nos momentos indicados, abrindo o
microfone para manifestação.
V. O escrutínio da votação será realizado em até 24 horas e publicado no Facebook o resultado da
votação, bem como os votos anulados por repetição ou de não sócios.
Itati, 04 de março de 2021.
Bruno Engel Justin
Presidente
COOMAFITT - Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas. CNPJ
08.616.387/0001-17 - Inscrição Estadual 481/0001961 - RS 486, km 29, nº 1343 – Itati-RS
Acessar informação sobre a produção de alimentos tornou-se um requisito necessário para a comercialização de alimentos, como alimentos in naturas como banana, couve, tomate e beterraba, por exemplo. Os dados sobre a origem vêm sendo cada vez mais comum nas embalagens e entender o caminho dos alimentos desde o plantio na lavoura até a mesa do consumidor tornou-se obrigatório para comércios, por meio de identificação, seja por códigos de barras, descritivo ou QR-Code.
As novas leis à informação quanto a origem da produção agrícola vem fazendo muitos agricultores de adaptarem e buscar as próprias alternativas.
Na Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas – Coomafitt, interior do Litoral Norte do Rio Grande do Sul(RS) isso já é realidade desde 2019. Além da Cooperativa já ofertar os alimentos em supermercados de maneira legal, também possui processos de autonomia dentro de unidades familiares, onde os processos também são em maior parte digitais, como o Caderno de Campo e impressão de etiquetas pelas próprias famílias. Conectar o produtor e consumidor final vem como uma tarefa desafiadora, onde até então o mercado em geral não dava atenção por não ser um requisito para a cadeia de comercialização.
A Coomafitt possibilita a seus associados ferramentas importante para facilitar a comercialização da produção agrícola. O Caderno de Campo Digital é um deles . Há 2 exemplos dentro da Cooperativa em que o Caderno de Campo Digital e a impressão das etiquetas de identificação acontecem dentro das próprias propriedades. Eles vêm do horticultor Lutiere Torres dos Santos e da agricultora Andreia Lipert, ambos residentes e produtores no município de Três Forquilhas/RS.
Lutiere, associado na Coomafitt e produtor de hortaliças e verduras, utiliza o Caderno de Campo Digital, ferramenta oferecida pela empresa de agricultura familiar Elysios , a qual é parceira da Coomafitt. Ele faz gestão da propriedade como manejos agrícolas, aplicações de insumos, projeção de colheita, controle por setores de produção e registro de saídas de produtos por meio do caderno digital. Além de acessar esses dados de maneira virtual, consegue também sistematizar as informações e gerar QR-Codes para cada lote de saída e cada embalagem de alimentos quando escoam seus alimentos de forma direta.
Este processo de gerar QR-Codes também ocorre dentro do escritório da Cooperativa para facilitar a algumas famílias, porém Santos já usufrui das próprias ferramentas e opera sua impressora e escoa muitas vezes, de forma direta os produtos aos supermercados.
No caso da Andreia Lipert, a realidade é recente e muito parecida com a do conterrâneo tresforuilhense. O cultivo de banana de sua propriedade é registrado na plataforma digital e tem saída para mercados com QR-Codes prontos antes mesmo de passar a porteira de dentro pra fora da propriedade no caminhão. Esse processo de autonomia às famílias são bastante importantes, pois o custo para gerar estas identificações dos produtos são expressivas no final das contas. Andreia relatou sobre comercializar quando dependia dos supermercados para fazer as etiquetas, “que a cada caixa de banana vendida, R$ 1,50 era descontado por caixa. A impressora custou aproximadamente R$1.500,00 e em um ano pretendemos tirar o valor da impressora”. O intuito de incentivar estas relações comerciais está em sobras maiores nas vendas dos alimentos e concentração dos processos nos agricultores familiares.
A Elysios, empresa tecnológica e responsável pela assessoria no controle de dados das propriedades quem apresentou a possibilidade da impressora para Andreia. Mário Apollo, diretor executivo da companhia, entende este processo de fortalecimento da agricultura familiar através da comprovação de origem destes alimentos ao longo da cadeia produtiva. Segundo Apollo, “Nós sabemos que durante muito tempo o agricultor produziu sem ser conhecido, sem ser valorizado na cadeia produtiva, muitas vezes o consumidor consumiu alimentos sem saber de onde vinha. A rastreabilidade vem como uma ferramenta para ajudar o agricultor na qualificação de sua propriedade, na gestão de suas atividades, mas também para comprovar que este alimentos veio de da agricultura familiar, de uma manejo sustentável ao solo, meio ambiente, a quem produz e quem consome, o que é muito importante.”
Assim, as maneiras de continuar a comercialização dos produtos da agricultura familiar vão se moldando as exigências do mercado privado e as tecnologias vão facilitando o cumprimento com as novas legislações. O uso de próprias ferramentas também são muito importantes para que as unidades familiares possam estar cada vez mais autônomas e terem controle sobre suas produções e receberem mais valor agregado aos seus alimentos cultivados.
O Prefeito Aluísio e o Secretário de Agricultura e Meio Ambiente Luiz Carlos Pizzolotto receberam no gabinete o Presidente da COOMAFITT Bruno Engel Justin e a Vice-presidenta Micheli Bresolin Jacoby para um encontro, onde foi explanado sobre o balanço econômico e inovações que estão surgindo, devido ao cenário de pandemia que vivemos atualmente. Na ocasião, Bruno apresentou o E-Commerce, um sistema que tem funcionado muito bem. O consumidor realiza seu pedido através do site: https://loja.coomafitt.com.br/ e recebe os alimentos em sua casa.
A COOMAFITT é uma cooperativa que abrange os Municípios de Terra de Areia, Itati e Três Forquilhas, tendo sede administrativa em Itati e centro de distribuição em Terra de Areia, atualmente conta com 273 associados, sendo 77 famílias de produtores de Terra de Areia, onde a maior produção é de banana e 90% das vendas é direcionada a alimentação escolar (PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar).
A Prefeitura Municipal de Terra de Areia e a COOMAFITT são parceiras e atuam juntas no desenvolvimento de um grande projeto, que está fazendo a diferença durante a pandemia. O projeto consiste na entrega dos KITS de alimentação da merenda escolar. A Secretaria Municipal de Educação usa 30% do recurso da merenda na compra de alimentos vindos diretamente da Agricultura Familiar, sendo distribuídos, no período de pandemia, entre famílias de baixa renda cadastradas no Cadastro Único e bolsa família, além de algumas famílias que foram identificadas pelas direções das escolas, que apresentaram dificuldades. O Município de Terra de Areia foi o pioneiro neste projeto, efetivando a primeira das quatro entregas já no mês de abril.
Pesquisas realizadas entre os meses de abril e junho de 2020 pela Embrapa, Sebrae e o Inpe apontam que 8 de cada 10 agricultores fazem uso de, pelo menos, uma ferramenta digital para auxiliar na sua produção. A aderência total às tecnologias é só uma questão de tempo e o Caderno de Campo Digital é o primeiro passo para quem deseja iniciar a jornada tecnológica. Esta ferramenta auxilia você, produtor rural, técnico, gestor de cooperativa ou agroindústria a otimizar o desempenho produtivo dos cultivos e a otimizar seu tempo, um dos bens mais preciosos que existem.
O Caderno de Campo já é uma ferramenta do cotidiano do agricultor, sendo indispensável para garantir a rastreabilidade e comercialização dos produtos. O caderno tradicional, em papel, ainda é bastante utilizado, mas será que essa é a forma mais eficiente de gerir as atividades do campo? Neste post, mostraremos uma série de benefícios que farão você abrir mão do papel e aderir à digitalização do seu caderno de campo.
1. Gerenciamento e precisão no planejamento de atividades na palma da mão.
Para trabalhar de forma inteligente, aumentar a produtividade, reduzir o desperdício e melhorar a comercialização, é de suma importância realizar um gerenciamento eficiente de sua propriedade. Mas como saber o que está atendendo às expectativas e o que pode ser melhorado? Justamente, para investir mais naquilo que gera um melhor retorno, primeiramente, é preciso tomar nota de todas as ações realizadas diariamente no campo.
Como sabemos que é impossível lembrar de tudo contando apenas com a memória, disponibilizamos o Demetra Caderno de Campo Digital. No Demetra, você pode planejar e registrar todas as atividades do seu cultivo, desde o pré-plantio até a pós-colheita. Através de notificações inteligentes recebidas na palma de sua mão, é possível planejar e verificar, para cada setor de seu cultivo, qual a data, turno e duração ideais para a realização da colheita, do manejo e da aplicação de um insumo agrícola, bem como todas atividades derivadas dessa: o modo de aplicação, volume de calda, quantidade de produto por tanque, período de carência, número de pessoas envolvidas para a realização da atividade, entre outros.
Consequentemente, a ferramenta permite que o agricultor sempre esteja alerta às necessidades e planejamentos do cultivo, enquanto a tecnologia auxilia no levantamento das estimativas e controle das variáveis. Essa agilidade e a entrega de informação devido ao auxílio do aplicativo resulta na economia de gastos desnecessários com insumos e água, proporcionando a você total capacidade para gerenciar de forma mais eficiente os custos de toda a produção, tornando possível um planejamento mais minucioso e assertivo para a próxima safra.
2. Segurança no armazenamento de seus dados
O Caderno de Campo Digital permite que você diga adeus ao esquecimento ou às perdas de anotações feitas no papel e armazenadas em gavetas ou pastas do computador. Com esta ferramenta, você acompanha todas as etapas de seu cultivo através de um simples clique, além de garantir rastreabilidade e segurança para o mercado, tema que será discutido no tópico 5. Utilizamos os melhores sistemas de serviço web para garantir o ambiente mais seguro possível para a sua informação, apresentando um sistema robusto e eficaz para você ter a melhor experiência. Além disso, todos os dados inseridos no sistema podem ser acessados apenas pelo usuário principal da propriedade e por aqueles que receberem a sua permissão, seja esse um familiar, colaborador, técnico ou uma cooperativa, o que confirma a integridade da ferramenta.
3. Conectividade offline
Está em uma fase importante de seu ciclo de cultivo e quer acompanhar e fazer anotações de forma otimizada sem perder nenhum segundo do processo? Com o nosso Caderno de Campo Digital você consegue! Mesmo estando em uma área totalmente sem conectividade, ou seja, offline, é possível manter em dia seus registros e ter acesso a todas as suas informações de maneira rápida, facilitando a sua tomada de decisão e garantindo o armazenamento para sucessores e colaboradores. Assim que houver conexão com a internet, seus dados serão sincronizados e poderão ser acessados tanto pela plataforma mobile quanto pela plataforma web, permitindo total acesso ao que foi trabalhado offline.
4. Tecnologia de Georreferenciamento
Através da ativação do GPS em seu celular é possível demarcar e encontrar com precisão as áreas de produção que precisam receber determinado controle químico, conforme o monitoramento de pragas, doenças e plantas daninhas. Também é possível localizar áreas que já estão prontas para a colheita e identificar distúrbios, como a maturação precoce de frutos, por exemplo. Dessa forma, com a exatidão das coordenadas geográficas, diminuem-se os custos decorrentes de deslocamentos indevidos de maquinários agrícolas ou automóveis. Otimizando-se assim, o tempo e o serviço dos funcionários e produtores nas operações a campo.
5. Atendimento às normas de rastreabilidade e certificações
Conforme reportagem divulgada pelo site Agrolink, a digitalização do caderno de campo é um caminho sem volta. “Os cadernos de campo vêm sendo muito solicitados pelas indústrias que estão implantando normas internacionais de segurança de alimentos, como ISO 22000, BRC e FSSC 22000. E não é só para quem quer exportar, redes de supermercados que têm marca própria, por exemplo, querem que a empresa terceirizada tenha esses programas porque eles são garantia de qualidade. Essas certificações solicitam o caderno de campo, é uma ferramenta muito importante”, explica Irene Konrad, consultora em certificação. O caderno de campo digital favorece a negociação do produtor junto ao comprador, por ser uma ação preventiva. Ao receber o produto colhido, a indústria, ou cooperativa, já está com todas as informações sobre o cultivo.
Através da utilização do Caderno de Campo Digital, há o cumprimento das diretrizes necessárias para o atendimento da rastreabilidade conforme a INC 02 2018, uma instrução normativa extremamente importante que apresenta os procedimentos para a aplicação da rastreabilidade ao longo da cadeia produtiva de produtos vegetais frescos destinados à alimentação humana, para fins de monitoramento e controle de resíduos de agrotóxicos. Também, facilita-se muito o processo de aprovação para obtenção de uma série de certificações, como o Certificado de Produção Orgânica, o Certificado Fitossanitário de Origem, o GlobalG.A.P, o Selo Brasil Certificado, dentre outros.
Texto da parceira Elysios. Link: https://elysios.com.br/blog/5-beneficios-de-utilizar-o-caderno-de-campo-digital/
Comunicação por Allan Fernandes | Comunicação Coomafitt
Na manhã desta última quinta-feira, dia 04 de fevereiro, a Coomafitt - Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas - recebeu visita da Prefeitura do Município de Cidreira, litoral norte gaúcho. Os visitantes da comitiva veio formada por Zeno Andrade, Secretário de Turismo da cidade, presidente da câmara de vereadores: Carlão e o vice-prefeito, Elimar Pacheco com seu assessor Mateus Andrade.
A vinda do grupo veio com intuito de buscar informações na Coomafitt para possíveis implantações de cooperativas em Cidreira, seja no campo da pesca, artesões e demais grupos econômicos. O atual presidente Bruno Justin e a vice-presidenta, Micheli Bresolin, apresentaram de maneira mais densa a história da Coomafitt, meios de produção e organização interna para novos apostadores deste sistema de economia na região leste gaúcha.
A vinda do grupo na Cooperativa se deu por meio de uma apresentação da Cooperativa em um das primeiras reuniões de formalização legal da Associação de Turismo do Litoral Norte do RS em Osório/RS no ano de 2019, onde o atual Coordenador de Comunicação, Allan Fernandes, levou o nome da Cooperativa para dentro dos encontros da época. Fernandes vê esta aproximação sendo feita depois de tantos meses como reconhecimento à Cooperativa em seus modos operantes que funcionam na gestão da instituição. Segundo ele, "a Coomafitt é lembrada em toda região do Litoral Norte e no estado como Cooperativa modelo, por isso tão importante receber e replicar esta expertise administrativa para demais novas organizações''.
Já na visão do secretário de turismo de Cidreira e também formado área como guia de turismo, Zeno Andrade, "a visita à Coomafitt pode e deve aproximar cada vez mais os municípios da região, a fim de fortalecer o comércio e o turismo da região".
A Cooperativa celebra esta novas redes de contato e mantém seu papel em contribuir com o desenvolvimento regional do Litoral Norte do RS.
Palavras chaves: cooperativismo - litoral norte - desenvolvimento - comércio - social - econômico
Texto retirado do Jornal Sul 21.
Da Redação
Com o objetivo de dinamizar a logística de distribuição de alimentos produzidos pela agricultura familiar no Estado, a RedeCoop, a Coomafitt e a Incubadora do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) Campus Osório lançam, na próxima quinta-feira (28), o aplicativo CoopFrete.
Inicialmente, o CoopFrete vai atender as 44 cooperativas associadas da RedeCoop, que juntas organizam a produção de 12 mil famílias em 31 municípios gaúchos.
“A ideia é otimizar a logística da nossa rede”, explica Charles Lima, presidente da RedeCoop. “Acontece muito de duas cooperativas que são vizinhas ou são de uma mesma rota levarem produtos para um mesmo município e às vezes voltarem com caminhão vazio”, explica.
Com o aplicativo CoopFrete, que será gratuito, Lima pondera que as cooperativas poderão dividir caminhão e até fazer a logística reversa, ou seja, voltar com o caminhão carregado de produtos de outros locais. “Isso significa economia no transporte, o que também ajuda a reduzir emissões de gases no meio ambiente”, defende o presidente da RedeCoop.
O CoopFrete foi desenvolvido pela equipe do Programa Agricultura Familiar da Incubadora de Redes, Empreendimentos Solidários e Inovações no Serviço Público – IFRS Campus Osório.
A Incubadora, fundada em 2017, é um programa interdisciplinar e participativo de produção de conhecimento e tecnologias que favoreçam o “dinamismo econômico, cultural, social e político do Litoral Norte gaúcho”.
A parceria com as cooperativas da RedeCoop começou com a seleção da Coomafitt e a criação de um sistema de identificação da origem dos alimentos, já em uso.
O aplicativo será lançado numa live, às 19h30 da próxima quinta-feira (28), com a participação do presidente da RedeCoop, Charles Lima, Adiecson Gross Bobsin, coordenador de Logística da Coomafitt, Tiago Guimarães e Vinícius Machado, ambos professores do IFRS Campus Osório, e os bolsistas da Incubadora Eduardo Colissi, Laisa Costa, Luan Souza e Rafaela Bobsin. A live será transmitida pelo Facebook e o YouTube da RedeCoop.
O programa “Década da Agricultura Familiar — 2019-2028”, criado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), chegou ao estado do Rio Grande do Sul e pretende alavancar o setor, estimulando o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar.
O coordenador das Organizações dos Produtores Familiares do Mercosul (Coprofam), Alberto Broch, ressalta que de 70% a 80% dos alimentos produzidos vêm da agricultura familiar. “Queremos fortalecer, resgatar e afirmar, perante o Brasil e o mundo, a identidade da agricultura familiar”.
Sucessão familiar
Além disso, a iniciativa pretende trabalhar também a sucessão rural. “Aqui, 70% dos produtores gaúchos têm mais de 45 anos. Quase 50% deles estão acima dos 50 anos. Precisamos criar políticas para que o jovem permaneça no campo produzindo alimentos”, afirma o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva.
A ideia é que as ações sejam distribuídas em sete pilares. “A missão é gerar estabilidade dentro do território, produzindo agricultura limpa, com apoio muito forte do governo, sociedade civil e iniciativa privada. Falamos em soluções locais para problemas globais”, diz o representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala Gomes.
