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25.02.2021 | Publicador por: Administrador | Juventude Agricultores Familiares do interior do Litoral Norte do RS cumprem legislação de forma autossuficiente

Acessar informação sobre a produção de alimentos tornou-se um requisito necessário para a comercialização de alimentos, como alimentos in naturas como banana, couve, tomate e beterraba, por exemplo. Os dados sobre a origem vêm sendo cada vez mais comum nas embalagens e entender o caminho dos alimentos desde o plantio na lavoura até a mesa do consumidor tornou-se obrigatório para comércios, por meio de identificação, seja por códigos de barras, descritivo ou QR-Code.

As novas leis à informação quanto a origem da produção agrícola vem fazendo muitos agricultores de adaptarem e buscar as próprias alternativas.

Na Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas – Coomafitt, interior do Litoral Norte do Rio Grande do Sul(RS) isso já é realidade desde 2019. Além da Cooperativa já ofertar os alimentos em supermercados de maneira legal, também possui processos de autonomia dentro de unidades familiares, onde os processos também são em maior parte digitais, como o Caderno de Campo e impressão de etiquetas pelas próprias famílias. Conectar o produtor e consumidor final vem como uma tarefa desafiadora, onde até então o mercado em geral não dava atenção por não ser um requisito para a cadeia de comercialização.

A Coomafitt possibilita a seus associados ferramentas importante para facilitar a comercialização da produção agrícola. O Caderno de Campo Digital é um deles . Há 2 exemplos dentro da Cooperativa em que o Caderno de Campo Digital e a impressão das etiquetas de identificação acontecem dentro das próprias propriedades. Eles vêm do horticultor Lutiere Torres dos Santos e da agricultora Andreia Lipert, ambos residentes e produtores no município de Três Forquilhas/RS.

Lutiere, associado na Coomafitt e produtor de hortaliças e verduras, utiliza o Caderno de Campo Digital, ferramenta oferecida pela empresa de agricultura familiar Elysios , a qual é parceira da Coomafitt. Ele faz gestão da propriedade como manejos agrícolas, aplicações de insumos, projeção de colheita, controle por setores de produção e registro de saídas de produtos por meio do caderno digital. Além de acessar esses dados de maneira virtual, consegue também sistematizar as informações e gerar QR-Codes para cada lote de saída e cada embalagem de alimentos quando escoam seus alimentos de forma direta.

Este processo de gerar QR-Codes também ocorre dentro do escritório da Cooperativa para facilitar a algumas famílias, porém Santos já usufrui das próprias ferramentas e opera sua impressora e escoa muitas vezes, de forma direta os produtos aos supermercados.

No caso da Andreia Lipert, a realidade é recente e muito parecida com a do conterrâneo tresforuilhense. O cultivo de banana de sua propriedade é registrado na plataforma digital e tem saída para mercados com QR-Codes prontos antes mesmo de passar a porteira de dentro pra fora da propriedade no caminhão. Esse processo de autonomia às famílias são bastante importantes, pois o custo para gerar estas identificações dos produtos são expressivas no final das contas. Andreia relatou sobre comercializar quando dependia dos supermercados para fazer as etiquetas, “que a cada caixa de banana vendida, R$ 1,50 era descontado por caixa. A impressora custou aproximadamente R$1.500,00 e em um ano pretendemos tirar o valor da impressora”. O intuito de incentivar estas relações comerciais está em sobras maiores nas vendas dos alimentos e concentração dos processos nos agricultores familiares.

A Elysios, empresa tecnológica e responsável pela assessoria no controle de dados das propriedades quem apresentou a possibilidade da impressora para Andreia. Mário Apollo, diretor executivo da companhia, entende este processo de fortalecimento da agricultura familiar através da comprovação de origem destes alimentos ao longo da cadeia produtiva. Segundo Apollo, “Nós sabemos que durante muito tempo o agricultor produziu sem ser conhecido, sem ser valorizado na cadeia produtiva, muitas vezes o consumidor consumiu alimentos sem saber de onde vinha. A rastreabilidade vem como uma ferramenta para ajudar o agricultor na qualificação de sua propriedade, na gestão de suas atividades, mas também para comprovar que este alimentos veio de da agricultura familiar, de uma manejo sustentável ao solo, meio ambiente, a quem produz e quem consome, o que é muito importante.”

Assim, as maneiras de continuar a comercialização dos produtos da agricultura familiar vão se moldando as exigências do mercado privado e as tecnologias vão facilitando o cumprimento com as novas legislações. O uso de próprias ferramentas também são muito importantes para que as unidades familiares possam estar cada vez mais autônomas e terem controle sobre suas produções e receberem mais valor agregado aos seus alimentos cultivados.