No Mundo
Pouco mais de 90% das 570 milhões de propriedades agrícolas mundiais são geridas por famílias, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Essas propriedades são responsáveis por 75% de todos os recursos agrícolas globais. Isso representa quase 80% dos alimentos no mundo inteiro e também significa que as estratégias de desenvolvimento sustentável ambiental, social e econômico passam, necessariamente, por este setor produtivo.
Para a ONU, a agricultura familiar é um passaporte para erradicar a fome mundial e alcançar a segurança alimentar sustentável. Em 2014, no lançamento do relatório Estado da Alimentação e Agricultura, o então secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, reforçou a importância dos agricultores familiares para o desenvolvimento sustentável. “Eles gerenciam a grande maioria das propriedades agrícolas do mundo. Eles preservam recursos naturais e a agrobiodiversidade. Eles são o pilar dos sistemas de agricultura e de alimentação inclusivos e sustentáveis”, disse.
Textos originais: Revista Exame, Canal Rural e FAO. Adaptação e edição no jornal Agromulher: Marluce Corrêa Ribeiro
Adaptação via Coomafitt: Allan Fernandes.
Agricultor José André Capra e agricultora Iveliza Toledo, associados na Cooperativa Coomafitt, moram na comunidade de Perpétuo Socorro, município de Terra de Areia/RS. Produzem pitayas orgânicas, milhos verdes orgânicos, batata doces orgânicas, entre outros.
Por Nereida Vergara*
A Emater/RS-Ascar aguarda a liberação de verba de R$ 300 mil, de convênio do Ministério da Agricultura com a Secretaria da Agricultura, para investimento na Feira Virtual da Agricultura Familiar (Fevaf) em 2021. A plataforma, criada em março deste ano para aproximar produtores e consumidores durante a pandemia da Covid-19, deve receber melhorias e se consolidar como uma ferramenta permanente para facilitar a comercialização de produtos in natura e processados da agricultura familiar gaúcha.
Na página www.emater.tche.br/site/fevaf/, o consumidor pode pesquisar a oferta existente em cada município tanto pela relação dos produtos quanto pela dos participantes e ter acesso ao telefone de quem escolher. A negociação, no entanto, não é feita na própria plataforma, mas pelo meio que as partes escolherem, como e-mail, telefone ou WhatsApp, depois do contato inicial.
Luana Machado, gerente técnica adjunta da Fevaf, diz que a qualificação do mecanismo virtual ainda está sendo estudada pela área técnica da Emater, mas antecipa algumas das mudanças que poderão ser acrescentadas à plataforma. “É bom lembrar que a Fevaf não é um e-commerce, ou seja, não foi concebida para computar vendas”, ressalva. “Mas vamos acrescentar possibilidades como imagens dos produtos que cada agricultor oferece e um sistema de rota para que o consumidor saiba onde encontrar o que procura.”
A gerente afirma ainda que, desde sua criação, a plataforma vem aumentando o número de produtores inscritos e conta hoje com 917. Ao mesmo tempo, registra acessos consistentes, que totalizaram 90 mil entre março e dezembro. Para mapear as necessidades de alteração, a Emater fez uma pesquisa entre os produtores inscritos. “Claro que a ferramenta apresentou limitações, mas há como torná-la mais ágil”, acrescenta Luana.
Os participantes atuais estão em todas as regiões do Estado, distribuídos em 265 dos 497 municípios gaúchos. Santa Maria tem 26 empreendimentos cadastrados, Bento Gonçalves tem 19, Rolante e Santo Antônio da Patrulha têm 16 cada, Gramado e Três Palmeiras têm 15 cada. A grande maioria dos municípios tem de um a cinco participantes no programa.
Proprietário de agroindústria no ramo de massas e biscoitos em Bento Gonçalves, Roberto Parisotto reconhece na iniciativa da Emater um grande esforço para ajudar o segmento depois do cancelamento de dezenas de feiras de agricultura familiar em todo o Estado. Parisotto garante que suas vendas melhoraram após a criação da Fevaf e que mais consumidores surgiram para conhecer os produtos processados pela família.
No Litoral Norte, os 273 associados (de 160 famílias) à Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt) passaram por períodos de muita preocupação quando as vendas ficaram escassas, no início da pandemia, em março, e agora esperam ver a instituição contabilizar ingressos próximos aos R$ 4,5 milhões de 2019. A internet foi decisiva para manter a renda dos produtores e por fazê-los sonhar com mais mercados quando a pandemia passar.
O cooperado Allan Fernandes, que também é coordenador de comunicação da Coomafitt, conta que a pandemia impôs diversas mudanças à organização. Antes, a receita da cooperativa resultava sobretudo das aquisições públicas para abastecimento de escolas, quartéis e entidades de assistência social. Como muitos desses compradores suspenderam atividades, os cooperados passaram à telentrega e contaram, para isso, com a divulgação da Fevaf e o canal de vendas existente na página Armazém AgriFam na internet.
Até março, a partir dos pedidos, a cooperativa encomendava os produtos aos associados para empacotá-los em sua central de distribuição. Hoje, na maioria das operações, é o cooperado que acondiciona as frutas, hortaliças e itens minimamente processados que encaminhará ao consumidor. “Recebemos os pedidos ate às 12h de terça-feira e entregamos na quinta-feira”, destaca Fernandes, lembrando que os produtos da Coomafitt são enviados a dez municípios do Litoral Norte e a Porto Alegre (neste caso por convênio com a cooperativa de consumo GiraSol).
Passado o momento de montagem daquilo que Fernandes chama de “estratégia rápida” de migração para a internet, a Coomafitt até ampliou seu mix de produtos, incluindo, por exemplo, mamões e brócolis orgânicos. As compras públicas começaram a voltar e a perspectiva é que tenha mais mercados, incluindo o do consumidor individual, quando a pandemia se tornar passado.
*Com colaboração de Elder Ogliari
Texto produzido pelo Jornal Correio do Povo
Coomafitt e Prefeitura de Itati levam alimentação saudável para mais de 350 alunos e alunas do município.
A Secretaria de Educação Municipal de Itati e a Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas mobilizaram mais de 700 entregas de kits de alimentos. Alunas e alunos de escolas municipais de Itati foram beneficiados com alimentação saudável mesmo em tempos de pandemia por meio de recurso do PNAE. Esta articulação além de fortalecer a economia do território ao adquirir alimentos das famílias agricultoras locais, também garante a segurança alimentar e nutricional das crianças e adolescentes.
A incerteza sobre a continuidade do ano letivo e a distribuição do auxilio emergencial, foram alguns dos fatores que levaram as entregas a ocorrerem no segundo semestre. Neste último trimestre foram entregues 716 kits de alimentação saudável, nos quais haviam os seguintes itens aqui da nossa Cooperativa Coomafitt: açúcar mascavo, alface, banana, batata doce orgânica, cenoura, geleia de banana, laranja suco orgânica, repolho, tomate, pimentão e couve folha orgânica. Ainda havia itens de outras cooperativas parceiras como o Arroz Orgânico da Cooperav.
Esta ação foi viabilizada pelo PNAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar, política pública tão importante para agricultores familiares do campo e para estudantes de rede pública nos campos e nas cidades. A Secretaria Municipal de Educação – SMEC - de Itati vem fortalecendo a cada ano o avanço desta política pública no município. Desde 2017, vem sendo ampliado recursos do PNAE para alimentação saudável direta da agricultura familiar, o que vem beneficiando centenas de estudantes itatienses, pois garante a soberania alimentar e nutricional gera mais renda para agricultores locais.
Nesse ano, devido a pandemia, foi aprovada a Lei nº 13.987 de 7 de abril de 2020. Ela altera a lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, marco legal do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que autoriza, em caráter excepcional, durante o período de suspensão das aulas em razão de situação de emergência ou calamidade pública, a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos com recursos do programa aos pais ou responsáveis dos estudantes das escolas públicas de educação básica.
Em 2019, como forma de consolidar o compromisso com alimentação de qualidade para crianças e adolescentes nas escolas, foi projetada uma lei municipal, onde amplia o incentivo de 30% para 100% do recurso financeiro do PNAE à aquisição de alimentos oriundos da Agricultura Familiar local.
Samanta Sparremberger, nutricionista, sanitarista e responsável técnica pela alimentação escolar de Itati, falou sobre a articulação para nós da Cooperativa. Ela contou sobre fatores essenciais ao avaliar quando compra alimentos para alimentação escolar. Segundo ela, “Alimentos da agricultura familiar contém densidade nutricional elevado, incentivando hábitos alimentares saudáveis”. A nutricionista destacou ainda sobre o âmbito social e econômico, pois “ocorre a valorização da produção e cultura alimentar local, com alimentos da agricultura familiar. Garantia de renda aos agricultores familiares, incentivo à agroecologia, ao cooperativismo e a biodiversidade. Estímulo à diversidade de produção de alimentos e a sucessão rural.”
Assim, a Cooperativa Coomafitt, entregou os kits nas escolas para serem entregues aos alunos com todos cuidados sanitários e garantiu o abastecimento mais uma vez no campo com segurança alimentar e nutricional que podemos proporcionar. A Cooperativa Coomafitt, enquanto fomentadora da cadeia curta de comercialização e fomentos de suas famílias agricultoras é parceira em ações como essa, pois a comunidade escolar e os agricultores e agricultoras da região são beneficiadas.
A Agricultura 4.0 é o termo que se baseia na sinergia do campo com ferramentas digitais, é uma realidade que surgiu a partir de 2010 e aos poucos vem ganhando espaço no agronegócio brasileiro. A cada dia, novas possibilidades são oferecidas ao produtor rural, e conta essas inovações para aumentar a quantidade e a qualidade do seu alimento, ao mesmo tempo que reduz seus custos, consequentemente, tornando-o mais competitivo. A Agricultura 4.0 é composta de quatro pilares: gestão baseada em dados, produção a partir de novas ferramentas, sustentabilidade e profissionalização de toda a cadeia de valor.
As novas tecnologias são um caminho sem volta no mundo rural e essa realidade começa a ser descoberta, também, pela agricultura familiar, parte importante na produção nacional de alimentos. A qualidade dos alimentos tornou a Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt), no litoral norte do Rio Grande do Sul, referência em frutas, hortaliças, mel e produtos de panificação e derivados de cana-de-açúcar. As 273 famílias associadas produzem mais de 6 mil toneladas de alimentos por ano e, desde 2019, o uso de uma plataforma digital começou a fazer parte da rotina nas propriedades por meio de um aplicativo.
“É bem mais prático do que fazer anotações no caderno de campo, tem mais ferramentas e mais possibilidades”, garante Mateus Rickrot Bresolin, produtor de bananas na localidade de Morro do Chapéu, em Três Forquilhas. Da terceira geração de uma família dedicada à agricultura, há três anos trocou o manejo convencional pelo orgânico na área de sete hectares e foi um dos primeiros associados da cooperativa a utilizar o Caderno de Campo Digital. Focada no pequeno e médio agricultor familiar, o aplicativo é o Caderno de Campo Digital. Nele o agricultor faz, de maneira rápida e fácil, o registro das atividades do dia a dia na sua lavoura, desde o preparo do solo até a colheita, promovendo rastreabilidade desde a origem do alimento até o consumidor final.
O presidente da Coomafitt Bruno Engel Justin, explica que a expectativa inicial com o aplicativo foi de cumprir a exigência de rastreabilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura, mas esta expectativa foi logo superada. “A gente ia atender a legislação, mas vimos outras formas de organizar e melhorar a gestão das propriedades rurais e também a gestão integrada da cooperativa, no sentido de melhorar as informações que a gente tem a respeito da produção e das propriedades, isso é muito importante”. E exemplifica: “Na assistência técnica, quando o técnico vai fazer uma visita ele já tem um histórico da propriedade por meio da plataforma, então ele consegue instruir o agricultor fazendo o acompanhamento permanente nas propriedades. Notamos também que há o envolvimento da juventude, o filho vem junto fazer o treinamento do aplicativo e eles têm mais proximidade com a tecnologia. Isso engaja os jovens e dá empoderamento também dentro das propriedades, já que eles conseguem ficar responsáveis por esse trabalho”.
A Multiplataforma Demetra facilita ações de rotina na propriedade, como racionalizar o uso de insumos e, com isso, o ganho de produtividade. É desenvolvida pela startup gaúcha Elysios, empresa com atuação voltada ao agronegócio que oferece ferramentas de inteligência agrícola. Frederico Apollo Brito, CEO e um dos fundadores da Elysios, explica que os associados da Coomafitt incluídos no programa, agora têm maior controle da procedência e da certificação de origem das frutas e verduras. “Os produtores têm acesso a um aplicativo de controle, acompanhamento e rastreabilidade para todos os cultivos envolvidos. Esta é uma nova fase para agricultura familiar, com tecnologia acessível na mão do agricultor”, garante.
Fundada em 2006, a Coomafitt oferece mais de 80 variedades de alimentos ao consumidor e atua no abastecimento de escolas, dentro do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “Os hortifrutigranjeiros são o nosso carro-chefe. A banana, muito comum no litoral norte, é o nosso principal produto e, também, o açúcar mascavo, que é muito tradicional em várias agroindústrias da região”, conta Justin. “E agora a gente tem se desafiado no mercado direto, com entregas nas casas dos consumidores”, completa. O serviço de venda online começou em abril, durante a pandemia e vem tendo ótima aceitação, com entrega semanal em Capão da Canoa, Tramandaí, Osório, Imbé, Xangri-lá, Arroio do Sal, Itati, Terra de Areia, Três Forquilhas e ainda em Canoas, na região metropolitana do estado.
Metade dos associados já estão inseridos na plataforma. “A gente pretende ter todos cadastrados e mapeados dentro da cooperativa até o final do ano. E a partir de 2021, vamos passar a cumprir a normativa e fazer um trabalho bem forte de maximização da plataforma”, projeta Justin.
“A plataforma se aplica a todas as variedades e a parceria com a Coomafitt é uma satisfação para a Elysios. Essa região vem se fortalecendo e já se destaca como um cinturão verde, que abastece tanto o maior polo consumidor do estado, que é Porto Alegre, quanto as cidades do litoral norte, onde a concentração populacional está num crescente”, completa Brito.
Texto elaborado pela Mundo Coop em http://www.mundocoop.com.br/agrocoop/agricultura-4-0-comeca-a-ser-realidade-na-agricultura-familiar.html
Confira a ação que Imbé e Coomafitt organizaram com mais de 800 cestas de alimentos no Litoral Norte Gaúcho.
A segunda semana de setembro começou com uma ação benéfica aos alunos da rede de educação da Prefeitura Municipal de Imbé. Foram aproximadamente 20 instituições de ensino assistidas em toda a cidade com cestas de alimentos da agricultura familiar, do Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
A conversa articulada entre a Secretaria de Educação e Cultura – SMEC - de Imbé e Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas – COOMAFITT - resultou em exatas 807 cestas com alimentos de qualidade e direto dos agricultores. O projeto foi executado pela política pública do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, FNDE, tão importante para garantir segurança alimentar e nutricional às crianças e jovens estudantes.
A Cooperativa foi conversar com Andreia Líbano Ramos, nutricionista na SMEC, e ela nos relatou a importância da relação dos alimentos, pois segundo ela, “a função dos alimentos vai muito além de simplesmente nos manter saciado. Uma alimentação adequada e saudável garante uma boa nutrição e o funcionamento adequado de todo o corpo. Portanto, ela influencia, e muito, na saúde”. Concluiu acerca do valor dos alimentos em que diz prevenir muitas doenças, “inclusive aquelas que aumentam o risco de complicações do Corona Vírus, como diabetes, hipertensão e obesidade”.
Assim, o interessante da ação fica com atenção e cuidado sanitário que as duas instituições tiveram ao realizar as entregas dos kits alimentares nas quase 20 escolas do município. “Por isso a Prefeitura Municipal de Imbé, através da Secretaria da Educação e Cultura ofereceu, junto com o cesto básico, um kit de frutas e vegetais para as famílias de alunos carentes, para que estas famílias possam ter uma alimentação saudável e equilibrada neste momento onde os alunos não estão na escola” finaliza Ramos a respeito desta articulação beneficente.
A Coomafitt retomou nos últimos meses as entregas de alimentos ao PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar. A Secretaria Municipal de Educação – SMED – de Terra de Areia, Litoral Norte do Rio Grande do Sul, promoveu esta ação com a Cooperativa. O objetivo foi garantir uma entrega segura, além de usar o recurso desta política pública para compra dos mínimos 30% dos alimentos da Agricultura Familiar.
Foram entregues três vezes já, todas elas em formato de kits de alimentação, totalizando 1593 cestas destribuídas nas comunidades.Todas essas cestas, a Coomafitt com suas famílias organizadas forneceu os alimentos. Isso fortalece o território, seja no combate à fome de famílias em vulnerabilidade sócio econômicas, seja à mobilização do PNAE, os quais, com esta ação, não ficam parados na prefeitura e fomenta a agricultura familiar local.
O Secretário de Educação do município litorâneo, Rafael Gonçalves, relatou a importância, onde vê este processo “colaborando para uma alimentação saudável, que são fontes indispensáveis de vitaminas que contribuem no desenvolvimento e uma vida mais saudável”.Também se manifestou sobre esta ação, Volnei Fenner, extensionista rural da Emater/RS no município de Terra de Areia. Ele expôs a visão sobre a importância das políticas públicas para os agricultores familiares. “A grande contribuição que as políticas públicas, de fato trazem é a melhoria na qualidade de vida das famílias, de agricultores familiares, por consequência, nas comunidades do seu entorno”, relatou.
A Cooperativa vê o papel das prefeituras neste sentido como necessárias para garantir alimentos para estudantes e escoamento dos alimentos locais.
Segundo Bruno Engel Justin, Presidente da Coomafitt, “é necessário que as prefeituras continuem comprando da Agricultura Familiar. Além de levar comida de verdade para a mesa das famílias, também gera renda aos agricultores e agricultoras familiares, principalmente nesse período de pandemia. A ação da prefeitura de Terra de Areia foi extremamente importante para os agricultores. Gravataí, Cachoeirinha, Sapiranga, Esteio e Santa Maria também compraram da Agricultura Familiar e é essencial que mais prefeituras realizem esse processo”.
Assim, centenas de estudantes já receberam alimentos ricos e de forma segura e muitas famílias do meio rural puderam entregar seus alimentos e garantir renda para sustento delas por meio do PNAE.
Em tempo de pandemia, as pessoas mudaram as rotinas e muitos negócios precisaram se reinventar. Não foi diferente com os agricultores familiares do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Com escolas fechadas e sem a demanda de alimentos para a merenda escolar, eles encontraram uma alternativa: um sistema de compra pela internet e entrega dos produtos em nove cidades da região, o Fitt Delivery.
#AgriculturaFamiliar adotou vendas à domicílio e já entrega em 9 cidades. Imagem: Arquivo Coomafitt.
A iniciativa da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Três Forquilhas e Terra de Areia (Coomafitt), que reúne 270 associados, ainda ajuda quem quer ficar em casa e se proteger do vírus. Além das três cidades, o serviço de venda online e entrega a domicílio atende os municípios de Capão da Canoa, Tramandaí, Osório, Imbé, Xangri-lá e Arroio do Sal. As entregas também são feitas em Canoas, na região metropolitana.
O presidente da Coomafitt, Bruno Engel Justin, disse ao Litoral na Rede que a ideia de criar um canal de venda direto ao consumidor já vinha sendo pensanda pelos associados da cooperativa e acabou se consolidando neste momento de maior dificuldade. “Com a pandemia e a suspensão das aulas aqueles agricultores que estavam com a produção comprometida para alimentação escolar, ficaram desatendidos”, destacou.
O Fitt Delivery:
A cooperativa criou quatro modelos de cestas para entrega a domicílio, uma delas apenas com orgânicos. Elas custam entre R$ 30,00 e R$ 85,00 e incluem produtos como hortaliças, verduras, frutas, ovos, mel e açúcar mascavo. Além disso, é possível adicionar outros produtos no pedido.
As solicitações devem ser feitas até às 12h de cada terça-feira e as entregas são realizadas todas as quintas-feiras. O pagamento é por transferência bancária ou com cartões de crédito ou débito.
Para fazer o pedido e conhecer todas as opções de cestas e produtos da agricultura familiar, basta acessar o link http://bit.ly/DeliveryFitt.
Também é possível tirar dúvidas e falar diretamente com os agricultores da cooperativa pelo Whatsapp (51) 983 500 128.
Agricultor familiar trabalhando em lavoura com aipim. Imagem: Arquivos Coomafitt - Ubirajara Machado/Equipe 4 Cabeças
Reportagem veiculada pelo portal de notícias litoralnarede.com.br.
Cooperativismo e empreendedorismo da juventude rural: o caso dos jovens da COOMAFITT
por Jaqueline Mallmann Haas e Solane Trisch König
O atual cenário, imposto pela pandemia da Covid-19 no planeta, nos coloca diante de uma situação paradoxal. De um lado a relevância e a importância do isolamento social para a preservação da vida humana, por outro, um debate sobre os efeitos econômicos do novo contexto. Desse modo, questiona-se aqui a possibilidade de aliar empreendedorismo, princípios do cooperativismo com responsabilidade social, a partir da oferta de alimentos saudáveis e de qualidade via canais curtos de comercialização, acrescido de valorização da categoria da agricultura familiar.
Nesse sentido, o atual contexto social e econômico nos remete a uma maior participação da ruralidade familiar no enfrentamento da pandemia, tanto para garantir o alimento saudável na mesa da população brasileira, como promotora de um novo e diferenciado desenvolvimento econômico. Todavia, as transformações até então experimentadas ainda impõe novos desafios aos atores sociais e políticos que atuam no meio rural, junto as cooperativas de agricultores familiares. De modo que, mesmo sendo um período difícil, esses atores, em especial a juventude rural está desenvolvendo iniciativas empreendedoras, com a introdução de novos métodos de comercialização dos seus produtos, destacando-se desta maneira como sujeitos inovadores e, por seguinte, como agentes fundamentais nestes novos tempos.
De acordo com vertentes teóricas, a função inicial do empreendedor dentro do pensamento de desenvolvimento, tem a necessidade de introduzir a ideia de “novas combinações”, destacando que, o processo de inovação, suas aplicações e consequências sobre os processos produtivos, são fundamentais para o desenvolvimento econômico de uma sociedade.
Coomafitt integra a Rede de Cooperativas da Agricultura Familiar e da Economia Solidária. (Foto: Ubirajara Machado)
Dessa forma, esse movimento relacionado ao empreendedorismo pode ser observado em muitas iniciativas no meio rural. No caso aqui apresentado, um grupo de jovens vinculados a Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas – COOMAFITT, diante do cenário atual, conseguiu introduzir na prática as estratégias de comercialização dos produtos e dos serviços, oferecidos pela cooperativa, diretamente aos consumidores, por meio de ferramentais apropriados, permitindo assim com que os produtos cheguem diretamente a residência do consumidor final.
Fundada em 5 de setembro de 2006 por agricultoras e agricultores familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas, no litoral norte do Rio Grande do Sul, a COOMAFITT surgiu para promover o desenvolvimento socioeconômico das famílias por meio do comércio justo de alimentos de qualidade com respeito as pessoas e ao meio ambiente. Com isso, a logística e a qualidade da produção fizeram desta uma referência estadual. Composta por 223 famílias de agricultores que comercializaram ao longo dos últimos anos cerca de 6,4 mil toneladas de alimentos anuais, distribuídos em torno de 88 variedades de alimentos, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Acrescido que em seu histórico, a COOMAFITT sempre atuou para integrar os jovens nos espaços diretivos e de tomadas de decisões, assim como em todos os seus processos.
Destaca-se ainda que a COOMAFITT integra a Rede de Cooperativas da Agricultura Familiar e da Economia Solidária – REDECOOP, que é composta por 43 cooperativas e representa 18.438 associados distribuídos em 29 municípios gaúchos. A Rede trabalha de forma autogestionada e solidária, por meio de parcerias, integrando alimentos sazonais de cada território, viabilizando a logística, diminuindo custos e potencializando a qualidade dos serviços prestados e alimentos produzidos por cada cooperativa.
Diante da pandemia, impulsionada pelo grupo de jovens, a COOMAFITT, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Campus Litoral Norte, a EMATER/ASCAR RS, o Curso de Especialização em Cooperativismo da UFRGS, a REDECOOP e a ADUFRGS Sindical, assume o protagonismo de uma nova proposta de oferta de alimentos de qualidade, que passaram a ser entregues diretamente nas residências dos consumidores, buscando aliar os princípios do cooperativismo, empreendedorismo e responsabilidade social.
Visando atender a forte demanda apresentada por parte dos moradores do Litoral Norte do RS a juventude da cooperativa lança o projeto Fitt Delivery. Por meio do projeto produtos agroecológicos, orgânicos e/ou da agricultura familiar passam a chegar diretamente aos consumidores. Cestas contendo frutas, verduras, hortaliças, além de outros produtos, passaram a ser entregues uma vez na semana na casa dos consumidores. Inicialmente as encomendas eram realizadas via um aplicativo de mensagens, onde o consumidor contatava a cooperativa, manifestava o interesse por qual cesta desejava, fornecia seus respectivos dados para a entrega, escolhia forma de pagamento e tirava todas as dúvidas diretamente com os jovens.
Na segunda semana de ação, frente a grande demanda, foi necessário aperfeiçoar as ferramentas virtuais. Desde então, os pedidos passaram a ser realizados via o aplicativo de mensagens, mas redirecionando o consumidor para um formulário, facilitando assim o trabalho de logística de preparação das cestas por parte da Cooperativa. Nesta segunda semana de ações também, diferentes cestas de produtos passaram a ser ofertadas, atendendo solicitação das especificidades das famílias consumidoras. No mesmo período ainda, diante da alta demanda as entidades parceiras optaram por aumentar a área de abrangência de ações, com novos municípios sendo atendidos. Hoje um total de nove municípios são atendidos, o que vem ocorrendo de forma sistemática. Percebe-se ainda que todas as ações têm sido realizadas com cuidado para evitar uma precarização do trabalho, como tem ocorrido de forma acentuada no novo cenário dos deliverys, buscando sempre a valorização do ser humano, a valorização das especificidades, características regionais.
Essa forma de atuação, de protagonismo da juventude rural, em um cenário atípico, tem apontado para a possibilidade de permanência dessa importante categoria no campo, garantindo conjuntamente o futuro da agricultura familiar, assim como a produção e oferta de alimentos saudáveis no Litoral Norte do RS. Destacando que paralelamente existe o protagonismo dos jovens da COOMAFITT no encaminhamento dos processos da rastreabilidade da produção, que por sua vez é inovação tecnológica, sendo esta, mais uma das características importantes da organização para um futuro próximo e diferenciado, rumo a sistemas alimentares saudáveis e resilientes.
Jaqueline Mallmann Haas – Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) /Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas Regionais e Desenvolvimento (PGDREDES) e Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Agricultura, Alimentação e Desenvolvimento (GEPAD). E-mail: jaquelinehaas@ufrgs.br
Solane Trisch König – Mestranda em Dinâmicas Regionais e Desenvolvimento (PGDREDES), Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E-mail: sol05adm@hotmail.com
Palavras-chave: Agricultura Familiar, alimentação, Coomafitt, Cooperativismo, economia solidária, pandemia, RedeCoop
O Presidente Bruno Engel Justin juntamente com a diretoria e equipe de colaboradores, nas suas atribuições, da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas – Coomafitt – buscam preservar a saúde e segurança da comunidade Coomafitt de acordo com as orientações do Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde(OMS) sobre a declarada pandemia do corona vírus(Covid-19). Por meio deste, há informativos importantes, a fim de transparecer a cooperativa no cenário estadual e nacional da pandemia mundial Covid-19 para seus cooperados.
1. A Coomafitt segue firme! Uma parcela de mercado da Coomafitt foi comprometido, entretanto há mercados fixos como hospitais públicos e supermercados que continuarão recebendo alimentos nossos.
2. Salientam os que sempre superamos juntos todos os desafios e mais uma vez contamos com cada família cooperada, isto porque não é apenas para nós da agricultura familiar, mas como população mundial.
3. A situação global nos coloca a refletir nossos planos de ações para garantir a dignidade no campo de forma sustentável e enviar comida para as cidades, mantendo minimamente a cadeia comercial gerida por nós.
4. Haverá rodízio semanal entre colaboradores. Esta alternativa será implantada nesta última quinzena do mês de Março. Em relação ao mês de Abril, estamos monitorando o cenário nacional e do estado gaúcho para melhor procedermos e evitar o contágio do Covid-19. Levaremos informação sobre a cooperativa para todos vocês.
5. Salientamos que toda e qualquer notícia referente a Coomafitt deve vir da direção da Cooperativa ou de seus canais de comunicação, a fim de prezar pela confiança de informação e evitar fake news.
6. A Coomafitt Sede estará funcionando internamente se segunda a sexta-feira com um agente interno em cada dia. A equipe prioriza que seus serviços, dúvidas ou qualquer esclarecimento seja por ligações celulares atendimento digital: mensagens whats app.
AMANDA: (51) 997 869 097
BRUNO: (51) 998 606 532
GEISE: (51) 982 364 901
MICHELI: (51) 955 840 075
RUTIERE: (51) 997 360 889
SEGUE OS HORÁRIOS DE ATENDIMENTOS:8:00 HORAS ÀS 12:OO HORAS E 13H:30MIN ÀS 17H:30 MIN
“Se a família do campo não planta, a da cidade não almoça nem janta.”
1. Em decorrência da Declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS), que declarou o Covid-19, o mais recente coronavírus, como status de pandemia, a Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas cancela suas atividades externas, as quais envolvam números expressivos de pessoas.
As novas datas da realização destes eventos(V ECONTRO DE MULHERES COOMAFITT e JANTA/FORMATURA JUVENTUDE RURAL) serão divulgadas nos próximos dias. Qualquer dúvida contatar pelos telefones: (51) 980 290 687 ou (51) 995 584 075.
2. A cooperativa continua com seus serviços internos administrativos e questões logísticas normalmente.
A Coomafitt sente muito pela situação de pandemia ao qual o mundo é posto hoje e estamos cooperando com as recomendações do Governo Federal.
Cooperar para cuidar!
Fotografia: https://www.gettyimages.com.br/fotos/corona-virus
Realizou-se nesta última quarta-feira a Assembleia Geral 2020 da Coomafitt. A atividade ocorreu na cidade de Itati, cidade sede da cooperativa, onde famílias agricultoras estiveram presentes para debater sobre os Exercícios 2019 da Coomafitt e discutir planos importantes para 2020 na Agricultura Familiar como a Rastreabilidade dos alimentos.
A Assembleia Geral Ordinária ocorre anualmente e neste mês de março todos cooperados e suas famílias estavam convocados para prestigiarem o Relatório de Contas em Exercícios de 2019, Relatório de Gestão, votação ao novo Conselho Fiscal e socializar as iniciativas de projetos, as quais a cooperativa desenvolve no Litoral Norte do Rio Grande do Sul como em Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas.
Na ocasião, houve o parecer dos cooperados sobre as finanças do Exercício 2019 e por unanimidade foi aprovado as prestações postas, como também a aprovação do novo Conselho Fiscal. Sendo assim, em 2020 os novos conselheiros são:
-Ronaldo Araújo da Silva;
-Aroni Rapack;
-Maria Inês Gonçalves Flores;
-Raquel Elias Peres Erling;
-Roselei Terezinha Tibola;
-Michel Lara de Oliveira.
A Cooperativa contou com outras presenças importantes, os quais são parceiros externos de extensões rurais, comercialização, parceiros de logística e de rastreabilidade e projetos sociais: -UCP Emater/RS;-OPAC Litoral Norte;-Rede Eco Vida;-Elysios;-RedeCoop;-Coop GiraSol;-Sicredi Itati;-Sicredi Terra de Areia;-Cresol;-Emater/RS de Itati e de Terra de Areia;-GT Alimentação Saudável;-Nutricionista Samanta Itati;-Centro Ecológico;-Unicafes.
A Coomafitt agradece a presença e participação ativa dos associados, isto porque , mantém a cooperativa firme e dá autonomia a quem diariamente coloca alimentos da mesa de tantos gaúchos.
Recentemente, a COOMAFITT sediou o segundo treinamento em rastreabilidade. A parceira da cooperativa é a Elysios, empresa tecnológica focada na agricultura inteligente, a qual avança nas facilidades do campo. A proposta vem se construindo desde o semestre passado e agora está sendo expandida dentro das propriedades cooperadas. Ontem, no dia 18 de fevereiro, houve trabalho com diversas famílias, as quais receberam instrução de uso das novas ferramentas. Ante mão sabe-se que através desta parceria será possível melhorar tanto a produção de alimentos em qualidade quanto em quantidade.
Conforme a proposta, o projeto piloto que já foi levado para 10 agricultores e agora vem se expandindo com a inserção de mais 30 propriedades diferentes. A nova tecnologia reuni Caderno de Campo online, assistência técnica de modo virtual, além de prospectar as futuras colheitas de cada setor de produção. Isso tudo mapeado dentro do terreno do produtor com direito de condições climáticas para planejar um manejo físico em uma lavoura de hortaliça, por exemplo. Segundo Mário, membro da Elysios, "Com essa parceria, estamos fortalecendo a relação do produtor com a cooperativa, ao mesmo tempo que facilitamos a assistência técnica durante o cultivo e abrimos o acesso a mercados que estão exigindo a rastreabilidade".
Por seguinte, o destaque de todos estes esforços matemáticos, agronômicos e treinamento feito se dá para garantir a qualidade dos alimentos oriundos da Agricultura Familiar. A expectativa é otimizar a gestão da cooperativa sobre a rastreabilidade dos seus produtos levados para mercados privados, instituições públicas como Universidades Federais e Exército, por exemplo. Além disso e muito importante é a aproximação de quem consome com quem produz, porque ao acessar o código de rastreabilidade, o consumidor será levado para dados direto do produtor e saberá a origem verdadeira.
Assim, as palavras do presidente da Coomafitt, Bruno Justin, resume este momento: “É um passo importante da rastreabilidade, porque para projeção de mercado, ampliá-los, com uma entrega maior ao consumidor, ele entender a cadeia, de onde o alimento vem. E ao mesmo tempo a agricultura familiar estruturar a propriedade, acessar a tecnologia e que essas ferramentas podem ajudar na gestão da propriedade e também da cooperativa”. Neste sentido, a parceria com a Elysios garante um processo mais eficaz na produção e rastreabilidade. Agora, então, estamos a prospectar para todas as famílias cooperadas.
Para começar bem 2020, a Coomafitt realizou na última terça-feira (21), um encontro entre as famílias associadas no intuito de construir coletivamente o Plano de Cultivo para o segundo trimestre do ano. Na pauta, o planejamento da produção, perspectivas de chamadas públicas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e as previsões para o mercado privado.
Na avaliação do Presidente da cooperativa, Bruno Engel Justin, o encontro contou com uma boa participação dos associados, o que reforça o papel de articulação da comunidade que a cooperativa possui. “Nesse tipo de reunião construímos juntos as primeiras previsões de comercialização e de produção. Dessa forma, compartilhamos o planejamento e fortalecemos a cooperativa”, avaliou.
Já a vice-presidenta, Micheli Bresolin, aponta que ao planejar a produção de forma conjunta, as famílias associadas conseguem prever o trabalho ao longo do ano. “Os planos de cultivo são importantes para garantir a qualidade dos alimentos produzidos e evitar perdas no campo. Com esse planejamento, as famílias já sabem quando devem entregar um produto para a cooperativa, assim, evitamos o desperdício e garantimos uma renda certa”, pontuou ao lembrar ainda que essa é uma prática regular da cooperativa.
Realizando o planejamento, alinhamos as perspectivas de comercialização entre a direção executiva da cooperativa e o conjunto dos associados sobre o que produzir, quanto e quando. A reunião de Plano de Cultivo, se torna também uma tecnologia de gestão compartilhada das responsabilidades, assim, cada agricultor e agricultora decide o que pode produzir, e assume um compromisso com os outros associados. Esse compromisso compartilhado reforça os laços cooperativistas em especial da solidariedade entre as famílias.
A sensação é que foi muito rápido, que acabou cedo e que precisamos repetir a dose, esses foram os principais sentimentos que brotaram no final do último encontro do Curso de Extensão Agricultura Familiar, Produção de Alimentos e Políticas Públicas. O curso é fruto da parceria entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Coomafitt e só foi possível com a empenho dos estudantes e professores do Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas Regionais e Desenvolvimento (PGDREDES/UFRGS) e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural (PGDR/UFRGS).
Promovido entre maio de 2019 e janeiro de 2020, o curso oportunizou para os jovens das três cidades onde a cooperativa está localizada – Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas, acesso à debates sobre a produção de alimentos, visita as propriedades e pontos de comercialização. Ao todo foram 8 encontros que permitiram a troca de experiências e o aprendizado coletivo, alguns dos temas abordados foram: Agricultura Familiar/Juventude Rural e os desafios que enfrenta; Agroecologia; Produção de alimentos, segurança alimentar e nutricional, alimentação saudável; Cooperativismo; Mercados; Políticas Públicas.
“Parte do papel de uma cooperativa é justamente promover e incentivar ações que promovam o desenvolvimento local e, no nosso caso em especial, também apoiar a formação e o estudo dos jovens conectados com a Coomafitt”, destacou o presidente da cooperativa, Bruno Engel Justin, ao pontuar que parceiras desse tipo devem ser fortalecidas neste ano.
Já para a coordenadora da Juventude Rural da Coomafitt, Amanda Schwanck, poder acessar espaços de formação qualificados é um privilégio. “Temos muito a agradecer a todos que ajudaram a construir esse curso, foram momentos maravilhosos, onde tivemos a oportunidade de pensar e refletir sobre o papel e a importância da presença de jovens no meio rural.”, comemorou.
O grande trabalho realizado por vocês reflete diretamente na vida de mais de 200 famílias de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas, gerando renda e qualidade de vida e fazendo com que o jovem continue no campo, produzindo alimentos saudáveis e de qualidade.
Desejamos um ótimo final de ano, um Feliz Natal e um próspero Ano Novo. Estamos juntos na construção de um mundo mais justo e solidário, com mais cooperação e menos competição.
Um grande abraço de toda a família COOMAFITT!
Partilhar saberes e fortalecer a teia da produção de alimentos com respeito à terra, às pessoas e à vida, esses são alguns dos resultados da participação da Coomafitt no XI Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), que aconteceu entre os dias 4 e 7 de novembro no Campus de São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe. Com o tema “Ecologia de Saberes: Ciência, Cultura e Arte na Democratização dos Sistemas Agroalimentares”, o congresso reuniu agricultores(as), povos tradicionais, cientistas, pesquisadores(as) e militantes da agroecologia.
A representação da Coomafitt ficou a cargo da Juventude Rural que inscreveu uma apresentação sobre as ações promovidas pela cooperativa para ampliar a produção orgânica e a participação de jovens no dia-a-dia da entidade (Confira o vídeo clicando aqui). Com mais de 2000 atividades e debates programados para o evento, a delegação que representava os agricultores e agricultoras da cooperativa, também priorizou participar das atividades sobre turismo de base comunitária e a Plenária das Juventudes.
Para o presidente da Coomafitt, Bruno Engel, a participação nesse tipo de espaço faz parte da vida de uma cooperativa ativa e preocupada com o dia-a-dia de seus associados e o futuro da produção de alimentos. “A juventude tem assumido, cada vez mais, um papel de protagonismo na Coomafitt. Hoje a diretoria executiva da cooperativa é composta por jovens. Para nós, fortalecer a juventude e dar condições para participar de eventos, apresentar nossas histórias e articular parcerias, é também viabilizar a sucessão rural. ” Aponta o dirigente ao salientar que esse é, em sua opinião, o principal desafio para nossa sociedade.
A juventude da cooperativa também integrou o grupo que ficou responsável por redigir o documento que sintetiza os debates e sugestões da Plenária das Juventudes. Amanda Schwanck, revela que participar da elaboração do documento é uma oportunidade de sugerir o aprimoramento de políticas públicas que incentivem a permanência dos jovens no campo. “Os dados do último Senso Agropecuário divulgados este ano reforçam a importância de pensarmos em mecanismos e ações que permitam que nós jovens, possamos escolher a vida do campo, sem perder oportunidade de acesso à educação e cultura”, ressaltou ao lembrar que segundo os dados do Senso Agropecuário 2017, recentemente divulgados pelos IBGE, os(as) jovens, com idade entre 25 anos e 35 anos, são 9,48% da população rural, número bem abaixo dos 13,56% do censo anterior. O grupo entre 35 e 45 anos de idade encolheu para 18,29%, quando em 2006 era de 21,93%.
Ampliando horizontes
Uma parte interessante do congresso é a possibilidade que os participantes têm de apreender ou redescobrir conceitos de organização e produção. A vivencia com a diversidade do Brasil rural amplia os horizontes. Para Allan Fernandes essa troca enriquece o trabalho na cooperativa. “Ver gente de todo o Brasil que se preocupa com o mesmo que estamos cultivando na Coomafitt nos enche de energia e de novas ideias, aprendemos e trocamos muito com essa oportunidade”, destacou ao pontuar por exemplo a inovação do CBA ao usar nomes pouco comuns para se referir aos espaços de discussão. Desde a edição de Belém do CBA (ocorrido em 2015) foi adotado por exemplo, a expressão Tapiris de Saberes, para identificar os espaços onde ocorrem a maior parte das atividades de diálogos. Tapiri uma palavra comum para os ribeirinhos da região Amazônia, é a palhoça, o lugar onde as pessoas se reúnem para dialogar e também descansar. Neste sentido a intenção é que eles sejam espaços vivos de troca e encontro entre diferentes saberes, de onde pulsam ricas discussões trazidas de todo o Brasil e sob diferentes perspectivas: trabalhos científicos, relatos populares, inclusive no formato de vídeo e experiências técnicas.
A participação da delegação da Coomafitt só foi viabilizada com uma intensa mobilização da comunidade e de empresários da região. A cooperativa agradece ao apoio de: Hortigranjeiros Jacoby, Prefeitura de Itati, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Terra de Areia e Itati, Cresol, Sicredi e Super da Praia
Ampliar o conhecimento sobre as políticas públicas para a agricultura familiar, conhecer mais sobre cooperativas de crédito e entender melhor como aplicar a rastreabilidade dos produtos no dia-a-dia, este foram os principais assuntos do Momento Cooperativista 2019.
A iniciativa da Coomafitt conta com a parceria e apoio da Emater/rs-Ascar e reuniu, no dia 12 de novembro, diversas famílias associadas à cooperativa.
Para o presidente da Coomafitt, Bruno Engel Justin, a construção desse tipo de espaço para o diálogo e a formação são uma expressão do nosso compromisso com o desenvolvimento regional. “O Momento Cooperativista é um espaço importante para a formação dos associados, neste ano construímos a agenda do dia com a parceria o apoio da Emater-RS, e essa parceria é importante para que tenhamos um debate rico e atual”, destacou Engel.
O evento ocorreu no Salão Santa Rita de Cássia na Costa do Morro em Itati e reuniu mais de 30 famílias associadas à Coomafitt durante toda a tarde e parte da noite. Também contou com a presença do Prof. Fernando Horta da Universidade de Brasília que, a convite da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG-RS), tratou da conjuntura política e social onde os agricultores familiares estão inseridos. Diana Hahn, Diretora de Juventude e Edson Monticeli, assessor regional da Fetag também participaram do encontro.
Dentro da programação da 1.ª Semana da Alimentação Saudável de Itati e do Dia Mundial da Alimentação (16/10) ocorreu nesta quarta-feira a Feira Sabores e Saberes em Itati/RS.
Apesar da chuva, muitas pessoas participaram das diversas atividades e puderam experimentar um almoço todo feito com as PANCs na Oficina sobre a produção e consumo das Plantas Alimentícias Não Convencionais.
Na Roda de Conversas sobre Sucessão Rural, o associado da Coomafitt Sidnei Justin contou um pouco da sua trajetória. Ele começou sua carreira na roça aos 4 anos e com 7 já havia ganhado sua máquina de plantar feijão. Saiu com 18 anos do município onde seu pai é agricultor para estudar contabilidade na cidade, ficando lá por 6 anos. Sidnei completa: “Em 2015 retornei para assumir, a convite de meu pai, a produção de alimentos, momento em que a Coomafitt já havia crescido bastante o que deu uma estabilidade de renda para os agricultores e agricultora da região.” Os jovens presentes interagiram bastante na roda de conversa.
“Esse dia e essa semana só foi possível com o engajamento de toda a comunidade. Quando existe cooperação entre as pessoas, os projetos avançam e é isso que queremos para nossos municípios. ”, destacou Bruno Engel Justin, presidente da Coomafitt.
Texto: 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Fotos: Ubirajara Machado/4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Com o lema “Desembale menos, descasque mais” acontece entre os dias 11 e 20 de outubro a 1ª Semana da Alimentação Saudável de Itati. O evento que contam com a parceiria da Coomafitt em sua organização, traz para o litoral norte do Rio Grande do Sul, a oportunidade de debates sobre a origem dos alimentos e a importância do trabalho realizado pelos agricultores e agricultoras familiares.
Segundo o presidente da Coomafitt, Bruno Engel, a participação da cooperativa na organização do evento é parte do compromisso permanente com o desenvolvimento regional. “Estamos construindo um espaço de reflexão que dialoga com a crescente preocupação com a preservação do planeta e com uma alimentação de qualidade. Refletir sobre estes temas ajuda nossa região como um todo a seguir em frente”, destaca.
Com atividades para todos os públicos, a 1ª Semana da Alimentação Saudável tem uma intensa agenda de eventos, iniciando na sexta-feira dia 11 com a realização da primeira Conferência Regional de Segurança Alimentar e Nutricional, que vai reunir representantes de Itati, Morrinhos, Três Cachoeiras, Três Forquilhas e Terra de Arreia. Na atividade, que é aberta a toda a população, vão ser definidas as propostas defendidas pela região e eleitos os representantes de cada um dos municípios para a Conferência Estadual.
O prefeito de Itati, Flori Werb, destaca que é uma alegria e uma responsabilidade organizar esse importante evento. “É um privilégio poder fazer parte da organização de um evento que busca construir soluções para o futuro. Tivemos uma atenção especial em envolver as escolas neste processo de preparação e vamos promover diversas atividades para que nossos estudantes se comprometam com o tema”, afirmou ao lembrar que as escolas estaduais e municipais estão articuladas para participarem dos eventos da 1ª Semana.
Confira a programação completa da 1ª Semana da Alimentação Saudável de Itati em nosso facebook e participe das atividades. Esse é só o começo de nossa jornada.
Nesta segunda-feira (7), prefeitos de 11 municípios da Zona da Mata e Vertentes de Minas Gerais estiveram na Coomafitt para conhecer a experiência no atendimento aos mercados institucionais com produtos da agricultura familiar.
A atividade promovida pelo Sebrae mineiro faz parte de um roteiro de visitas a quatro municípios do RS para conhecer e discutir a realidade da agricultura familiar, do cooperativismo e dos processos de compras públicas.
Bruno Engel, presidente da Coomafitt destaca a participação e apoio do Prefeito Flori de Itati e prefeito Robson de Três Forquilhas e acrescenta que agendas como essa são positivas para apresentar a realidade da cooperativa e trocar experiências. “Sempre que participamos de oportunidades como essa acabamos aprendendo mais. Temos uma bela experiência aqui, integrando os jovens no fortalecimento da agricultura familiar e queremos compartilhar nossa trajetória no cooperativismo”, apontou ao destacar ainda que, durante a visita, os prefeitos puderam conhecer de perto as práticas de gestão e comercialização que tornam a Coomafitt uma referência regional.
Integram a comitiva os prefeitos de, Lima Duarte, São Sebastião da Vargem Alegre, Pedra Dourada, Tiradentes, Guidoval, Rodeiro, São Tiago, Prados, São Geral, Tabuleiro e Barroso, todos municípios da região da Mata mineira.
Na sexta-feira, dia 5 de outubro, a juventude da coomafitt foi recebida na Universidade Federal do Rio Grande do Sul pelas professoras Catia e Joana, pelo professor Paulo e pela doutoranda em Desenvolvimento Rural, Fernanda. Neste encontro, 6º Encontro do Curso de Extensão “Agricultura Familiar, Produção de Alimentos e Políticas Públicas”, teve como tema: Agricultura Familiar e Mercado.
O grupo de jovens visitou duas importantes feiras da capital gaúcha, a Feira de Agricultores Ecologistas (FAE) e a Feira do Largo da Epatur. A primeira, localizada na primeira quadra da rua José Bonifácio funciona nas manhãs de sábado desde 1989, é 100% orgânica e uma das maiores do mundo. A segunda é uma feira convencional localizada no bairro Cidade Baixa, funciona também aos sábados mas comercializa produtos com aditivos químicos.
No retorno da visita, os professores da UFRGS ministraram uma aula sobre o tema, abrindo posteriormente para debate com os jovens. Foram trocadas impressões e experiências a respeito das duas feiras, sendo que a boa relação entre feirantes e consumidores na FAE foi um dos destaques trazidos na conversa. Outro ponto importante de discussão e reflexão foi a falta de feiras no Litoral Norte Gaúcho. Muitos agricultores e agricultoras do litoral se deslocam para vender nas feiras em Porto Alegre por falta de oportunidade na sua região.
Após almoço oferecido pelos professores e estudantes da UFRGS o grupo de jovens visitou a Usina do Gasômetro, importante ponto turístico de Porto Alegre. O encerramento do encontro se deu com a formulação das ideias obtidas e construídas durante o dia, já pensando no próximo Encontro que será sediado no Campus Litoral Norte da UFRGS.
A Confederación de Organizaciones de Productores Familiares del Mercosur Ampliado (Coprofam), instituição formada por nove organizações nacionais latino americanas - no Brasil representado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, @CONTAG, publicou uma reportagem em seu site sobre a experiência positiva da Cooperativa.
Com destaque nas políticas de empoderamento das mulheres e jovens do campo, a Coomafitt foi colocada como referência de gestão e transparência. A horizontalidade e a gestão democrática chamaram a atenção da Confederação, que destacou a integração entre cooperativas e o desenvolvimento baseado em políticas públicas.
Em entrevista para o site, o presidente Bruno Engel explica: “Queremos que os agricultores participem ativamente em todos os processos possíveis, nos cabe o papel de apresentar soluções e trazer melhorias reais a nossa comunidade.” Essa autonomia se dá graças aos processos de políticas públicas na compra de alimentos, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).
Em agosto deste ano, intercambistas do Movimiento Unitarío Campesino y Etnias de Chile (MUCECH) visitaram a sede da cooperativa em Itati. O encontro foi promovido pela COPROFAM e proporcionou um ambiente de diálogo e trocas entre os agricultores familiares brasileiros e chilenos.
Link para a matéria: http://coprofam.org/…/cooperativa-con-fuertes-politicas-de…/
Nos dias 23 e 24 de agosto, as estudantes Amanda de Oliveira Pereira, Kátia Tibola Borges, e Bianca Oliveira de Souza da Escola Municipal Professor Laertsan Tavares Carvalho de Terra de Areia (RS) participaram da Multifeira da instituição de ensino, dirigida por Michele Fabrício , levando para o público o resultado de suas pesquisas sobre agrotóxicos e produtos orgânicos. @Escola Municipal Professor Lartsen
O trabalho intitulado ‘Agrotóxicos: Vilões ou Heróis?’ , orientado pelas professoras Adriana da Silva da Costa e Maria de Fátima Bittencourt Aresi ficou na terceira posição - concorrendo com mais 17 inscritos na categoria oitavo e nono ano. O Presidente da Coomafitt, Bruno Engel, destaca a importância deste tipo de iniciativa para ampliar o debate sobre a produção de alimentos saudáveis: “Esse tipo de trabalho é importante pois fortalece a agroecologia desde a juventude, são filhas de associados da cooperativa preocupadas desde a escola com a questão da agricultura orgânica e da economia da região. Além disso, com o apoio das professoras este tipo de discussão contribui para o desenvolvimento de nossa comunidade”.
Como as estudantes são filhas de associados, apresentar o exemplo da Coomafitt no incentivo à produção de alimentos saudáveis através da cooperação e capacitação foi fácil. Elas destacaram que os agrotóxicos mascaram os alimentos, deixando eles mais bonitos, mas sem garantir a qualidade do produto.
Utilizando diferentes cachos de banana às estudantes mostraram na prática o efeito dos agrotóxicos na fruta. Além de alertar sobre o uso excessivo e contar a história desses químicos, elas ainda apresentaram exemplos da comercialização de banana da Coomafitt, explicando como funciona o incentivo e a transição para o modelo agroecológico.
#Coomafitt #AgriculturaFamiliar #Agroecologia #TurismoRural #litoralnorters #JuventudeRural #AgroindústriaFamiliar #AquiTemAgriculturaFamilia
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#MaisCooperaçãoMenosCompet
A 42º edição da Expointer foi um sucesso para a Agricultura Familiar que teve um crescimento nas vendas de 13,51% com relação ao ano passado. A Coomafitt, além ter levado novos produtos da marca comercial própria, também teve um importante espaço, em parceria com a Emater/RS-Ascar, para divulgar o turismo rural organizado pela juventude da cooperativa no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
A iniciativa visa aproximar os consumidores da cidade aos produtores do campo. O roteiro Caminho dos Alimentos, apresenta aos visitantes algumas paisagens e sabores dos municípios de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas. Allan Fernandes, que faz parte da Juventude Rural da Coomafitt, ressalta a diversidade de opções que a região oferece: "Temos desde rios e belíssimas cachoeiras até as praias movimentadíssimas do verão gaúcho mas, no Roteiro Caminho dos Alimentos, o foco é apresentar alguns locais onde nossas agricultoras e agricultores vivem e realizam a produção de alimentos. Também temos no Roteiro visita a pontos turísticos e algumas propriedades rurais para que as pessoas possam apreciar a gastronomia e a cultura local."
O Roteiro Caminho dos Alimentos pode ser customizado de acordo com os objetivos do seu grupo que tem a opção de conhecer o dia-a-dia da Coomafitt, fazer uma trilha em agroefloresta, almoçar alimentos produzidos no território incluindo PANCs, visitar agroindustrias de famílias associadas e até mesmo fazer uma trilha ecológica incluindo a cascata Pedra Branca. Quer saber mais? Entre em contato conosco: coomafitt@hotmail.com, (55) 9 9159-4963 e (51) 9 8237-3991
Foto: Ubirajara Machado | 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Hoje comemoramos o dia dessas e desses profissionais pelas(os) quais a Coomafitt tem o maior carinho e admiração. Vocês nos ajudam a levar saúde e bem-estar às famílias, valorizando os alimentos produzidos pela agricultura familiar. Isso une nossos trabalhos.
A nutrição e a agricultura familiar devem sempre andar juntas, garantindo a soberania e segurança alimentar, incentivando a produção de alimentos de verdade para que todas as pessoas, seja no campo e ou na cidade, tenham o direito à alimentação saudável e adequada.
Na tarde de quarta-feira (28) a Expointer sediou um importante debate no Seminário “Compras de Alimentos da Agricultura Familiar por Órgãos Públicos – Mais Gestão”. Uma das perguntas centrais foi “O que as políticas públicas voltadas à agricultura familiar representam para o futuro e qualidade de vida das pessoas que vivem no campo e na cidade?”
Apioado pela RedeCoop e pela Sistema Ocergs-Sescoop/RS e organizado pela Anater, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério da Cidadania, pela Emater/RS-Ascar e pelo Governo do Rio Grande do Sul o evento contou com as apresentações de representantes do Ministério da Cidadania, da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, da Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército, da Conab RS (Companhia Nacional de Abastecimento) e da Coomafitt.
Na oportunidade o presidente e a vice-presidente da Coomafitt, Bruno Engel Justin e Micheli Bresolin, falaram da importância do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para a estruturação inicial da cooperativa possibilitando o planejamento e organização da produção e das propriedades das famílias associadas. Depois veio o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que impulsionou para o processo de articulação em rede. Por meio da intercooperação, diversas cooperativas do estado se uniram para aproveitar os potenciais regionais que existem e otimizar a logística e, assim, entregar alimentos de qualidade nas escolas públicas do Rio Grande do Sul.
Bruno também destacou que o papel da cooperativa vai além da relação comercial e da garantia de renda: “A cooperativa tem o papel de olhar para as famílias e de incluir as pessoas, isso só é possível por meio da transparência e da prática diária dos valores que norteiam o cooperativismo. Por isso trabalhamos com a soberania e segurança alimentar do nosso país, desenvolvemos ações de formação e inclusão, fortalecemos a autogestão, valorizamos a dignidade humana, as parcerias e a cooperação”.
Seja no campo ou na cidade temos que pensar no futuro da produção de alimentos, o que significa pensar nas políticas públicas voltadas a agricultura familiar.
Texto: 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Foto: Ubirajara Machado/4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Um dos maiores eventos do mundo no gênero e considerada a maior feira a céu aberto da América Latina, começou nesse sábado (24) no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio/RS, a 42º edição da Expointer. Apesar da tradição de chuvas na Expointer, o tempo seco favoreceu o movimento e, até a noite de domingo (25), foi registrado um dos maiores públicos da história com 93.585 visitantes.
No Pavilhão da Agricultura Familiar o final de semana proporcionou a troca de experiências e a comercialização, com um aumento de 51,19% em vendas se comparado ao primeiro dia da edição anterior.
O presidente da Coomafitt, Bruno Engel, destaca que a Expointer é um espaço importante para as vendas diretas mas também para o contato com os(as) visitantes: “A gente nota principalmente essa proximidade com o público, poder conversar, mostrar o trabalho da cooperativa, contar nossa história e também comercializar nossos produtos.” Bruno pontua ainda que 2019 está sendo um ano de fortalecimento da marca comercial da cooperativa: "Estamos consolidando a proposta da Coma Fitt e ampliamos o nosso mix de produtos com as conservas e a geleia de banana, do ano passado trouxemos novamente o açúcar mascavo e o melado. Tudo por meio das nossas agroindústrias familiares parceiras como a Justin e a Melquet"
Além do estande de comercialização, a Coomafitt em parceria com a EMATER também está divulgando o turismo rural. É a primeira vez que esse setor participa da feira, expondo seu trabalho de desenvolvimento e empoderamento da juventude do campo através do turismo pedagógico e agroecológico. O roteiro turístico Caminho dos Alimentos percorre atrações naturais, gastronômicas e culturais, visando conectar consumidores e produtores.
A Expointer vai até 1 de setembro e abre todos os dias das 8h às 20h30.
Texto: 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Foto: Ubirajara Machado/4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Uma comitiva de chilenos do Movimiento Unitario Campesino y Etnias de Chile – MUCECH visitou a sede da Coomafitt nesta quarta-feira (21). A MUCECH é fruto da união de organizações campesinas chilenas, que inclui entidades sindicais, indígenas e de mulheres.
Na visita os chilenos e chilenas conheceram a história e as experiências da Coomafitt na sua atuação em políticas públicas como Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na promoção do empoderamento de jovens e mulheres e na organização de agricultores familiares. Também visitaram o Centro de Distribuição da Coomafitt onde é operacionalizada toda a logística da Cooperativa para atender aos mercados institucionais e privados do Rio Grande do Sul.
A visitação a COOMAFITT foi intermediada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul - FETAG-RS e faz parte da agenda da comitiva que prevê também visitas a outras importantes entidades do cooperativismo gaúcho, como a Cooperativa Piá, o Sicredi e a COOPEG – Cooperativa de Produtores Ecologistas de Garibaldi Ltda. A comitiva chilena também deverá visitar a Expointer 2019 que começa nesse sábado (24), onde a Coomafitt participará comercializando produtos da marca própria Coma Fitt no Pavilhão da Agricultura Familiar.
Texto: 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
A Coomafitt esteve presente nesta quarta-feira (10), no ato de assinatura do convênio da Fundação BB e ONU Mulheres com a Cooperativa Girasol para o incentivo à produção e organização das mulheres do campo. O projeto “Mulheres Rurais em Rede: Agroecologia, Autonomia Econômica e Autogestão Solidária” dispõe de recursos para o investimento em ações para a qualificação produtiva de 18 empreendimentos compostos por mulheres, de 14 municípios dos estados do Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, entre eles a Coomafitt. O projeto também prevê a abertura de um ponto comercial em Porto Alegre para a comercialização dos alimentos produzidos pelas cooperativas.
Para a vice-presidente da Coomafitt, Micheli Bresolin, o investimento na qualificação produtiva das mulheres do campo amplia a garantia de renda destas mulheres. “Iniciativas que incentivem o protagonismo das mulheres rurais na organização, produção e comercialização de forma coletiva é fundamental para conseguirmos garantir uma renda que chegue diretamente na mão dessas mulheres, promovendo sua autonomia econômica”, destacou.
Texto: 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
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Tá vendo essa Geleia de Banana Saborosa?
Ela vem direto do litoral norte do Rio Grande do Sul, produzida por agricultores e agricultoras familiares e é o mais novo lançamento da Coma Fitt!
Nossa marca já conta com uma série de produtos para levar mais sabor à sua família: além da geleia de banana temos banana orgânica (certificada, embalada de acordo com as normas e rastreada), acúçar mascavo, melado, aipim congelado, kit sopa e muitos outros.
Os agricultores e agricultoras familiares da Coomafitt acreditam que a cooperação é o caminho para um mundo mais justo e solidário e que através da organização é possível alcançar novas possibilidades, afirmando o compromisso com a produção de alimentos saudáveis para o campo e pra cidade.
Conheça nossa história: http://www.coomafitt.com.br/nossa-historia
Estamos à disposição para atender o seu mercado, supermercado, padaria ou qualquer estabelecimento comercial que queira ofertar o que há de melhor aos seus clientes.
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Fotos: Ubirajara Machado / 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Objetivando o fortalecimento do cooperativismo a Coomafitt em parceria com a Emater (Unidade de cooperativismo UCP e Emater/RS-Ascar municipal de Itati), ofereceu no dia 22 de abril, um curso de capacitação em Cooperativismo. Voltado principalmente à formação de novos associados e associadas da Coomafitt, foi abordada a importância dos agricultores e agricultoras se organizarem em cooperativas para o fortalecimento da comercialização e também da produção.
O presidente da Coomafitt Bruno Engel Justin, destacou que o cooperativismo é um fator decisivo para a agricultura familiar no Brasil: “Temos um modo de produção agrícola diferenciado, que respeita o meio ambiente e coloca a qualidade de vida das pessoas em primeiro lugar. Por isso atuamos coletivamente sob os princípios e valores do cooperativismo para produzir alimentos de qualidade à população e melhorar a qualidade de vida das nossas associadas e associados.”
Cooperação na Agricultura Familiar
Além da formação básica para iniciantes, a atividade abrangeu o conceito de intercooperação. Para Bruno, “A lógica de atuação da agricultura familiar no mercado também deve refletir esses princípios e valores. As cooperativas devem ser parceiras, trabalhar em intercooperação, para juntas fazer frente ao outro modelo que propaga a competição. Só assim podemos alcançar novos mercados e nos posicionar como a opção de qualidade alimentar para a população das cidades. ”
Texto: 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
No dia 09/04 a Coomafitt recebeu a placa que a oficializa como empreendimento participante do Roteiro Caminho dos Vales e das Águas, a mais nova rota turística dos municípios do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A solenidade ocorreu durante o 2º Seminário do Roteiro em Terra de Areia, e contou com a presença dos demais empreendimentos e municípios participantes.
Bruno Justin, presidente da Coomafitt, destaca que o Roteiro foi construído com o espírito de cooperação e colaboração entre todos os envolvidos. O Litoral Norte do estado possui diversas belezas naturais e uma cultura rural que ao mesmo tempo interage, valoriza e preserva o meio ambiente, por isso nos unimos para oferecer essa experiência. Temos a agricultura familiar, rios, cachoeiras, lugares históricos e estamos dispostos a receber muito bem as pessoas que quiserem vir conhecer as diferentes possibilidades que o nosso estado tem a oferecer."
Além disso, o turismo rural é uma grande oportunidade de diversificação de renda para agricultura familiar, especialmente para juventude rural. “As famílias que moram nas cidades querem ter essa interação com o campo, o lugar de onde vem seus alimentos”, completou Bruno.
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O reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelas mulheres que integram a Coomafitt foi o tema central das atividades do IV Encontro de Mulheres da Coomafitt, realizado ontem(19) em Itati no Salão Sadi Brusch Klippel. Na organização, Micheli Bresolin, que era coordenadora de produção e assumiu no dia 13 de março, a vice-presidência da cooperativa, Amanda Schwanck e Geise Sparremberger, que também estão na direção, nas áreas administrativa e financeira, respectivamente.
Em muitas famílias associadas, além das diversas atividades que as mulheres assumem nos cuidados com a casa e com a família, elas também são responsáveis pelo cultivo, produção e comercialização dos alimentos. O trabalho da mulher no campo é muitas vezes invisibilizado e caracterizado como ajuda, quando na verdade acabam demandando jornada dupla ou tripla, incorporando muito mais responsabilidades que os demais membros da família, destacaram as técnicas da Emater-RS/Ascar Mariana Camargo (unidade Terra de Areia), Marineli Meliga (unidade Itati) e Luciana Muszinski (Unidade de Cooperativismo), que também participaram da organização do Encontro.
"Essa cultura já está sendo modificada ao longo do tempo, mas precisamos agir também em nossas casas e em todos os espaços que ocupamos. As tarefas domésticas precisam ser compartilhadas entre o casal. Não se trata de ajuda e sim de dividir as tarefas e cuidados com os filhos", destacou Marineli.
Além de debates como este, o evento proporcionou às mulheres atividades de cuidados com a pele e valorização da autoestima com a oficina de maquiagem feita por Lorrani Brehm e com a aula de zumba ministrada por Wanessa Klein, além de sorteio de brindes ao som de voz e violão do músico Jotta Léo. A vice-presidenta Micheli falou do planejamento das ações de integração das mulheres da Coomafitt para este ano: "temos uma relação de cursos e oficinas de qualificação que podemos desenvolver ao logo de 2019, queremos saber quais as prioridades de vocês. Por isso estamos pedindo que respondam o formulário”.
De acordo com a maioria das mulheres, as próximas oficinas serão: produção de sabonetes artesanais e aproveitamento integral dos alimentos e artesanato. “Sabemos da dificuldade que todas têm de participar de momentos como estes mas precisamos ter espaços só nossos e praticar atividades de integração”, acrescentou Micheli.
Na opinião geral das participantes do Encontro, a Coomafitt vem, ao longo dos anos, fortalecendo os espaços das mulheres da agricultura familiar e na gestão da cooperativa e os encontros anuais são fundamentais para que haja essa troca e convergência de energia. “Juntas somos mais fortes”, ressaltou Micheli.
Corroborando com as palavras de Michelli, Dona Celi Machado, agricultora associada da Coomafitt há mais de 10 anos, emocionou a todas com depoimento forte e contundente: "A Coomafitt foi onde eu ganhei espaço. Não desde o início, mas isso foi evoluindo. Foram percebendo que nós mulheres somos tão importantes quanto os homens. Hoje, me sinto extremamente valorizada aqui dentro."
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Foto: Ubirajara Machado/4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Ontem, 13 de março, a Coomafitt realizou sua Assembleia Geral Ordinária, em Terra de Areia, que contou com a participação de cerca de 130 associados e associadas e tratou de diversos assuntos relacionados às ações da cooperativa, como prestação das contas e dos resultados do exercício de 2018, projeções para 2019 e eleição dos Conselhos Fiscal e Administrativo.
No início do encontro, o então presidente Rodrigo Wolff deu as boas-vindas aos/às associados/as parabenizando pela presença de grande parte quadro social da Coomafitt: “é assim que se constrói uma cooperativa!”
Em seguida, Bruno Engel, então vice-presidente, e Rodrigo apresentaram as contas e os resultados obtidos no ano passado e esclareceram pontos chaves como o faturamento de 2018, acima de 4 milhões, superior a anos anteriores, mesmo com mudanças no cenário nacional.
Segundo Bruno, isso só foi possível, porque se investiu na estrutura da própria cooperativa, como reforma e adequações de prédios e ampliação e renovação da frota, além de terem sido efetivadas novas estratégias de comercialização, como a inserção no mercado privado e investimentos no desenvolvimento da marca comercial Coma Fitt bem como de rótulos e embalagens. Ainda no debate sobre a finanças da cooperativa em 2018, ficou decidido, por maioria absoluta, que a sobra de quase 50 mil reais será reinvestida na Coomafitt.
Atuação comercial em 2019
Para este ano, a expectativa da Coomafitt, ainda de acordo com Bruno, é o fortalecimento da atuação no mercado institucional por meio de parcerias e a ampliação do acesso ao mercado privado nacional e internacional. "Em 2018 começamos a ampliação do nosso mix de produtos com oferta de mais itens industrializados e orgânicos. Em 2019 nossa é meta ampliar a oferta desses produtos em supermercados, feiras e cooperativas de consumo por exemplo", explicou Bruno.
Ao final, aconteceram as eleições dos Conselhos Administrativo e Fiscal, com mandato para os próximos 2 anos.
Foram eleitos para o Conselho Administrativo:
Bruno Engel Justin (Presidente)
Micheli Bresolin Jacoby (Vice-Presidenta)
Sidnei Justin Witt (Tesoureiro)
Juscelina dos Santos Silva (1ª Titular)
Adiecson Gross Bobsin (2º Titular)
Rosane Boscacci Machado (3ª Titular)
Júlio Cesar Mota Vitt (1º Suplente)
Adilson Borges (2º Suplente)
Foram eleitos/as para o Conselho Fiscal:
Ozinei Brusch Maschmann (1º Titular)
Ronaldo Araújo da Silva (2º Titular)
Raquel da Rocha Konig (3ª Titular)
Luciana Maria Justin Tietbohl (1ª Suplente)
Cleonice Ribeiro Eberhardt (2ª Suplente)
Aroni Rapach (3º Suplente)
Texto: 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Sabemos que quando as famílias da Agricultura Familiar se unem os resultados são melhores para todas. É assim que há 12 anos começamos a Coomafitt, a nossa Cooperativa de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas, e é assim que queremos chegar cada vez mais longe. Sempre juntas, unidas e reunidas, nossas famílias vão planejamento e produzindo coletivamente.
Durante todo o ano temos diversas atividades como Planos de Plantio, Reunião dos Bananeiros e Bananeiras, Assembleias dentre várias outras. Nas 3 últimas semanas foi a vez da nossa Reunião nas Comunidades. Fizemos o balanço anual e o planejamento para 2019 em cada um dos municípios do Litoral Norte do Rio Grande do Sul onde as associadas e associados da Coomafitt estão.
E assim a Agricultura Familiar se desenvolve, com união entre as famílias, intercooperação com outras cooperativas e parcerias.
Texto: 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
A convite da Rede de Economia Solidária Feminista - RESF a Coomafitt participou da atividade de formação e planejamento do Projeto Redes Solidárias II que articula diversos projetos da Economia Solidária e Agricultura Familiar no Brasil.
O evento ocorreu em Florianópolis SC, entre os dias 28 e 30/11 e contou com a presença de representantes da Unicafes do Rio Grande do Sul, Cáritas Brasileira além dos empreendimentos que compõe a RESF no Paraná e no Rio Grande do Sul como a Cooperativa Girasol de Comércio Justo e Consumo Consciente.
Amanda Schwanck, que representou a Coomafitt, falou sobre as diversas ações que a cooperativa desenvolve com o turismo rural e juventude, o protagonismo da mulher, as relações de intercooperação para acesso aos mercados institucionais e, também sobre a inserção dos produtos da Coomafitt no mercado privado com o lançamento de marca comercial e as bananas orgânicas.
Texto: 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
A Coomafitt e outras Cooperativas do Rio Grande do Sul participaram da Reunião organizada pela Unicafes Rio Grande do Sul, que ocorreu em 06/11 em Passo Fundo/RS. O tema central foi sobre a Câmara de comercialização Brasil-China com boas perspectivas para exportação dos produtos da Agricultura Familiar brasileira.
O presidente da Coomafitt Rodrigo Wolff, que representou a Cooperativa, ressalta a importância da prática da cooperação na Agricultura Familiar que está se organizando cada vez mais para acessar novos mercados, praticando o comércio justo e oferecendo alimentos de qualidade. "A força do modelo de produção da Agricultura Familiar está na diversificação da produção de alimentos e na relação que as famílias agricultoras tem com a terra em respeito à saúde das pessoas e ao meio ambiente.", ressaltou Rodrigo.
Texto: 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Nesta segunda-feira, 17 de setembro, a Coomafitt participou da III Conferência Internacional Agricultura e Alimentação em uma Sociedade Urbanizada (III AgUrb).
A cooperativa foi representada pelo vice-presidente Bruno Engel e por Allan Fernandes, do grupo da Juventude Rural, que apresentaram a trajetória da Coomafitt e como o trabalho desenvolvido em torno do turismo rural está se tornando uma opção de renda e de permanência da juventude rural no campo.
Na ocasião, Bruno destacou a importância das políticas públicas para a agricultura familiar, como as compras institucionais. O exemplo vem do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que precisam ser mantidos e ampliados. “Precisamos garantir que todos os estudantes de escolas públicas tenham acesso a alimentos de qualidade e da agricultura familiar”, afirmou.
A AgUrb ocorre até a próxima sexta-feira em Porto Alegre. E na próxima quinta-feira (dia 21/09) diversos pesquisadores, professores dentre outros participantes da Conferência, irão conhecer o roteiro turístico Caminho dos Alimentos, do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, que abrange os municípios de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas.
Texto: 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
A Coomafitt realizou um encontro no dia 24 de agosto para debater a organização do Seminário Regional de Educação do Campo, que será promovido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e parcerias, nos dias 10 e 11 de setembro na Escola Rural de Osório. A reunião contou com a presença de representantes do Campus Litoral Norte da Ufrgs; das escolas estaduais Erica Marques, Guilherme Schmidt, Pastor Voges e a municipal José Alberto Schutt; da Emater Itati e da Secretaria de Educação de Três Forquilhas.
O Seminário vai propor uma reflexão sobre os 20 anos da Educação do Campo, desde que teve início a partir de iniciativas do Movimento Sem Terra e dos sindicatos de trabalhadores rurais. “Faremos uma análise dos avanços, problemáticas e contribuições desse período. Teremos relatos de experiências na área e feira de produtos da região”, adianta o professor do curso da Licenciatura em Educação do Campo da Ufrgs Jonas Seminotti.
“Como encaminhamentos do encontro, ficou a proposta de organizar outros momentos, com mais entidades, para criar espaços permanentes de debate, fortalecer os vínculos entre as escolas e organizações, além de pensar projetos com a comunidade”, esclarece o vice-presidente da Coomafitt, Bruno Engel.
Licenciatura na Ufrgs
Durante o encontro, Seminotti contextualizou a estrutura da Educação do Campo e apresentou a estrutura do curso de graduação da Ufrgs, que existe há 4 anos no Litoral Norte e está formando sua primeira turma em setembro. Surgiu, segundo o professor, para atender públicos específicos de pescadores, quilombolas, indígenas, agricultores familiares, artesãos e ribeirinhos, mas já se estendeu a outros interessados.
Hoje, o curso conta com 100 alunos que se formam como professores de Ciências da Natureza. O currículo é executado em regime de alternância, conforme o professor, proporcionando aos universitários o contato com a realidade do campo. “O jovem cria consciência das problemáticas da agricultura na perspectiva da valorização do campo e do desenvovimento rural”, destaca Seminotti.
Desafios
A construção do pertencimento ao campo é um desafio para as escolas rurais, de acordo com o professor Jussiê Bittencourt, que dá aulas de Geografia para turmas do 7º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio na escola Pastor Voges. “Temos uma base curricular engessada em alguns aspectos e precisamos desenvolver alternativas para criar o sentido de pertencimento do aluno ao campo”, diz Bittencourt.
A escola tem uma parceria de pelo menos três anos com a Coomafitt e realiza projetos de turismo rural, permacultura e bioconstrução. A cooperativa também leva atividades sobre os conceitos do cooperativismo para os alunos da Paulo Voges.
“O cenário da juventude rural na região mudou por conta do trabalho da Coomafitt. Muitos saíram para estudar fora e retornaram, porque enxergaram a possibilidade de melhoria da renda familiar com a participação na cooperativa”, afirma o professor.
Ele cita, ainda, o acesso à educação superior no Litoral Norte e os programas de governos anteriores que facilitaram o crédito e compra de maquinários para os agricultores familiares como pontos fundamentais para a permanência do jovem no campo. “Mas precisamos continuar trabalhando o sentido de pertencimento a partir do chão da escola. Não adianta falar da Floresta Amazônica se essa não é a realidade local. É preciso apresentar uma perspectiva de mercado de trabalho”, conclui.
Texto: Aline Adolphs/ 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Foto: Coomafitt
Com quase 12 anos de existência, a Coomafitt apresenta, na 41ª Expointer, sua marca própria “Coma Fitt”. Os primeiros produtos - kit sopa, aipim descascado e congelado, açúcar mascavo e melado - estarão disponíveis para o público no estande que a cooperativa divide com as agroindústrias Justin e Eberhardt, no Pavilhão da Agricultura Familiar.
A marca foi desenvolvida pela 4Cabeças Comunicação e Tecnologia e baseia-se nas cores já utilizadas pela Coomafitt em sua logo. Além disso, aproveita o nome da cooperativa para criar um jogo de palavras que promove alimentação saudável.
“Muitos produtos que vêm de associados da cooperativa fazem a linha ‘fit’, ou seja, de baixa caloria, com exceção do açúcar e do melado”, explica o vice-presidente da Cooperativa, Bruno Engel, adiantando que a ideia é lançar, ainda este ano, uma linha mais completa de minimamente processados e higienizados, além da banana orgânica in natura.
A prefeitura de Itati aplica 80% da verba destinada à alimentação escolar pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em produtos da agricultura familiar. Pela Lei 11.947/2009, pelo menos 30% dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) devem ser destinados a compras da agricultura familiar, mas a prefeitura de Itati foi além, porque, segundo a nutricionista responsável, Samanta Desidério, se preocupa em oferecer um “alimento mais saudável” aos estudantes do município.
A intenção da nutricionista é chegar a 100%. O segredo para conseguir esse percentual, conforme Samanta, é aproveitar os alimentos integralmente. “É uma questão de consciência, evitamos o desperdício, aproveitamos cascas”. Além disso, ela explica que o setor de compras da prefeitura também se empenha para atingir esse percentual. “Estou tendo o apoio da Coomafitt para mostrar aos colegas que é possível oferecer um prato bem colorido e com baixo custo às nossas crianças”, afirma.
Para a Coomafitt, as políticas públicas promovidas com o PNAE e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) são fundamentais para a geração de renda no campo e a sobrevivência da agricultura familiar. “O exemplo da prefeitura de Itati demonstra que, com boa vontade por parte dos gestores públicos, a agricultura familiar pode virar a principal fornecedora de alimentos às escolas. Temos variedade, qualidade e capacidade para atender à demanda”, destaca o vice-presidente da Coomafitt, Bruno Engel Justin.
Na chamada atual para compra de produtos para a alimentação escolar, a nutricionista incluiu polpa de açaí, maracujá e muitas frutas, legumes e verduras, além de dar preferência à produção orgânica. “Há estudos que comprovam que mesmo que a criança não aceite logo um determinado alimento, com a exposição ela vai acabar comendo. Se alimentar bem é uma questão de hábito”, acredita Samanta. Itati tem duas escolas municipais de educação integral, uma de Ensino Fundamental, com 190 alunos e outra de Educação Infantil, com 160 crianças.
Texto: Aline Adolphs/ 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Foto: Ubirajara Machado/ 4 Cabeças Comunicação e Tecnologia
Garantir que os alimentos cultivados pelos agricultores e agricultoras familiares gaúchos cheguem à mesa dos estudantes das redes municipais e estadual, este foi o objetivo do primeiro Encontro Compras Públicas + Agricultura Famíliar na Alimentação Escolar, que ocorreu nesta quinta-feira (28) em Porto Alegre (RS). O encontro reuniu gestores de compras e nutricionista de 25 municípios do estado para discutir a legislação e conhecer os produtos de mais de 4 mil famílias de agricultores organizados na Coomafitt e outras três cooperativas: Nossa Terra de Erechim, Cooperav de Viamão e CAAF de Caxias do Sul.
Durante todo o dia foram discutidos aspectos legais do processo de aquisição de alimentos da agricultura familiar para a alimentação escolar e apresentados os benefícios nutricionais que a oferta de alimentos de qualidade garante para os estudantes. Para o coordenador do evento e gestor da Cooperav, Huli Zang, as cooperativas estão preparadas para atender a necessidade das escolas e outras compras públicas. “Temos nas nossas cooperativas, articularas em redes, uma grande capacidade de produzir alimentos de qualidade, com capacidade logística e condição de entregar nossa produção nas escolas, universidades e outros pontos que sejam necessários. A agricultura familiar tem a capacidade de produção e o conhecimento logístico para atender essa demanda”, afirmou.
O secretário de Educação de Porto Alegre, Adriano Naves de Brito, ressaltou que a prefeitura está empenhada em cumprir a lei e avançar na compra de alimentos da agricultura familiar para as escolas do município. “Existe uma legislação que determina um investimento mínimo na compra de alimentos da agricultura familiar para a alimentação escolar, mas entendemos que além de atender a lei, nossa cidade deve comprar dos agricultores familiares para garantir renda e fixar as famílias no campo.”
Ao adquirir alimentos diretamente da agricultura famílias os municípios incentivam o desenvolvimento rural, o associativismo e a articulação dos agricultores. Outro aspecto positivo desta aquisição é a organização de um mercado garantido e com previsibilidade, permitindo que as famílias do campo possam planejar sua produção durante o ano para atender as chamadas públicas para a compra da alimentação escolar. A legislação atual garante que pelo menos 30% dos recursos federais destinados para a alimentação escolar sejam destinados para a agricultura familiar.
Em muitos municípios, porém, a fatia dos recursos destinados para os agricultores familiares é muito maior. Em Sapiranga por exemplo, 82% dos alimentos vem diretamente de cooperativas da agricultura familiar; em Itati, o índice também é alto: 76% dos alimentos servidos nas escolas. O vice-presidente da Coomafitt, Bruno Engel, ressalta que este tipo de ação incentiva o desenvolvimento regional. “Ao comprar dos agricultores familiares, as prefeituras garantem que esses recursos que vêm de Brasília cheguem até o interior dos pequenos municípios, distribuindo renda e incentivando o desenvolvimento regional”.
O presidente da cooperativa Nossa Terra, Adelmir Gaiardo, ressalta que um evento como o organizado pelas quatro cooperativas nesta quinta-feira, além de integrá-las com quem faz a compra nos municípios, também ajuda a tirar muitas dúvidas. “Mesmo que esta seja uma legislação já bastante estudada, sempre existem dúvidas sobre a aplicação dela, em especial nos detalhes para a compra de alimentos diretamente das cooperativas. Em um encontro como este podemos apresentar a diversidade, a qualidade e a quantidade de alimentos que as agricultoras e os agricultores organizados em suas cooperativas produzem”.
O representante da CAAF Marcos Regelin vai na mesma linha e reforça que atualmente as cooperativas são parceiras dos municípios para articular as compras públicas. “Hoje temos tecnologias e conhecimento para garantir uma oferta de alimentos diversificada, que tem a capacidade de atender com muita qualidade um cardápio que garanta para nossas crianças uma boa alimentação nas escolas. Esta é uma iniciativa que distribui renda no campo e traz mais segurança alimentar na cidade”.
TEXTO: Mateus Zimmermann/4 Cabeças
FOTO: Eduardo Quadros
Ocorreu no último final de semana, em Belo Horizonte (MG), o IV Encontro Nacional de Agroecologia (ENA). A Coomafitt esteve lá, representada pelo jovem agricultor Allan Fernandes, que integra os Grupos de Trabalho da Juventude e de Turismo Rural da Cooperativa. Ele representou também a Juventude do Núcleo Litoral Solidário, da Rede Ecovida.
Com o tema “Agroecologia e Democracia Unindo Campo e Cidade”, o evento teve início na quinta-feira (31/05) e se encerrou neste domingo (03/06) com uma caminhada de mais de 10 mil pessoas pelas ruas da capital mineira em defesa da democracia, da agroecologia, contra os retrocessos e perdas de direitos que acometem o país. A carta política do encontro, divulgada no sábado e assinada por 2 mil participantes apresenta denúncias contra a violência e o autoritarismo do latifúndio.
A programação foi intensa. Fernandes participou de diversas atividades, entre elas a plenária da Juventude, na qual contou um pouco sobre a experiência da Coomafitt, de como os jovens estão permanecendo no campo por conta das melhores condições de vida oferecidas pela Cooperativa.
Algumas das propostas apresentadas na plenária foram a construção e fortalecimento dos espaços de formação que aliem organização, trabalho, estudo e luta; conseguir envolver a juventude em espaços coletivos e fomentar a realização de intercâmbios e feiras agroecológicas. Foram realizadas, ainda, plenárias sobre indígenas, quilombolas e mulheres, entre outras.
A troca de experiências foi um dos destaques do encontro, segundo Fernandes. “Assim como nós, no Sul, a região Norte também sofre com a falta de políticas públicas. Mas vem resistindo e evoluindo, tirando os atravessadores do caminho, a exemplo do que fazemos na Coomafitt”, exemplifica.
Para saber tudo o que aconteceu no IV ENA, acesse o site http://enagroecologia.org.br/ ou veja no Instagram ena_agroecologia.
Texto: Aline Adolphs/ 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Foto: Arquivo Allan Fernandes
A Coomafitt promoveu no último dia 24, um encontro de qualificação para produtores de açúcar mascavo da região. Foi grande a presença de representantes de agroindústria familiares. A prática faz parte da política de descentralização da Cooperativa, que investe na propriedade rural de todos os associados.
Entre os encaminhamentos, foram definidas as compras coletivas de embalagens e equipamentos que auxiliam na verificação da qualidade do açúcar. Além disso, será articulada a implantação de uma área para plantio de variedades de cana, com o objetivo de testar a adaptação de cada uma delas na região, conforme orientações da Embrapa.
A Coomafitt assinou nesta quinta-feira (17) o contrato para fornecimento de alimentos ao sistema prisional do Rio Grande do Sul, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) na modalidade compra com doação simultânea. O contrato foi assinado com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), que fará o planejamento das entregas em conjunto com a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe).
Segundo o vice-presidente da Cooperativa, Bruno Engel Justin, as políticas públicas são fundamentais para a agricultura familiar. “Essa modalidade de compra fortalece o cooperativismo, leva desenvolvimento para o campo, gera renda e valoriza o trabalho do agricultor familiar, que recebe um preço justo. Na ponta a gente vê a diferença com a permanência do jovem no campo e a melhoria da qualidade de vida das famílias”, afirma Justin. “Para a agricultura familiar é essencial acessar esse mercado da Susepe, que é constante e não muda. Podemos acessá-lo com mais frequência”, completa.
Outras 39 cooperativas também assinaram o contrato que vai prover R$ 9,3 milhões em alimentos para a população carcerária. A Coomafitt ficará responsável pela entrega de mais de 100 toneladas de banana e 25 toneladas de tomate. Para o presidente da Cooperativa, Rodrigo Wolff, isso demonstra que a agricultura familiar é forte o suficiente para atender a grandes demandas dos órgãos públicos.
O convênio prevê o abastecimento do sistema prisional de 37 municípios das regiões Metropolitana, Alto Uruguai, Central e Santa Rosa. A Coomafitt fará as entregas por meio das centrais de distribuição, com logística articulada e organizada pela RedeCoop.
A solenidade de formalização do contrato ocorreu na Associação dos Funcionários da Secretaria da Agricultura (Afusa), em Porto Alegre, e contou com a presença do Secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcisio Minetto, entre outros representantes do governo estadual.
Texto: Aline Adolphs/ 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Foto: Ubirajara Machado/ 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
Cerca de 40 agricultoras participaram do 3º Encontro de Mulheres da Coomafitt, que ocorreu nesta terça-feira, 17 de abril. O evento foi no Salão Católico de Itati e teve momentos de troca de experiências, formação, bate-papo e descontração.
As associadas tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais da Associação de Mulheres de Três Forquilhas (Amadecom) e da Associação das Mulheres da União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes). “Temos muitas mulheres responsáveis pela comercialização dos alimentos produzidos pela família. Isso já é um avanço, mas a Coomafitt quer que elas participem ainda mais dos processos decisórios da Cooperativa”, destaca a coordenadora de produção da Coomafitt, Micheli Bresolin Jacoby.
O encontro contou, também, com a participação de representantes da Emater-RS/Ascar. A nutricionista Marinele Meliga representou a Emater Itati, Mariana Camargo a Emater Terra de Areia e Luciana Muszinski, da Unidade de Cooperativismo de Porto Alegre.
A artesã Noeli Pereira levou seus artesanatos feitos de fibra de bananeira e falou sobre o aproveitamento deste material natural. Como houve interesse maciço das mulheres presentes, a Coomafitt deve marcar um curso para ensino da técnica. A data e o local serão divulgados em breve. Para descontrair, o evento foi encerrado com uma aula de danças rítmicas, com a professora Meriadiana Brehm dos Santos e um café da tarde.
Uma turma do Curso de Educação no Campo - Licenciatura em Ciências da Natureza, da Urfgs - campus Litoral Norte Tramandaí conheceu nesta segunda-feira (16) o roteiro turístico da Coomafitt. Pela manhã, eles ouviram a história da Cooperativa e como ela se estruturou, por meio do vice-presidente, Bruno Engel Justin.
Em seguida visitaram a agrofloresta dos associados Telmo e Sidnei Witt e desfrutaram de um almoço caseiro e orgânico, em outra propriedade. "A troca de experiência com quem vem de fora é muito importante, porque valoriza o agricultor, faz do jovem um protagonista, pois a visibilidade que a juventude procura está neste intercâmbio. O turismo rural representa qualidade de vida", disse o jovem Allan Fernandes, que recebeu o grupo.
A turma ainda andou 2km até a Cascata Pedra Branca, onde pode ter mais contato com a natureza privilegiada da região. A queda com mais de 100 metros de altura animou os estudantes, que, na volta, levaram alimentos da agricultura familiar para a casa.
A Coomafitt participou nesta sexta-feira (13) do Seminário “Desenvolvimento do Litoral Norte em Debate”, promovido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – campus litoral, que teve como objetivo discutir dinâmicas de desenvolvimento no Rio Grande do Sul e buscando promover o debate das lógicas e tendências de transformação e desenvolvimento do Litoral Norte, explicitando tensões, conflitos e desafios.
O evento, que teve início na quinta-feira (12), foi estruturado em quatro mesas. A Coomafitt fez parte da mesa "O desenvolvimento do Litoral Norte na perspectiva da sociedade civil e organizações sociais", com coordenação do professor Jonas Seminotti.
O vice-presidente da Coomafitt, Bruno Engel Justin, falou sobre o desenvolvimento do Litoral Norte na perspectiva da sociedade civil e organizações sociais. Além de apresentar a experiência da Coomafitt na região, Justin destacou a importância da inclusão de jovens e mulheres no cooperativismo e o papel da cooperativa como agente de mudança social.
Justin também representou a câmara temática de Educação e Juventude do Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Litoral Norte (Codeter). Segundo ele, é preciso entender o território como um todo, com a sua diversidade, e o jovem tem muito a contribuir para esse processo. Ele citou o exemplo do projeto EducAção, articulação da universidade com entidades como a Coomafitt para promover cursos conforme a demanda da região. “Hoje já temos cursos realizados pela UFRGS sobre desenvolvimento regional e educação do campo voltados ao território. Mas é preciso alguns ajustes, como a inclusão de aulas noturnas e a oferta de educação à distância”, destacou.
O protagonismo da juventude na agroecologia e a importância de aproximar a prática e a teoria, contribuição da universidade, também foram ressaltados no evento. “É fundamental termos espaços de debates qualificados como este Seminário onde podemos fazer a conexão entre a academia e as entidades sociais e econômicas”, afirmou Justin. “A Coomafitt recebe com frequência a visita de estudantes universitários em sua sede e algumas propriedades de associados”.
A mesa também contou com a participação de Dirlei Matos de Souza, representando a Emater-RS/ Ascar. Magnus Germano, da Associação dos municípios do Litoral Norte (AMLINorte) e da professora e pesquisadora Conceição Paludo, docente do curso de Licenciatura em Educação do Campo da Urfgs.
O roteiro turístico da Coomafitt foi um dos seis selecionados pela Emater/RS-Ascar para compor a programação da 3ª Conferência Internacional de Agricultura em uma Sociedade Urbanizada. No dia 20 de setembro, a cooperativa levará pelo menos 30 pessoas em um passeio por algumas propriedades rurais dos associados e das associadas da Coomafitt nos municípios de Itati, Três Forquilhas e Terra de Areia, com direito a café da manhã rural e almoço típico da região.
O grupo também irá conhecer a produção de banana orgânica, a sede da Associação de Mulheres para o Desenvolvimento Comunitário de Três Forquilhas (Amadecom) e sua agroindústria gerida por mulheres, que produz panificados e polpas de suco, entre outros produtos. Visitará, ainda, a sede logística da Coomafitt, onde receberá alimentos da agricultura familiar.
O tema central da Conferência, que ocorre entre 17 e 21 de setembro, em Porto Alegre, é “Alimentos saudáveis, sociobiodiversidade e sistemas agroalimentares sustentáveis: inovação do consumo à produção”. A programação geral contará com painéis internacionais, simpósios, apresentação de trabalhos científicos em grupos temáticos, relatos de experiências, atividades culturais, além das saídas de campo.
Apesar da crise econômica que reduziu até mesmo as compras institucionais no ano passado, a Coomafitt - Cooperativa Mista de Agricultores e Agricultoras Familiares de Itati, Três Forquilhas e Terra de Areia - fechou 2017 com um crescimento de 4% do seu faturamento. O balanço foi apresentado na Assembleia Geral Ordinária da cooperativa, que ocorreu na noite da última terça-feira, 27 de março. “O ano foi apertado, mas conseguimos fazer investimentos e encerrar 2017 com sobra em caixa, graças à união dos associados e qualificação da equipe de colaboradores”, afirma o presidente da Coomafitt, Rodrigo Wolff.
Para não ser prejudicada pela crise, a cooperativa fez opções que reduziram custos. Com o aumento do preço do óleo diesel impactando na logística para levar alimentos a diversas regiões do estado, a Coomafitt decidiu criar, em conjunto com outras cooperativas, a RedeCoop. Formada hoje por 42 cooperativas, a rede organiza a entrega de 146 tipos de produtos a mil pontos do estado. “A gente consegue chegar com o nosso produto na mão do consumidor”, frisa o coordenador da RedeCoop, Charles Lima.
Além disso, a cooperativa se firmou na Região Metropolitana, em parceria com outras duas cooperativas, com uma central de distribuição situada em Canoas. Por essa central, a Coomafitt atenderá contratos em Novo Hamburgo e Esteio, levando aos dois municípios cerca de 110 toneladas de bananas por semestre.
Novos mercados
A estratégia da Coomafitt para este ano é acessar novos mercados privados, como as redes varejistas. “Isso não significa que vamos abandonar as oportunidades de compras públicas. Queremos diversificar e entendemos que esse é um passo importante. Mas ao logo desses mais de 10 anos de cooperativa, construímos ferramentas para nos mantermos também no mercado institucional”, explica o vice-presidente Bruno Engel Justin.
A ideia é apostar em alimentos orgânicos in natura e minimamente processados para o varejo. Já existe uma rede de supermercados interessada e a cooperativa estuda quais produtos irá oferecer. “É claro que precisamos de um tempo de adaptação, pois isso é novo para nós, mas vamos construir essa estratégia este ano para chegarmos organizados no ano que vem”, completa Justin.
Participação das mulheres
Durante a assembleia foi eleito o novo Conselho Fiscal da Cooperativa. E essa é a primeira vez que ele será paritário, com o número igual de conselheiros e conselheiras. Isso demonstra a representativa participação das mulheres, presentes em grande quantidade no evento.
Além de participarem do conselho fiscal, as agricultoras da cooperativa se reúnem frequentemente para discutir o espaço das mulheres na cooperativa. Hoje, elas estão também na administração da entidade e de inúmeras propriedades rurais. O próximo encontro das mulheres da Coomafitt será no dia 17 de abril.
Foto: Ubirajara Machado/ 4Cabeças Comunicação e Tecnologia
As famílias de agricultores e agricultoras de Terra de Areia associadas à Coomafitt se reuniram no dia 20 de março, no salão da Igreja Católica da Sanga Funda, para planejar os próximos cinco anos da cooperativa. A Coomafitt incentiva os associados do município, em sua maioria produtores de banana, a transformar sua produção convencional em orgânica. No entendimento dos associados, a transição é essencial para o futuro da cooperativa.
“A banana orgânica tem menor custo de manejo e maior valor de mercado. Hoje, muitas pessoas preferem consumir alimentos sem agrotóxico mesmo que tenham que pagar um pouco mais por isso”, afirma o presidente da Coomafitt, Rodrigo Wolff.
A exemplo do que ocorreu nas reuniões de planejamento em Itati e Três Forquilhas, o acesso a novos mercados, para deixar a dependência das compras públicas, também surgiu como uma aposta que deve ser feita pela Coomafitt. Além disso, houve homenagem às mulheres pela passagem do Dia Internacional da Mulher e a participação da Juventude da cooperativa, que apresentou seu planejamento de atividades.
Cerca de 40 associados e associadas da Coomafitt de Itati reuniram-se no dia 13 de março para debater o planejamento da Cooperativa para os próximos 5 anos. A necessidade de buscar novos mercados apareceu mais uma vez na discussão, a exemplo do que ocorreu na reunião de Três Forquilhas, no dia 8. “É forte o debate de que a Coomafitt precisa organizar os produtos da agricultura familiar para acessar o mercado privado e deixar a dependência do mercado institucional”, destaca o vice-presidente Bruno Engel.
As mulheres foram homenageadas durante o evento, com um momento para relembrar a história de lutas do mês de março, promovido pela nutricionista Marinele Meliga, da Emater/RS-Ascar de Itati. O encontro também contou com a presença de Luciana Muszinski, representando a Unidade de Cooperativismo da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre.
Um dos pontos positivos da Coomafitt destacados na reunião foi o envolvimento dos associados e associadas, ressaltando a sua gestão participativa. Na oportunidade, o Grupo de Trabalho da Juventude também apresentou suas ações e planos para o futuro da cooperativa.
As reuniões de planejamento da Coomafitt estão ocorrendo de forma descentralizada. A próxima – e última – será nesta terça-feira, dia 20, às 18 horas, no salão católico da comunidade da Sanga Funda, em Terra de Areia. As propostas serão levadas à Assembleia Geral que ocorre no dia 27 de março.
Cerca de 30 associados e associadas da Coomafitt se reuniram no salão luterano da comunidade Boa União de Três Forquilhas no dia 8 de março para planejar as ações da Cooperativa para os próximos cinco anos. Representantes da UCP - Unidade de Cooperativismo da Emater/RS-Ascar e da Emater de Itati e Três Forquilhas também participaram. As estratégias das agroindústrias para acessar o mercado privado com produtos minimamente processados foi um dos focos do debate, que tratou também da produção de orgânicos e das atividades de integração que serão realizadas ao longo do ano.
A Coomafitt aproveitou o momento para homenagear todas as associadas do município pela passagem do Dia Internacional da Mulher. A nutricionista Marinele Meliga, da Emater/RS-Ascar de Itati, falou sobre um dos fatos históricos que originou a data: a morte de 130 operárias em uma fábrica têxtil em Nova Iorque, em 1911. O incêndio ocorreu em 25 de março, mas o mês todo foi marcado pela luta das mulheres.
O grupo de trabalho da Juventude da Coomafitt, representado por Allan Fernandes de Souza e Amanda Schwanck, apresentou seu calendário de encontros e um histórico das atividades desenvolvidas desde a sua criação.
O planejamento da Coomafitt continua nesta terça-feira, 13, desta vez com os associados e as associadas de Itati. O encontro está marcado para as 18 horas, no salão católico do município.
A Coomafitt participou do primeiro Encontro Estadual do Cooperativismo em Rede, promovido pela RedeCoop na quinta-feira (25), em Terra de Areia. A atividade serviu como um momento de troca de experiências e articulação das cooperativas e empreendimentos ligados à produção e à comercialização de alimentos saudáveis. O evento ocorreu dentro da programação da 10ª Festa Nacional do Abacaxi.
O coordenador da RedeCoop, Charles Lima, falou sobre a importância do intercâmbio de experiências. “Temos muito o que trocar e apreender uns com os outros, seja no atendimento ao mercado privado ou ao mercado institucional. Juntos e de forma articulada podemos conquistar muito mais e garantir as políticas públicas que são importantes para o desenvolvimento da agricultura familiar”, pontuou ao lembrar que a manutenção das políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar é um dos grandes desafios para o próximo período.
O representante da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do Governo do Estado, Nilo Rama, lembrou que o governo e, em especial, a Emater são parceiros para impulsionar o desenvolvimento no interior. “Existe ainda muito mercado para as cooperativas atingirem e a organização das entidades é fundamental para garantir que todos os pregões e todas as chamadas feitas pelo poder público sejam plenamente atendidas pelas cooperativas da agricultura familiar. Então um espaço como este, de articulação das cooperativas é de suma importância, temos no nosso estado uma grande tradição de cooperação e sei que quanto mais organizados os agricultores estiverem, mais acesso a mercados e melhores preços eles vão ter.”
O prefeito de Terra de Areia, Aluísio Teixeira, lembrou que a organização das cooperativas é uma oportunidade para garantir a melhoria da vida dos agricultores, citando como exemplo a Coomafitt. “Aqui temos a bela experiência de sucesso da Coomafitt, e sabemos o quanto uma cooperativa forte garante uma vida melhor no rural e ajuda a alavancar nossas cidades no interior”.
Participaram da atividade cooperativas ligadas à RedeCoop, à Rede Ecovida, a cooperativas centrais, grupos de consumo e a assentamentos da Reforma Agrária.
A Coomafitt se uniu a outras duas cooperativas – Cooperativa de Agricultores e Agroindústrias Familiares de Caxias do Sul (CAAF) e Cooperativa dos Produtores Orgânicos da Reforma Agrária de Viamão (Coperav) – para criar um centro de distribuição de alimentos da agricultura familiar na Região Metropolitana de Porto Alegre. O objetivo é promover qualidade nas entregas da região, com boa conservação dos alimentos e segurança para os agricultores no atendimento ao mercado institucional e privado da capital e de municípios vizinhos.
Dirigentes das três cooperativas encontraram-se nesta quarta-feira (17) em Canoas, onde funciona o centro de distribuição que iniciou as operações em 450m² próximo à margem da BR-116, no bairro Niterói. O local também é a nova sede da RedeCoop. Na ocasião, o coordenador da Rede, Charles Lima, destacou que é preciso unificar o volume de produção e o mix de produtos para disputar licitações e, também, buscar o mercado privado. “Estamos somando forças. Estas três cooperativas já possuem uma relação de confiança que amadureceu ao longo do ano passado”, esclarece. “Estamos acostumados com a cooperação entre nós, agora ela será aprofundada”, concluiu o presidente da Coomafitt, Rodrigo Wolff.
Juntas, as três cooperativas possuem cerca de 600 famílias associadas e fornecem produtos para grande parte do estado por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e outros órgãos públicos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). As entidades, porém, encontram dificuldade em atender o mercado institucional na região metropolitana por conta da distância da capital e dos problemas que envolvem o transporte de hortifrutigranjeiros, que devem chegar frescos às instituições.
Desafio de expandir mercados
De acordo com o presidente da RedeCoop – que congrega 40 cooperativas de todo o estado -, Marcos Regelin, o desafio das cooperativas do interior é tornar a logística mais fácil para que os produtos cheguem na Região Metropolitana com a mesma qualidade de quando foram colhidos. “Com hortifrutigranjeiro é assim: estragou, bota fora. Não tem produto químico, é in natura. Por isso, precisamos ganhar tempo”, destaca ao lembrar que a sede da RedeCoop também vai funcionar junto ao Centro de Distribuição. “A gente acredita nessa proposta e nesse trabalho (do centro de distribuição), pois a região está desassistida desses produtos”, completou o presidente da Coperav, Huli Zang.
Segundo o coordenador estadual de cooperativismo da Emater/RS-Ascar, Francisco Manteze, as cooperativas da agricultura familiar do estado faturaram, em 2016, R$ 75 milhões com o mercado privado e apenas R$ 42 milhões com o mercado institucional, o que, para ele, comprova o potencial do mercado privado. “Vocês têm um longo caminho, que está aberto, para procurar espaço. É preciso ter planejamento estratégico e oferecer produtos da agricultura familiar e orgânicos para ambos os mercados”, ressaltou Manteze, durante a reunião.
O volume de vendas e o faturamento da Central de Comercialização da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Cecafes) vem aumentando a cada ano. Em 2017, a Central faturou cerca de R$ 5 milhões, o dobro do faturamento de 2016. Grande parte disso, segundo a diretoria, se deve à introdução de produtos de cooperativas da Central no mercado privado, o que representou R$ 2 milhões. As informações foram apresentadas na reunião de planejamento promovida pela entidade no dia 10 de janeiro, em Erechim.
Associada à Cecafes há cerca de três anos, a Coomafitt vem se beneficiando desta parceria e, no ano passado, chegou a um volume de 200 mil quilos de bananas, além de hortaliças, comercializados pela Central. A estratégia rende o abastecimento de grandes municípios da região do Alto Uruguai.
Por conta do resultado de 2017 e também pelo enfraquecimento do mercado institucional, as 19 cooperativas associadas à Cecafes devem dedicar seus esforços em 2018 para a conquista de mais espaço no mercado privado, conforme discutido na reunião. “A gente vive um desmanche das políticas públicas e do mercado institucional com a perda de incentivos. A necessidade, agora, é de se organizar e ir para outros mercados”, destaca o vice-presidente da Coomafitt, Bruno Engel Justin, que participou do encontro ao lado do presidente, Rodrigo Wolff e outros membros da Cooperativa.
Durante o evento, também foi destacada a importância do trabalho de base para além da questão comercial. As cooperativas devem fortalecer o envolvimento e a participação dos jovens e das mulheres e a Cecafes fomentar esses debates, promovendo encontros.
O vice-presidente, Bruno Engel Justin e a diretora e coordenadora de produção da Coomafitt, Micheli Jacoby, representaram a Cooperativa no Encontro Nacional de Juventude e Economia Solidária que ocorreu em Brasília na primeira semana de dezembro. No evento foi debatida a conjuntura atual do país com relação à redução das políticas públicas voltadas para a Economia Solidária e possíveis soluções e articulações para fomentar os empreendimentos solidários.
A atividade promoveu a troca de experiências entre os jovens de diferentes realidades: do campo, das periferias, etc. “Focamos bastante na questão de capacitação, profissionalização e gestão dos empreendimentos da Economia Solidária. É preciso pautar a construção de políticas públicas, mas, além disso, construir alternativas para expandir os mercados e não ficarmos reféns dessas políticas”, explica o vice-presidente da Coomafitt.
Durante o evento, foi apresentado junto aos representantes do poder público, um projeto da Agência de Desenvolvimento Solidário (ADS-CUT), referente ao edital da Senaes que disponibiliza recursos para garantir a articulação da juventude da economia solidária e viabilizar encontros. O projeto tem como foco a comunicação, com a produção de materiais direcionados a esse público, entre outras coisas.
Ao final do encontro, os jovens entregaram um documento à Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (Senaes/MTE) e ao Conselho Nacional de Juventude, com indicativos e diretrizes de políticas públicas para essa parcela da população.
foto: Mídia Ninja
A Associação da Rede de Cooperativas da Agricultura Familiar e da Economia Solidária (RedeCoop) começou a funcionar há poucos meses e já foi reconhecida como importante ação para impulsionar o desenvolvimento agrário no Rio Grande do Sul. O reconhecimento foi oficializado com a entrega, nesta segunda-feira (4), do Prêmio Folha Verde da Assembleia Legislativa gaúcha, na categoria Desenvolvimento Agrário.
Para o presidente da Rede, Marcos Regelin, o reconhecimento da Assembleia incentiva a organização: “Quero dedicar este Prêmio a todos as agricultoras e agricultores, que estão nas cooperativas da Rede, encarando o desafio, de entregar alimentos altamente perecíveis para as políticas públicas de compras institucionais. Precisamos ressaltar que o trabalho da RedeCoop tem permitido que os alimentos produzidos no interior do estado cheguem até, por exemplo, os restaurantes da universidade federal, na capital”.
Regelin ainda destacou o longo trabalho de organização da Rede. “Devemos muito as parceiras como a Emater e a todos os que tem nos ajudado na busca por mais políticas públicas e oportunidades para os agricultores familiares”. O presidente da RedeCoop também ressaltou o compromisso da Rede em entregar alimentos de alta qualidade para as chamadas públicas.
Já o deputado estadual Adolfo Brito, presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia, lembrou que o Prêmio é um reconhecimento do esforço de desenvolvimento das mulheres e homens do campo. “O nosso estado tem uma grande tradição e força no campo, mais de 40% do nosso PIB vem do meio rural e a Assembleia é uma parceira deste esforço para o desenvolvimento de nosso estado”, destacou durante o ato de entrega.
Sobre a Rede
Fundada em julho de 2017, a RedeCoop articula 42 cooperativas, que representam mais de 12,5 mil unidades produtivas presentes em 30 municípios do Rio Grande do Sul. O principal objetivo da Rede é promover a intercooperação ao conectar cooperativas da agricultura familiar, assentamentos da reforma agrária, comunidades quilombolas e empreendimentos da economia solidária do estado para abastecer mercados institucionais (compras públicas) e privados com alimentos de qualidade.
A RedeCoop atua na integração da produção dos seus associados e organiza a distribuição de alimentos aos mercados consumidores, o que amplia a capacidade para atender as demandas e otimiza o processo de logística das cooperativas envolvidas. Isso significa investir em cadeias curtas de comercialização, na venda direta do agricultor ao mercado consumidor final, incentiva o desenvolvimento local e assegura a qualidade nutricional dos produtos.
Prêmio Folha Verde
O Prêmio Folha Verde reconhece desde 1995, ações e organizações que promovem e incentivam o desenvolvimento rural do estado. Dividido em doze categorias - agrícola, pecuário, florestal, cooperativas agrícolas, trabalhadores rurais, rural, propriedade agropecuária modelo, mídia agrícola, desenvolvimento agrário, público agropecuário, agricultura ecológica e agricultura familiar – o prêmio é uma iniciativa da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa.
Em 2017, além da RedeCoop, o prêmio também contemplou nas categorias:
Pecuário: Laboratório de Leite da Univates.
Florestal: Celulose Riograndense – CMPC.
Cooperativas Agrícolas: Cooperativa Agropecuária e Industrial – Cotrijal.
Trabalhadores Rurais: Associação da Juventude Rural de Arroio do Tigre – Ajurati.
Rural: Associação Gaúcha Pró-Escolas Famílias Agrícolas – Agefa.
Propriedade Agropecuária Modelo: Casa Popular Eficiente e Centro de Aprendizagem para as Energias Renováveis e Geração Descentralizada.
Mídia Agrícola: Lizemara de Araújo Prates, apresentadora e editora do Programa Agroband, do Grupo Bandeirantes de Comunicação.
Público Agropecuário: Embrapa Clima Temperado / Pelotas.
Agricultura Ecológica: Associação Regional de Produtores Agroecologistas da Região Sul – Arpasul.
Agricultura Familiar: Cooperativa das Atividades Agroindustriais e Artesanais do Pacto Fonte Nova Ltda. - Cooper Fonte Nova.
A Coomafitt valoriza o papel das mulheres na agricultura familiar. Elas estão presentes em todos os espaços da cooperativa, da direção à organização produtiva e à comercialização. Hoje, são 43% dos associados e o número só aumenta. “Eu acredito que daqui dez anos a gente vai conseguir por uma liderança feminina à frente da Coomafitt”, aposta a chefe administrativa da cooperativa, Geise Sparremberger. “A cooperativa nos dá tranquilidade de saber que a gente vai plantar e vai receber”, afirma a agricultora Celia Maschmann.
A parceria com a Associação de Mulheres para o Desenvolvimento Comunitário de Três Forquilhas (Amadecom), firmada em 2012, foi fundamental para o crescimento da presença feminina na cooperativa. As mulheres da Amadecom têm tradição na produção de pães e farináceos ecológicos e esta é a principal fonte de renda das associadas, além do resultado do trabalho na propriedade. “É muito bom saber que vou poder bancar as coisas em casa. A autoestima se eleva”, destaca a sócia da Coomafitt e da Amadecom, Celi Aguiar Machado. Assim como Celi, Sueli Fernandes de Souza participa da associação e também toca a propriedade da família. Hoje, o marido de Sueli é motorista aposentado e ajuda no trabalho da roça, mas antes era ela que cuidava do trabalho. “Eu tenho orgulho de ser agricultora”.
A cooperativa incentiva a autonomia produtiva e econômica das mulheres e o envolvimento de toda a família nas decisões sobre a propriedade. “Antigamente, a mulher no campo tinha que criar os filhos e ser submissa ao homem. Agora a gente não fica só na roça. A gente participa de reuniões e tem lazer, não só trabalho”, reforça a sócia e agricultora ecológica Eliane Ribeiro de Souza.
Veja mais depoimentos no documentário sobre as mulheres da Coomafitt.
A história da Coomafitt começa em 2006, quando produtores de mel decidiram criar uma associação para montar uma casa do mel, dividir custos e ampliar mercado. Dez anos depois, a Coomafitt se transformou em modo de vida para 223 agricultoras e agricultores associados, diversificou a produção para 61 variedades de frutas, hortaliças e beneficiados e agora investe sua potência na articulação em rede para novamente conquistar novos mercados.
"Nesses dez anos, provamos que a cooperação é fundamental para a agricultura familiar. Sozinhas, as famílias ficam reféns do preço de atravessadores. Hoje, nossos associados sabem o que vão plantar e sabem que vão vender", analisa o agricultor e presidente da cooperativa, Rodrigo Wolff.
A cooperação contribuiu para a Coomafitt se tornar uma das cooperativas mais sólidas no fornecimento de produtos para mercados institucionais no estado como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o de Alimentação Escolar (Pnae). Em 2008, primeiro ano de entrega para o PAA, a Coomafitt comercializou 27 mil kg de produtos. Em 2016, fornecendo para PAA e Pnae, o volume chegou a 1,2 mil toneladas de alimentos.
“O jovem é fundamental para o desenvolvimento do campo”, afirma o vice-presidente da Coomafitt, Bruno Engel Justin. Hoje, 1/3 da diretoria e dos conselhos da cooperativa é formado por jovens que decidiram apostar na agricultura como meio de vida.
Para Justin, essa é uma novidade no meio rural. “Antigamente, as pessoas queriam ficar no campo, mas não tinham renda assegurada e eram obrigadas a ir para a cidade. Hoje, o campo não é só um espaço de produção de alimentos, é um espaço de vivência. A gente quer viver bem aqui, ter renda e acesso à educação, saúde e boas condições”, explica o vice-presidente.
Hoje, os jovens podem escolher permanecer no meio rural, como o agricultor e tesoureiro da Coomafitt, Sidnei Witt. “Saí com 18 anos de idade e fui para Gravataí trabalhar e estudar. O que me trouxe de volta foi a feira em Capão (da Canoa) e a Coomafitt. Isso me deu mais segurança para plantar”, conta. “Antes eu tinha vergonha de ser agricultor, hoje em dia sinto o maior orgulho.”
O acesso a políticas públicas direcionadas à agricultura familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar, é um fator decisivo que explica a melhoria de vida no campo. Co ma venda garantida aos programas institucionais, a cooperativa pode planejar a produção. A coordenadora de produção da Coomafitt, Micheli Jacoby, explica que com a garantia da venda, as famílias já sabem o que têm que plantar e, assim, conseguem se organizar, contribuindo para a permanência do jovem no campo. “Com melhores condições de vida, os jovens estão decidindo ficar, em um processo de sucessão”, completa.
A Coomafitt possui um grupo de juventude que se reúne todos os meses para discutir temas como a melhoria da qualidade de vida e o turismo rural.
Um dos desafios da Coomafitt é expandir a sua produção de agroecológicos. Tanto que a cooperativa integra, desde 2012, o Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (Opac) Litoral Norte, associação formada por agricultores e consumidores de produtos orgânicos, que conta com o apoio de técnicos da Emater/RS Ascar. “A certificação participativa é feita em grupo. Se um agricultor não age como o combinado, todo o grupo perde a certificação”, explica o presidente da Coomafitt e agricultor ecológico, Rodrigo Wolff.
Os membros são de diversos municípios do Litoral Norte, mas sua sede administrativa fica em Itati/RS, junto à sede da Coomafitt. Atualmente, possui 24 sócios, mas esse número cresce a cada dia. “Estou querendo mudar para o orgânico para termos mais qualidade de vida e a consciência limpa, por estar produzindo um alimento saudável”, diz o agricultor sócio da Coomafitt, Mateus Bresolin. “A população busca cada vez mais a qualidade do alimento e, por isso, a demanda por agroecológicos tem aumentado”, reforça Wolff.
A Opac Litoral Norte realiza reuniões bimestrais, nas quais há trocas de experiências e diálogos sobre as questões legais do Organismo. “Nas reuniões a gente faz troca de sementes. Isso é uma volta às origens. Desde que mudamos para a produção agroecológica, tivemos mais diversificação”, destaca a agricultora ecológica e secretária da Opac Eliane Ribeiro de Souza.
A cooperativa trabalha, agora, na criação de um interposto exclusivo para orgânicos. “A gente acredita no orgânico e quer produzir para nosso consumo e dos outros. A gente sabe que está produzindo um produto gostoso, saudável e garantido para várias famílias”, conclui Eliane.
Quer ver o que os sócios da Coomafitt falam sobre a produção de orgânicos? Assista ao vídeo:
A Coomafitt (Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas) fez dez anos em setembro. Nesse período, tornou-se referência de logística no estado, ampliou 82 vezes o faturamento anual e agora, projeta os próximos dez anos, articulando uma rede de cooperativas para ampliar mercados.
Conheça um pouco da nossa história no primeiro capítulo do documentário Coomafitt: Dez anos semeando o cooperativismo.
A cooperação contribuiu para a Coomafitt se tornar uma das cooperativas mais sólidas no fornecimento de produtos para mercados institucionais no estado como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o de Alimentação Escolar (Pnae). Em 2008, primeiro ano de entrega para o PAA, a Coomafitt comercializou 27 mil kg de produtos. Em 2016, fornecendo para PAA e Pnae, o volume chegou a 1,2 mil toneladas de alimentos.
Plantio e comercialização programados
A estabilidade na produção e distribuição, segundo o vice-presidente, Bruno Engel, veio com muito trabalho, parcerias, investimentos e aplicação de novas metodologias. "Nós investimos na organização da produção por meio do Plano de Cultivo. Com essa ferramenta, o agricultor decide o que vai plantar, ajustamos com a demanda e acompanhamos o desenvolvimento dos produtos, o que é indispensável para cumprir os projetos de venda programados para o próximo período", explica.
A coordenadora de produção, Micheli Bresolin Jacoby, responsável por acompanhar os planos de cultivo, atribui a solidez da cooperativa aos métodos de organização que foram estruturais e decisivos para ganhar a confiança do mercado e dos próprios agricultores. "Viramos referência dentro e fora da cooperativa. Nossos produtos sempre chegam com qualidade porque acreditamos numa gestão compartilhada para ser eficiente desde o plantio até a entrega na escola, por exemplo. Fazendo assim, conquistamos também a confiança das agricultoras e dos agricultores que preferem trabalhar conosco. Por isso, ampliamos o número de associados e o volume e diversidade de produtos. Agora, nós precisamos alcançar, em rede, mais mercados", comenta Micheli.
Articulação em rede
A Coomafitt faturou no último ano R$ 4,9 milhões. Esse valor representa a comercialização de aproximadamente 36% da produção dos agricultores associados. "Para ampliar as vendas e comercializar 100% do que nossos agricultores produzem, articulamos a criação da RedeCoop", projeta Charles Lima, administrador da Coomafitt. A Associação da Rede de Cooperativas da Agricultura Familiar e da Economia Solidária (RedeCoop) foi instituída no dia 21 de julho de 2017, com 39 cooperativas associadas que representam 12.295 agricultores de 30 municípios do estado. "Esse é o futuro da Coomafitt para os próximos dez anos. A rede vai mapear as demandas do mercado público e privado, integrar a produção das associadas e organizar a distribuição de alimentos. Sabemos que a demanda no Rio Grande do Sul é grande e a RedeCoop tem plena condição de atendê-la." Hoje, só a Compra Institucional, uma das modalidades do PAA, para abastecimento dos órgãos federais no estado, dispõe de R$ 328 milhões.
O pilar da RedeCoop é a integração. "Vamos integrar a logística e a comercialização e criar uma Central de Informações para acompanhar todo o ciclo de entregas, desde a identificação das demandas e o planejamento da logística ao mapeamento de fatores que possam influenciar na oferta, como clima e sazonalidade", explica o presidente da Rede, Marcos Regelin, administrador da Cooperativa de Agricultores e Agroindústrias Familiares de Caxias do Sul (CAAF), uma das fundadoras da RedeCoop.
O litoral norte do Rio Grande do Sul vai muito além das belas praias. A região também é conhecida pela produção de alimentos agroecológicos. Os agricultores produzem comida de verdade em perfeita harmonia com a Mata Atlântica.
O trabalho da Coomafitt com a agricultura agroecológica transformou a vida de centenas de pequenos produtores e milhares de consumidores do estado. Por isso, a cooperativa convida os consumidores a visitar propriedades de associados e ajudar a difundir a importância do consumo consciente.
A juventude da Coomafitt está investindo no turismo rural como uma forma de valorizar a identidade da região e ampliar a geração e renda. A Coomafitt preparou duas opções de passeios: uma visita técnica indicada para quem quer ser aprofundar um pouco mais no modo de organização, produção e comercialização dos agricultores e, outra turística.
Venha conhecer a Coomafitt
Visita Turística:
*Conversa de 30 minutos sobre organização dos agricultores familiares pela Coomafitt, sistema de escoamento da produção, planos de plantio, agroindústrias e acesso aos mercados e RedeCoop, na sede administrativa da Cooperativa.
*Trilha Ecológica de 30 minutos para conhecer sistema agroflorestal da família Rech com banana, mel, bergamota, laranja, limão, milhos, cana de açúcar e uva. A trilha termina com a vista da propriedade típica da agricultura familiar de subsistência com produção de alimentos e produtos de consumo próprio como gado, porcos, galinhas, peixes, leite, queijo, salame, ovos, mel, frutas e verduras.
*Colheita do famoso abacaxi de Terra de Areia, passeio de 40 minutos, somente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Nos demais meses, feira de 40 minutos com a família Witt, na comunidade do Arroio do Padre, no município de Itati.
*Almoço de uma hora com alimentos do território e opção vegetariana na propriedade da família Knevtz, comunidade de Arroio do Padre, no município de Itati.
*Visita de 30 minutos à Organização das Mulheres na Agroindústria Amadecom em Três Forquilhas, que produz panificados, picados de legumes, polpas de frutas nativas com butiá, açaí Juçara e amora do mato.
*Trilha Ecológica com visita à cascata da Pedra Branca no município de Três Forquilhas. Duração total do passei um hora.
Visita Técnica:
*Conversa de 30 minutos sobre organização dos agricultores familiares pela Coomafitt, sistema de produção e escoamento, planos de plantio, agroindústrias e acesso aos mercados, transição agroecológica OPAC - Litoral Norte, perguntas e respostas, na sede administrativa da cooperativa.
*Trilha Ecológica de 30 minutos para conhecer sistema agroflorestal da família Rech com banana, mel, bergamota, laranja, limão, milhos, cana de açúcar e uva. A trilha termina com a vista da propriedade típica da agricultura familiar de subsistência com produção de alimentos e produtos de consumo próprio como gado, porcos, galinhas, peixes, leite, queijo, salame, ovos, mel, frutas e verduras.
*Almoço de uma hora com alimentos do território e opção vegetariana na propriedade da família Knevtz, comunidade de Arroio do Padre, no município de Itati.
*Feira de 40 minutos com a família Witt, na comunidade do Arroio do Padre, no município de Itati.
*Visita de 30 minutos à Organização das Mulheres na Agroindústria Amadecom em Três Forquilhas, que produz panificados, picados de legumes, polpas de frutas nativas com butiá, açaí Juçara e amora do mato.
*Visita de 30 minutos ao Centro de Distribuição e Armazenamento da Coomafitt em Terra de Areia.
A Coomafitt comemora seu 10 anos e está cada vez mais inovando e implantando novos mecanismos de gestão. Agora vem apoiando e investindo na formação da RedeCoop.
A Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt) comemorou seus dez anos de existência neste domingo (10/9), com uma festa para cerca de mil agricultores, agricultoras e parceiros da Cooperativa. Entre as autoridades, estiveram presentes o delegado federal da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento da Casa Civil, Marcio Madalena; o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto; o deputado federal Elvino Bohn Gass; o diretor técnico da Ascar-Emater Rio Grande do Sul, Lino Moura; o presidente da Central Regional Nordeste do Sicredi, Celso Trentin e o ex-vice-governador e ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto; além de representantes da União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes); da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag) e os prefeitos dos três municípios da Coomafitt.